Trichomonas vaginalis

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Giardia lamblia Protozoário flagelado parasita cavitário
Advertisements

Transmissão das Infecções
D.S.T..
Distúrbios do trato respiratório
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PARASITOLOGIA
DSTS (DOENÇAS SEXUALMENTETRANSMISSÍVEIS)
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
1 Fonte das imagens em 18/02/ FORMATAÇÃO E PESQUISA: PROFESSOR PEDRO TRINCAUS COLÉGIO ESTADUAL.
VULVOVAGINOSES.
Sub-reino Protozoa Protozoários:
Entamoeba histolytica e Amebíase
Trichomonas vaginalis
PARASITOLOGIA Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia
Termos Técnicos Utilizados em Parasitologia
Prevenindo Doenças e Promovendo Saúde Câncer de Próstata Junho / 2005.
Aspectos gerais A doença diarreica aguda ainda é um dos grandes problemas de saúde pública no mundo, sendo uma das principais causas de morbidade e.
DOENÇAS SEXUALMETE TRANSMISSIVEIS (DSTs) ? ? ?
A hepatite E resulta da infecção pelo vírus (VHE), é transmitida de pessoa a pessoa, através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal .EM.
Vírus Márcia Regina Garcia.
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
Vírus do Papiloma Humano
A próstata é uma glândula que só existe no homem. Tem como função
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CURVELO - FACIC
Amebíase.
Trichomoníase.
quinzena da mulher de 7 a 18 de Março
Tricomoníase.
Doenças Sexualmente Transmissíveis
Reprodução e Sexualidade
Dhiogo Corrêa Jorge Roth
Hepatite B e Candidíase
Definição A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e é caracterizada pelo desenvolvimento.
Sistema Reprodutor Humano Masculino e Feminino 8º Ano A e B
Parasitologia - Tricomoníase
Parasitologia Clínica Introdução
Trichomonas Protozoário flagelado parasita cavitário
TRICOMONÍASE Infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina e a uretra. Sua principal.
HPV Perguntas e Respostas.
Cancro Mole Agente: Haemophylus ducrey Incubação : 3 a 5 dias
Manejo Sindrômico do Corrimento Vaginal
Classificação dos Parasitas do Homem segundo seu
HPV Perguntas e Respostas.
Patologias do trato urinário
Giardíase Giardia duodenalis Distribuição mundial;
Vera Regina Medeiros Andrade
Papiloma Humano.
Giardia lamblia Dra Claudia Nunes.
Prof. Danilo Sergio Faustino
Gripe influenza tipo A (H1N1)
Entamoeba histolytica
DST/AIDS.
Giardia lamblia Professora: Janine.
Trichomonas Vaginalis Professora: Janine Fernandes.
Professora: JANINE FERNANDES
Trabalho de Português Doenças sexualmente transmissíveis que mais atingem os jovens hoje x década de 80 Julia Dantas Lucca Tokarski Manuella Freitas.
Infeções sexualmente transmissíveis
Balantidíase Infecção do intestino grosso que, em suas formas mais típicas, produz diarréia ou disenteria, muito semelhante clinicamente à amebíase. Seu.
Gravidez, métodos contraceptivos, DST/ métodos de prevenção. Thaís Renata – PIBID UNICAMP –
Prevenção contra doenças e gravidez indesejada
Giardia intestinalis e Giardíase
Gênero Trichomonas Profª Dayane Otero Rodrigues. Trichomonas (flagelados) - T. vaginalis (descrito em 1836), T.tenax (não patogênico - cavidade bucal.
Transcrição da apresentação:

Trichomonas vaginalis Profª. Me.: Anny C.G. Granzoto

CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA CARACTERIZADA POR APRESENTAR 3 A 6 FLAGELOS, AXÓSTILO A denominação dos gêneros são feitas pelo número de flagelos livres: Tritrichomonas Trichomonas Pentatrichomonas

HISTÓRICO E ESPÉCIES Pentatrichomonas hominis Não patogênico Habita o intestino grosso Possui 5 flagelos ( 1 deles virado para trás e com o flagelo da membrana ondulante prolongado para além da mesma)

Trichomonas tenax Habita cavidade bucal (tártaro que circunda os dentes, nas cáries e nas lesões ulcerativas ou purulentas) do homem, não sobrevive no estômago e na vagina Transmissão direta através da saliva, tosse, beijo, fala, escova de dentes e de alimentos que foram previamente provados por mães. O diagnóstico é realizado pela pesquisa do organismo no tártaro dos dentes, na goma de ,mascar ou tonsilas. Não patogênico (comensal) Não sobrevive no estômago Não se estabelece na vagina Caracterizado pela presença de 4 flagelos livres e com membrana ondulante não prolongada para além da primeira metade do seu corpo.

