Modelo de Nice (Nature 435, 459; 462; 466)

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Transcrição da apresentação:

Modelo de Nice (Nature 435, 459; 462; 466) O que se tinha: Muito provavelmente os planetas gigantes migraram espalhando o disco de planetesimais primordial. O disco era provavelmente truncado em torno de 30 AU. Os objetos de altas inclinações do Cinturão de Kuiper teriam sido transportados do disco primordial. Outro processo de transporte teria levado os objetos de baixas inclinações desde o disco primordial até o Cinturão de Kuiper. O que faltava: Numa migração clássica, Netuno se afastava de Urano sistematicamente além da ressonância 1:2. Júpiter e Saturno no final da migração apresentavam excentricidades próximas de zero, o que não é verdade. Outras questões: A formação dos gigantes de gelo dentro de um tempo aceitável implicava em que eles deveriam ter-se formado num ambiente mais denso, portanto mais perto do Sol e dos gigantes de gás. Amostras de pedras trazidas da Lua indicavam que teria havido um evento catastrófico na Lua cerca de 650 milhões de anos depois da formação do Sistema Solar (Late Heavy Bombardment)‏.

A Passagem de Júpiter e Saturno por sua ressonância 1:2 Planetas em órbitas cada vez mais compactas implicava em que Júpiter e Saturno começariam sua migração antes da ressonância 1:2 (atualmente estão um pouco aquém da 2:5). A passagem dos gigantes de gás pela ressonância 1:2 aumentava suas excentricidades, o que implicava em encontros próximos com os gigantes de gelo. Estes eram então jogados para dentro do disco, onde eram posteriormente estabilizados pela fricção do disco em posições próximas as suas atuais. As excentricidades adquiridas pelos gigantes de gás eram só parcialmente perdidas até o fim da migração, preservando órbitas excêntricas o suficiente para serem compatíveis com as atuais.

A ressonância 1:2 e os Troianos Apesar da passagem de Júpiter e Saturno pelo 1:2 trazer resultados interessantes por um ponto de vista, esta solução foi evitada pelo fato de que este processo faria Júpiter perder os seus Troianos. A idéia foi então que os troianos de Júpiter não são originais, mas foram capturados dos planetesimais do disco durante a passagem pela 1:2.

Evolução padrão

Simulações X órbitas reais

Troianos capturados X Troianos reais

O Bombardeamento Lunar Tardio A idéia era que o processo que jogou Urano e Netuno dentro do disco teria feito espalhar os objetos dentro do disco, para fora do Sistema Solar e para dentro, no sistema solar interno. No entanto, este processo precisaria ser atrasado ~700 milhões de anos. Como segurar a migração por este tempo? Proposta I: acertar a borda do disco de forma a que se demorasse os 700 milhões de anos antes de Netuno interagir fortemente com o disco. Porém era difícil acertar a borda interna do disco. Um pouco para dentro, o processo disparava imediatamente. Um pouco para fora, demorava mais que idade do Sistema Solar. Na segunda proposta, teria havido uma migração freiada dos planetas com Júpiter e Saturno tendendo assintoticamente para a 1:2 num tempo que poderia ser ~700 milhões de anos.

O Atraso e o LHB

Evolução das órbitas dos planetas e do disco

Os três modelos de evolução do Sistema Solar pós-gás Não houve migração (Ford and Chiang 2007, APJ 661, 602; Chiang et al. 2007 in Protostars and Planets V, pp. 895-911) Migração suave (Malhotra, J. Hahn, P. Lykawka 2007 Icarus 186, 331)‏ Migração com encontros próximos planetários (Nice).