INTRODUÇÃO A IMUNOBIOLOGIA Prof. Fabricio Rochedo Conceição fabricio.rochedo@ufpel.edu.br Graduação em Biotecnologia Disciplina de Imunologia 08 de agosto de 2011

História da Imunologia - Chineses – século XV Edward Jenner – 1798 * Varíola “Pai da Imunologia” Vacina (do latim vaccinus, das vacas)

8 de maio de 1980 – erradicação da varíola Figure 1-2 8 de maio de 1980 – erradicação da varíola

Figure 1-33

História da Imunologia VACINAS INATIVADAS 1879-1881 - Pasteur estudava a bactéria que causa a cólera aviária (Pasteurella multocida), cultivando-a e injetando-a em galinhas. Ao voltar de férias, ele injetou uma cultura velha e, surpreendentemente, as galinhas não morreram. Pasteur concluiu: cultura velha, e fez uma cultura fresca. Desta vez, como ele tinha poucas galinhas, resolveu usar algumas do experimento anterior. Resultado: as galinhas do experimento anterior sobreviveram e as não inoculadas previamente morreram. Pasteur reconheceu que o envelhecimento da cultura tinha enfraquecido a bactéria (inativação), a ponto de torná-la não letal, e aplicou este conhecimento para projetar outras vacinas (anthrax e raiva). Louis Pasteur

História da Imunologia IMUNIDADE CELULAR 1883 - Teoria dos fagócitos. Observou a fagocitose de esporos de fungos por leucócitos e antecipou a idéia de que a imunidade era devido às células brancas do sangue. Elie Metchnikoff

História da Imunologia Emil von Behring kitasato Shibasaburo IMUNIDADE HUMORAL 1890 - Antitoxina da difteria. Demonstraram que o soro de animais imunes à difteria podia conferir proteção (imunidade passiva). Esse componente, antitoxina, era capaz de neutralizar, precipitar toxinas, aglutinar e lisar bactérias. Emil von Behring kitasato Shibasaburo

Imunologia é o ramo da biologia que estuda o sistema imunológico (sistema que defende o organismo contra agressores) * Sistema imune mais eficiente

Quem são os agressores?

Diversidade de antígenos Grupos sanguíneos Vírus Bactérias Fungos Protozoários Diversidade de antígenos Prions Helmintos Artrópodos Grãos de pólen Células tumorais

TRÍADE IMUNOLÓGICA Especificidade Memória  Tolerância A resposta imunológica pode ser classificada ainda em inata (também chamada de inespecífica) e adaptativa (específica ou adquirida). A resposta imune inata é aquela presente desde o nascimento, e está rapidamente disponível para defender o organismo dos “invasores estranhos”. A resposta inata é a primeira linha de defesa a entrar em ação, não distingue um agente de outro, e funciona basicamente da mesma forma independente do tipo de agente infeccioso. Uma vez que utiliza sistemas de reconhecimento primitivos e inespecíficos, pode reconhecer uma grande variedade de produtos microbianos. A resposta imune adaptativa surgiu mais tarde em termos evolucionários, é mais especializada do que a inata, e está presente somente nos vertebrados. É um sistema de defesa que pode reconhecer com especificidade o invasor e que atua mais rapidamente e com mais eficiência a cada nova exposição ao mesmo ag, porque é gerada a memória imunológica. As células responsáveis pela especificidade e memória são as células denominadas de linfócitos T e B. A partir da ativação dos linfócitos são gerados linfócitos com mesma especificidade (ou seja, capazes de reconhecerem o mesmo antígeno), mas com vida longa. Essas células são chamadas de células de memória e são elas as responsáveis pelo reconhecimento do antígeno quando ele penetrar novamente. Considere que, embora o sistema imune inato e adaptativo sejam estudados muitas vezes de modo separado, trabalham em conjunto, sobrepostos e interligados durante a resposta imune.

TIPOS DE IMUNIDADE ATIVA: adquirida devido ao contato com o antígeno após infecção ou vacinação PASSIVA: adquirida devido a transferência de células ou anticorpos de um indivíduo imunizado – colostro ou soroterapia As respostas imunes específicas são normalmente estimuladas após a exposição a um antígeno (Ag) estranho. Esta forma de imunidade, induzida por um processo de imunização é chamada de imunidade ativa, pois os indivíduos possuem um papel ativo na resposta ao ag. A imunidade também pode ser transferida de um animal para outro, transferindo-se células ou anticorpos de um animal imunizado ativamente, para outro (o animal que se deseja conferir proteção). O receptor de tal imunidade torna-se imune a um determinado ag em particular mesmo sem ter sido exposto a ele. Esta forma de imunidade é chamada de imunidade passiva. A imunidade passiva é útil para conferir resistência rapidamente, mas dura pouco tempo.

TIPOS DE RESPOSTA IMUNE Inata (inespecífica)  Adaptativa (específica) A resposta imunológica pode ser classificada ainda em inata (também chamada de inespecífica) e adaptativa (específica ou adquirida). A resposta imune inata é aquela presente desde o nascimento, e está rapidamente disponível para defender o organismo dos “invasores estranhos”. A resposta inata é a primeira linha de defesa a entrar em ação, não distingue um agente de outro, e funciona basicamente da mesma forma independente do tipo de agente infeccioso. Uma vez que utiliza sistemas de reconhecimento primitivos e inespecíficos, pode reconhecer uma grande variedade de produtos microbianos. A resposta imune adaptativa surgiu mais tarde em termos evolucionários, é mais especializada do que a inata, e está presente somente nos vertebrados. É um sistema de defesa que pode reconhecer com especificidade o invasor e que atua mais rapidamente e com mais eficiência a cada nova exposição ao mesmo ag, porque é gerada a memória imunológica. As células responsáveis pela especificidade e memória são as células denominadas de linfócitos T e B. A partir da ativação dos linfócitos são gerados linfócitos com mesma especificidade (ou seja, capazes de reconhecerem o mesmo antígeno), mas com vida longa. Essas células são chamadas de células de memória e são elas as responsáveis pelo reconhecimento do antígeno quando ele penetrar novamente. Considere que, embora o sistema imune inato e adaptativo sejam estudados muitas vezes de modo separado, trabalham em conjunto, sobrepostos e interligados durante a resposta imune.

Estrutura esquemática dos receptores de antígenos

Seleção clonal

Os quatro princípios básicos da seleção clonal

As respostas imunes podem ser benéficas ou prejudiciais dependendo da natureza do antígeno

Obrigado!