FLAGELADO DAS VIAS GENITURINÁRIAS Visualizado por Donné, que observou “formas cobertas por cabelo” “o que possui cabelo”

TRANSMISSÃO Fômites Os trofozoítos são capazes de sobreviver de 1 a 2 horas em ambientes úmidos e não expostos ao sol.

Homem vetor da doença Sexo oral  não sobrevive na cavidade bucal a tricomoníase neonatal em meninas é adquirida durante o parto (5%) Infecção em moças virgens com mãe parasitada (80%) diagnóstico de tricomoníase em crianças e adolescentes virgens abuso sexual.

Anaeróbico pH 5 e 7,5 Temperatura 20 a 40° C Fonte de energia: maltose, glicose, frutose, amido e glicogênio Desprovido de mitocôndria possui... Hidrogenossomas: enzima PFOR (piruvato ferredoxina-oxirredutase) transforma o piruvato em acetato e libera ATP e H2 Sobrevive várias horas em uma gota de secreção vaginal

PATOLOGIA O T. vaginalis tem se destacado como um dos principais patógenos do trato urogenital humano Está associado a sérias complicações de saúde como: Problemas relacionados à gravidez ( associação entre tricomoníase e ruptura prematura de mb, parto prematuro,  peso ao nascer, morte neonatal) Problemas relacionados com a fertilidade ( o protozoário está relacionado com doença inflamatória do trato urinário superior que destrói a estrutura tubária inibindo a passagem do espermatozóide ou óvulos através da tuba uterina... Mulheres com mais de 1 caso de tricomonose tem maior risco de infertilidade do que aquelas que tiveram um 1 único caso) Transmissão de HIV ( estudos recentes mostraram que o Trichomonas promove a transmissão do vírus HIV)

Mecanismos da patogênese Homens  assintomáticos crônica (uretrite com corrimento matinal reduzido) doença evolui de forma grave Mulheres sintomáticas desagradável, desconfortável A instalação do T. vaginalis não é fácil acontecer  mulheres possuem barreiras naturais contra essas infecções. Para que ocorra o parasitismo (estudiosos) é necessário uma alteração na defesa natural

Mecanismos da patogênese A implantação do T. vaginalis estaria associada a certas modificações que favorecem o desenvolvimento Modificação da flora bacteriana vaginal Da acidez local Do glicogênio nas células epiteliais Acentuada descamação epitelial Na base dessas alterações poderia estar fatores hormonais ou outros processos de natureza inflamatória ou irritativa.

Não favorável à instalação Mucosa vaginal fina Epitélio pobre em glicogênio secreção escassa pH neutro Epitélio espesso Células ricas em glicogênio pH -3,8 a 4,5  Bacilos de Doderlëin Na infância Não favorável à instalação Após a puberdade Menstruação Hormonal Sistema imune  Bacilos de Doderlëin pH 6,0 – 6,5 Em caso de modificações RECEPTIVA A INFECÇÕES

Cresce em pH  5,0 Quando o pH se eleva  a população de bacilos de Döderlein e os protozoários passam a ser encontrados A aderência e a citotoxidade exercidas pelo parasito sobre as células do hospedeiro e implicadas na adesão do T. vaginalis é representada pelas cisteína – proteinases (são citotóxicas e hemolíticas) degradam IgG, IgM e IgA presentes na vagina.

FISIOLOGIA E MORFOLOGIA

complexo granular basal MORFOLOGIA Blefaroplasto ou complexo granular basal coordena movimentos Axóstilo Grânulos densos dispõe o CG  Organela de sustentação rígido e hialino formado pela justaposição de microtúbulos Protozoário muito plástico podendo emitir pseudópodes para captura de alimentos e se fixar em partículas sólidas, mas não para movimentos amebóides.

