Cruz Alta Nossa Velha - Nova Parte 53
A Nevasca do Século Mais sobre a nevasca de 1965 nos projetos 08 e DE AGOSTO DE 1965
UM DIA INESQUECÍVEL Eram 7 horas da manhã, quando ouvi dizer: Levante-se. Venha ver algo que nunca viu! De um salto sentei-me na cama, abri a janela e vi – ou melhor – arregalei os olhos, maravilhada. Descortinava-se diante de mim uma paisagem diferente. Estaria eu sonhando? Pareceu-me que anjos, à noite, vieram pintar a cidade, por puro prazer. Neve! Sim, neve! Como nos cartões postais dos Natais suíços. Que dia aquele! Foi feriado estadual... Sei lá, só sei que poucos trabalharam. A ruas encheram-se de carros, gente e até crianças que geralmente, em dias frios ficam em casa, pois as mães temem que se resfriem. Mas da neve ninguém temeu ou, pelo contrário, parecia que era remédio que curaria todos os males e estavam distribuindo gratuitamente. E, então, a criança que todos temos escondida num cantinho escuro do coração, saltou, ganhou a luz e o que se viu: homens e mulheres a brincar, relembrando a infância perdida na voragem dos anos. Bonecos grandes, pequenos, moldados por mãos que há muito não brincavam. Será esta a função científica da neve? Que homens esqueçam por instantes os problemas que a vida cria?
TEXTO DE ORTÊNCIA MURADÁS DAPENA, DE OUTUBRO DE 1965, E PUBLICADO EM SEU LIVRO “ADEUS AO MUNDO”, EM 1975 E a neve continuava a cair. Primeiro, em flocos miúdos; depois já eram maiores cobrindo árvores, casa, tudo de branco. E mais habitantes povoaram a cidade. Seriam estes os discutidíssimos Homens da Neves? À tarde, fui ao quintal afundando minhas botinhas naquela lama branca. Tive vontade de abaixar-me, juntar neve, fazer um lindo boneco. Mas, de súbito, parei. Pela manhã eu já tentara moldar um, mas o que fizera era algo grotesco, informe, lembrando certas pinturas e esculturas modernas, que não se sabe que animal ou coisa teve por modelo. Era simplesmente um monte de neve encimado por uma bola, também de neve. Como ia fazer um boneco de neve quem em criança não fizera nem de pano? A matéria-prima continuou no chão tentando-me, mas para que estragar aquele tapete branco, fofo? Por que acordar a criança que tenho dentro de mim, se ela já não sabe brincar? Por momentos permaneci parada, olhando – e meditando – o espetáculo que, provavelmente, jamais tornarei a ver. Depois, voltei sobre meus passos, lentamente, pisando o tapete branco, foto que, com certeza, estaria destruído logo depois, com todas as coisas más e boas que a vida traz. UM DIA INESQUECÍVEL
PRAÇA DA MATRIZ
HOJE
PRAÇA DA MATRIZ
HOJE
RUA CORONEL PILLAR PRAÇA DA MATRIZ
HOJE
PRAÇA DA MATRIZ
RUA DUQUE DE CAXIAS AO FUNDO HOJE
IGREJA DA MATRIZ NA SETA PRAÇA DA MATRIZ
HOJE O MONUMENTO EM FRENTE É UM TRIBUTO À CARLOS GOMES
PRAÇA DA MATRIZ
RUA CORONEL MARTINS
HOJE
RUA CORONEL MARTINS
HOJE
RUA CORONEL MARTINS
AS CASAS ORIGINAIS NÃO EXISTEM MAIS HOJE
AVENIDA VENÂNCIO AIES CONHECIDA AGÊNCIA DA CREFISUL NA SETA
HOJE
RUA PINHEIRO MACHADO
ESQUINA COM AVENIDA GENERAL OSÓRIO HOJE
PRAÇA GENERAL FIRMINO
HOJE
PRAÇA GENERAL FIRMINO
HOJE
RUA MARECHAL FLORIANO
HOJE
RUA MARECHAL FLORIANO
HOJE
RUA MARECHAL FLORIANO
HOJE
RUA MARECHAL FLORIANO
AVENIDA GENERAL OSÓRIO IRMÃOS MARCHIONATTI EDIFÍCIO CENTAURO
AVENIDA PADRE PACHECO SANTINHA
HOJE
AVENIDA SATURNINO DE BRITO MONUMENTO DA CUIA, NA SETA
HOJE
RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA CASA ANÔNIMA
HOJE
ANÔNIMOS NEVASCA
ANÔNIMOS NA PRAÇA GENERAL FIRMINO NEVASCA
ANÔNIMOS NA PRAÇA DA MATRIZ NEVASCA
ANÔNIMOS NO QUARTEL 29º G.A.C. NEVASCA
PRAÇA DA MATRIZLOCAL IGNORADO
NEVASCA
ANÔNIMO, PROVAVELMENTE NO CLUBE ARRANCA OU CAÇA E PESCA
“ Um sonho que não se interpreta é uma carta que não se lê.” Talmude PENSE NISSO
CRUZ ALTA-RS 191 ANOS Fotos atuais e montagem: Alfredo Roeber Agradecimento especial: Alex Della Méa Música: “PIAZITO DE CAMPANHA” Interpretação: Nenito Sarturi 18/08/2012
VISITE CRUZ ALTA
fim OBRIGADO PRÓXIMO
Se você gostou da montagem, envie para seus amigos; Se você quer contribuir com novas montagens me envie fotos antigas de Cruz Alta; Veja os demais projetos “Nossa Velha-Nova Cruz Alta e atualizações no endereço: Alfredo Roeber Amigo(a),