Prof. Dr. José Luiz Miotto Universidade Estadual de Maringá – UEM Departamento de Engenharia Civil – DEC AGLOMERANTES Prof. Dr. José Luiz Miotto Março de 2010
GESSO Aglomerante de pega rápida Obtenção: Desidratação total ou parcial da gipsita Gipsita = sulfato de cálcio hidratado com duas moléculas de água
GESSO Extração das rochas de jazidas Britadas Trituradas Queimadas em fornos Aglomerante de baixo consumo energético → < 300 oC (CaSO4 + 2H2O) + calor = 150 oC → (CaSO4 + ½ H2O) gesso rápido (pega rápida) (CaSO4 + 2H2O) + 150 oC < calor < 300 oC → CaSO4 gesso anidro solúvel (pega lenta)
GESSO Velocidade de endurecimento da pasta depende: Temperatura e tempo de calcinação Finura Quantidade da água de amassamento Presença de impurezas e aditivos Resistência à tração da pasta de gesso → 0,7 a 3,5 MPa Resistência à compressão da pasta de gesso → 5 a 15 MPa
Pastas e argamassas de gesso: Aderem bem ao tijolo, pedra e ferro Não aderem na madeira Não podem ser utilizados em exteriores, pois são solúveis em água A plasticidade da pasta fresca e a lisura da superfície endurecida são propriedades importantes
APLICAÇÕES DO GESSO
Necessidade de juntas de dilatação
Pó fino com propriedades aglutinantes CIMENTO PORTLAND Pó fino com propriedades aglutinantes Aglomerante hidráulico Inventado em 1824 pelo construtor inglês Joseph Aspdin Cimento Portland devido à semelhança de cor com pedras provenientes da ilha de Portland
CIMENTO PORTLAND Matérias-primas: Calcário
CIMENTO PORTLAND Matérias-primas: Argila
CIMENTO PORTLAND Fabricação
CIMENTO PORTLAND Fabricação
CIMENTO PORTLAND Calcário + Argila Forno rotativo 1.450 oC Clínquer
CIMENTO PORTLAND
CIMENTO PORTLAND Clínquer → essência do cimento Calcário Argila CaCO3 SiO2 Al2O3 Fe2O3 etc. Silicatos e aluminatos Silicato bicálcico 2CaO.SiO2 (C2S) Silicato tricálcico 3CaO.SiO2 (C3S) Aluminato tricálcico 3CaO.Al2O3 (C3A) Ferro aluminato tretracálcico 4CaO.Al2O3.Fe2O3 (C4AF)
CIMENTO PORTLAND Argila Silicatos complexos essencialmente constituídas de silicato de alumínio hidratado, geralmente contendo ferro, potássio, magnésio e outros SiO2 → 52 a 68% Al2O3 → 9 a 25% Fe2O3 → 4 a 9% CaO K2O → 0,1 a 7% Na2O 25
Teores médios dos componentes do cimento CIMENTO PORTLAND Teores médios dos componentes do cimento 26
Comportamento mecânico dos componentes CIMENTO PORTLAND Comportamento mecânico dos componentes 27
Aluminato tricálcico (C3A) → ganhos de resistência no primeiro dia CIMENTO PORTLAND Contribuições Silicato tricálcico (C3S) → maior responsável pela resistência mecânica em todas as idades Silicato bicálcico (C2S) → maior responsável pelo ganho de resistência mecânica em idades mais avançadas Aluminato tricálcico (C3A) → ganhos de resistência no primeiro dia Silicato tricálcico (C3S) e Aluminato tricálcico (C3A) → contribuem para a liberação do calor de hidratação devido ao ganho de resistência que apresentam no 1º dia 28
Gesso → função de regular o tempo de pega do cimento CIMENTO PORTLAND Adições Gesso → função de regular o tempo de pega do cimento Escória de alto-forno → subproduto obtido durante a produção do ferro-gusa, que contribui para a melhoria da durabilidade e resistência a agentes químicos 29
CIMENTO PORTLAND Adições Pozolanas → rochas vulcânicas, certos tipos de argilas queimadas a elevadas temperaturas e derivados da queima do carvão mineral (cinzas volantes), conferem maior impermeabilidade às misturas com o cimento 30
CIMENTO PORTLAND Adições Materiais carbonáticos → minerais moídos e calcinados, que contribuem para tornar a mistura mais trabalhável (lubrificante de partículas) A adição mineral interage química e fisicamente com os produtos da hidratação do clínquer, modificando a microestrutura da pasta 31
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND Diferenças baseiam-se nas adições Modificam características e propriedades Influem nos usos e aplicações Tipos Classes 32