SINTOMAS E SINAIS na mulher Provoca vaginite caracterizada por: corrimento vaginal fluido abundante, amarelo- esverdeada, bolhoso, odor fétido mais frequentemente no período pós-menstrual O processo infeccioso é acompanhado de : prurido dor no baixo ventre Colpite em foco (pontilhado hiperêmico) A fase aguda impede de manter relação sexual (dispareunia de intróito) Dor ao urinar (disúria) Frequencia miccional (poliúria) Fase crônica pode infectar o homem vulvovaginite

 Colpite em foco

SINTOMAS E SINAIS no homem Geralmente assintomático Uretrite (corrimento discreto, claro, viscoso, às vezes purulento; durante micção matutina) Prurido na uretra ( não o impede de ter relações) Desconforto ao urinar Hiperemia do meato uretral Durante o dia a secreção é escassa e em casos mais graves o parasito pode atingir a próstata(prostatite), epidídimo (epididimite), bexiga (cistite) e testículos.

Diagnóstico clínico Não pode ter como base somente a apresentação clínica Tricomoníase pode ser confundida com outras DST

Diagnóstico laboratorial Métodos parasitológicos Coleta do corrimento uretral peniano ou vaginal Observação a fresco em microscópio Esfregaços em lâminas fixadas e coradas por Giemsa Cultura do corrimento vaginal ou uretral peniano Testes imunológicos apresentam boa especificidade e sensibilidade  rotina

Colheita das amostras Homem Não ter utilizado tricomonicidas há pelo menos 15 dias O organismo é mais facilmente encontrado no sêmen do que na urina ou em esfregaços uretrais. Uma amostra fresca poderá ser obtida pela masturbação em um recipiente limpo e estéril O sedimento centrifugado também deve ser analisado dos primeiros 20ml da urina matinal.

Colheita das amostras Mulher Não ter utilizado tricomonicidas há pelo menos 15 dias Não realizar higiene vaginal no período 18 a 24 horas antes da colheita Os tricomonas são mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação preferência para coletar neste período O material é coletado na vagina com swab de algodão não absorvente com auxílio de espéculo

Procedimento EXAME A FRESCO Em uma lâmina coloca 1 gota do material colhido Adiciona-se 1 gota de salina Homogeneiza-se Microscopia 10 e 40X O exame deve ser feito logo após a coleta. ESFREGAÇO CORADO Material obtido, faz o esfregaço Fixa com álcool metílico Cora com Giemsa ou Gram Imersão CULTURA (objetivo: diagnóstico, isolamento da amostra e acompanhamento terapêutico) O meio é colocado em tubos juntamente com antibióticos, mantidos a 37°C. Possível positividade será detectada a partir do 4º dia de incubação

Epidemiologia É um DST não –viral mais comum no mundo 1/3 de todas as vaginites diagnosticadas Prevalência de 8 a 88% das mulheres Prevalência de 4 a 65% dos homens (disseminador e assintomático) Forma de transmissão: trofozoítos Veículo de transmissão: contato sexual, fômites Resistente no ambiente algumas horas, desde que haja condições de alta umidade Mais comum em mulheres entre 20 a 40 anos de idade e em homens após 30 anos de vida É incomum na infância ( 1 a 10 a) já que as condições vaginais ( pH) não favorece o desenvolvimento

Tratamento Metronidazol (750 mg/dia para adultos) Ornidazol Tinidazol Secnidazol ( 2 g VO dose única) Gestantes ( tópico com cremes ou óvulos) Recentemente foi desenvolvida uma vacina ( Solco- Trichovac), usada com fins terapêuticos( vacinoterapia) e não profiláticos. È preparada com cepas selecionadas de Lactobacillus acidophilus, com bons resultados após a terceira aplicação.

Educação sanitária em larga escala Diagnóstico precoce

Vamos ver se você entendeu.... 1) Das afirmações abaixo, quanto à etiologia da tricomoníase a alternativa que devemos desconsiderar é: T. vaginalis é um protozoário flagelado e apresenta apenas a forma trofozoítica. A comete o trato genito - urinário. Em mulheres se manifesta como vaginite: manchas vermelhas, punctiformes (“morango”); secreção vaginal profusa, pouco espessa, bolhosa, fétida, amarelo- esverdeada; pode causar uretrite e cistite, mas é muitas vezes assintomática. No homem, acomete a próstata em casos mais graves, pois geralmente é assintomático

Pergunta-se.... Você suspeitaria de qual patologia? Qual o agente etiológico? O que fez com que você chegasse a essa conclusão? Por quê? Quais os possíveis meios de transmissão? Qual o tratamento? Quais cuidados deveriam ser tomados antes durante a colheita de amostras para o diagnóstico? Quais as principais medidas profiláticas?