PLANEAMENTO FAMILIAR Faculdade de Medicina de Lisboa Joaquim Neves

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O sistema reprodutor Puberdade Adolescência Hormônios Ejaculação
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Transcrição da apresentação:

PLANEAMENTO FAMILIAR Faculdade de Medicina de Lisboa Joaquim Neves Centro Hospitalar Lisboa Norte Unidade do Hospital de Santa Maria Joaquim Neves

PLANEAMENTO FAMILIAR AGENDA Generalidades sobre a contracepção e planeamento familiar Mecanismo básico dos métodos de contracepção Contracepção com meios classificados de naturais Contracepção com meios de barreira Contracepção cirúrgica Interrupção Voluntária da Gravidez em Portugal e no CHLN - HSM

Conceito alargado Científicas Sociais Culturais Religiosas Políticas CONTRACEPÇÃO Conceito alargado Científicas Sociais Culturais Religiosas Políticas

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos Controlo do crescimento da população Aumento do número populacional possui outras implicações Planeamento familiar Decisão do número de filhos e a altura em que pretende ter os filhos

Métodos contraceptivos CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos Objectivo básico: Evitar o contacto entre as duas células germinativas - masculina e feminina

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos Seguro Eficaz – Índice de Pearl Tolerância De acordo com o casal

Métodos contraceptivos Naturais Barreira Hormonais Ciúrgicos CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos Naturais Barreira Hormonais Ciúrgicos

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Calendário - Oginoknausis Método de Billings - avaliação do muco cervical Temperatura corporal Coito interrompido

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Calendário - Oginoknausis Sobrevivência das células germinativas Óvulos - 12 a 24 horas Espermatozóides - 48 a 72 horas

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Método de Billings Avaliação do muco cervical 1ª fase do ciclo - produção por excelência de estrogénios - muco aquoso

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Método de Billing Avaliação do muco cervical 2ª fase do ciclo - produção por excelência de progesterona - muco espesso e viscoso

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Temperatura corporal basal Ovulação - libertação do óvulo de um dos ovários - elevação da temperatura - produção de progesterona 0,2 - 0,4º C Avaliação matinal antes de levantar

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Coito interrompido Remoção do pénis antes da ejaculação Pode haver emissão de sémen antes da ejaculação completa

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos naturais Ausência de princípios activos Aparente ausência de efeitos secundários Regularidade dos ciclos menstruais Sem custos

Métodos contraceptivos de barreira Vagina Colo uterino Intra-uterino CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira Vagina Colo uterino Intra-uterino

Métodos contraceptivos de barreira CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira Vagina Preservativo masculino e feminino Diafragma vaginal Colo Diafragma cervical

Métodos contraceptivos de barreira CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira Preservativos possuem a vantagem de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis, infecção a HPV, condilomatose genital e as displasias cervicais

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira Desvantagens: Interferem com o acto sexual Alteram sensibilidade masculina Provocam alergias e irritação vulvo-vaginal Podem ser associados aos espermicidas – actualmente o indústria dos preservativos impregna os mesmos com espermicidas

Métodos contraceptivos de barreira intra-uterinos CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira intra-uterinos

CONTRACEPÇÃO Métodos contraceptivos de barreira intra-uterinos DIU - dispositivo intra-uterino SIU - sistema intra-uterino

CONTRACEPÇÃO DIU’s Inflamação estéril do endométrio Acção espermicida e espermostática Polietileno - cobre ou mistura de cobre e prata Não são abortivos

CONTRACEPÇÃO DIU’s - aplicação Primíparas ou multíparas Nuligrávidas - não se recomenda tendo em conta o risco de aderências Durante as perdas menstruais - ausência de gravidez e facilidade técnica

CONTRACEPÇÃO DIU’s - aplicação Avaliação ginecológica Posição e orientação uterina Exploração da cavidade uterina com histerómetro

CONTRACEPÇÃO DIU’s - complicações Perfuração uterina Algias pélvicas Dismenorreia Menorragias

SIU’s DIU em T Reservatório com hormona Progesterona Levonorgestrel CONTRACEPÇÃO SIU’s DIU em T Reservatório com hormona Progesterona Levonorgestrel

CONTRACEPÇÃO SIU’s Acção hormonal Atrofia do endométrio Espessamento do muco cervical Efeito de corpo estranho

CONTRACEPÇÃO SIU’s Redução do volume das perdas menstruais Redução da intensidade da dismenorreia Redução ou estabilização de miomas

Menos risco para a saúde da mulher CONTRACEPÇÃO DIU’s e SIU’s Eficácia contraceptiva a longo prazo sobreponível à esterilização cirúrgica Menos risco para a saúde da mulher REVERSÍVEIS

CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos Laqueação tubária Cirurgia das trompas de Falópio Bloquear a permeabilidade das trompas Evita a progressão do óvulo Não existe o contacto com os espermatozóides

CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos

CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos Laqueação tubária Essencialmente oferece uma contracepção quase definitiva Raramente existem casos de re-canalização das trompas com possibilidade de gravidez Risco de gravidez ectópica Riscos cirúrgicos

CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos Laqueação tubária Endoscopia ginecológica – histeroscopia ou laparoscopia Electrocoagulação e/ou corte Durante a cesariana - laqueação e corte

CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos Vasectomia Laqueação dos vasos deferentes Ambulatório com anestesia local Hematoma, infecção e cancro da próstata

Métodos cirúrgicos Vasectomia CONTRACEPÇÃO Métodos cirúrgicos Vasectomia

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez Lei 16/2007 Lei da Assembleia da República Deverá ser respeitada em todas as instituições com índole público Retira a ilegalidade da IVG, quando praticada em condições bem definidas

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez Lei 16/2007 Instituições prestação dos cuidados de saúde oficialmente reconhecidas Existe legislação para aprovar tais instituições Nas primeiras 10 semanas de gestação

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez Lei 16/2007 Consulta prévia – aconselhamento – 3 dias de reflexão Consulta de aplicação da medicação – tratamento medicamentoso Consulta de reavaliação do tratamento e planeamento familiar

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez CHLN - HSM Medicamentoso: Mifepristona – antagonista da progesterona – 200mg Misoprostol – análogo da prostaglandina – vaginal; oral 98% de eficácia – evacuação uterina sem necessidade de internamento por eventual complicações – dor e hemorragia

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez IVG ilegal Complicações duma IVG Oportunidade de educação para o planeamento familiar Evolução do número da IVG – aumento e diminuição posterior

CONTRACEPÇÃO Interrupção Voluntária da Gravidez Tema sensível sob o ponto de vista ético Objecção de consciência Objector do acto da IVG NUNCA estigmatizar, criticar, rejeitar ou negar informação ou prestação de cuidados médicos na presença de complicações da IVG legalmente praticada