A CIVILIZAÇÃO ÁRABE A Arábia, terra de origem do povo árabe, é uma extensa península banhada pelo Oceano Índico, Mar Vermelho e águas do Golfo Pérsico.

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Transcrição da apresentação:

A CIVILIZAÇÃO ÁRABE A Arábia, terra de origem do povo árabe, é uma extensa península banhada pelo Oceano Índico, Mar Vermelho e águas do Golfo Pérsico. A maior parte do território é formada por desertos onde a vida humana é possível apenas nos oásis nos quais a água brota do subsolo. Os árabes que habitavam os desertos eram os beduínos, nômades, que viviam da escassa produção agrícola nos oásis (trigo, tâmaras) e da criação de animais domésticos (cabras, camelos). Eram agressivos e com frequência faziam guerras contra outras tribos ou atacavam cidades. Os árabes urbanos habitavam as cidades. As mais importantes ficavam na região do Yemen, próximas do litoral do Mar Vermelho; eram as cidades de Yatreb, Djedad, Meca, Moca.

PENÍNSULA ARÁBICA

BEDUÍNOS NO DESERTO

A CIVILIZAÇÃO ÁRABE A principal atividade econômica das populações urbanas era o comércio, praticado até em nível internacional. A princípio, os árabes eram politeístas, acreditavam em vários deuses, nas forças da natureza e até em gênios invisíveis (“djins”). Na cidade de Meca existia um templo de forma cúbica, a Caaba, no interior da qual existia uma Pedra Negra, caída do céu, adorada pelos árabes. Com muita frequência, os beduínos faziam peregrinações religiosas a Meca para beijar a Pedra Negra e fazer comércio na feira local.

A CAABA

MAOMÉ E O MUNDO ÁRABE No ano de 570, nasceu em Meca o Profeta Maomé, na tribo coraixita. Órfão com pouca idade, ficou sob a guarda de seu avô e viveu algum tempo em uma tribo do deserto. Na adolescência passou a ser caravaneiro. Já adulto, desposou Kadidja, uma viúva rica, proprietária de vários camelos com os quais praticava o comércio em várias regiões. Maomé realizou inúmeras viagens e esteve em contato com judeus e cristãos que muito influenciaram pelas suas crenças monoteístas. Teve visões do arcanjo Gabriel que lhe teria dito: “Só Alá é Deus e Maomé é seu Profeta”.

MAOMÉ E O MUNDO ÁRABE Maomé começou a pregar uma crença monoteísta que contrariava os caraixitas, pois a cidade de Meca, politeísta, atraía muitos peregrinos, principalmente beduínos, que incrementavam o comércio. Sofrendo pressões, no ano de 622 partiu para Yatreb que passou a chamar-se Medina, a Cidade do Profeta. Este fato chamou-se Hégira e assinalou o início do calendário muçulmano. No ano de 630, Maomé tomou Meca dando prosseguimento à sua Guerra Santa que logo difundiu a crença muçulmana. Maomé acreditava ser o profeta de Deus, por isso, após converter sua família, ele começou a pregar a nova crença aos beduínos, convidando-os a abandonar os deuses locais, reconhecer Alá como o único Deus e submeter-se à sua vontade, respeitando os mandamentos que lhes foram revelados. Os seguidores do profeta passaram a ser conhecidos como muçulmanos (entregue ao Islã), islamitas ou maometanos.

OS MUÇULMANOS

O ISLÃ E OS PRECEITOS RELIGIOSOS Após a morte de Maomé, os califas continuaram a praticar o islamismo. Apoiados nas palavras do Corão ou Alcorão (livro sagrado dos islamitas), eles estenderam o domínio árabe por muitos lugares. De acordo com o livro sagrado, os adeptos do Islã tem por obrigação as seguintes práticas:

Profissão de fé: reconhecer Alá como o único Deus e Maomé como seu único profeta. Prece ritual: orar cinco vezes ao dia em direção a Meca. Jejum do Ramadã: jejuar todos os dias do mês do Ramadã (nono mês do calendário muçulmano, considerado o mês da revelação). Esmola Legal: praticar a caridade doando esmolas espontaneamente aos mais pobres. Peregrinação: peregrinar até Meca pelo menos uma vez na vida e dar sete voltas em torno da Caaba, onde se encontra a Pedra Negra.

ALCORÃO SAGRADO

Entre os preceitos do Islã, encontra-se também a ideia de Jihad (Guerra Santa) na qual, segundo Maomé, todo o muçulmano que morrer expandindo sua fé alcançará o Paraíso. Para os muçulmanos, o Alcorão é a fonte que indica a vontade de Alá, por esse motivo eles organizaram a sua vida de acordo com as ideias contidas neste livros. Além do Corão, existe outro texto sagrado para os muçulmanos, conhecido como Sunna ( A Conduta), que reúne informações sobre o profeta, seus ensinamentos e fatos de sua vida. Com isso, surgiram dois grupos com diferentes pontos de vistas religiosos: os sunitas, seguidores da Sunna e do Corão; e os xiitas, que aceitam somente o Corão como fonte de ensinamento.

Maomé recebendo as revelações do Anjo Gabriel

A EXPANSÃO ISLÂMICA Os califas que sucederam Maomé passaram a difundir o Islã dominando toda a Arábia. Unificados em um Estado, possuíam uma poderosa força militar; por essa razão, em pouco tempo, eles conquistaram Jerusalém, a Síria, a Pérsia, o Egito, o norte da África e a região do Crescente Fértil.

EXPANSÃO MUÇULMANA (SÉCULOS VII e VII)

ESPANHA MUÇULMANA: A JOIA DO ISLÃ A Espanha também foi um dos grandes centros culturais do Islã. Muitos judeus e cristãos trabalhavam, ao lado dos escravos, na construção de mesquitas, palácios, hospitais, banhos públicos, jardins e bibliotecas. As cidades foram divididas em subúrbios, que possuíam água encanada e áreas destinadas ao trabalho e ao lazer. Por esses motivos, Al-Andaluz (Terra dos vândalos), como era chamada a Espanha muçulmana, foi reconhecida em toda a Europa e Ásia como a “jóia do Islã”. A partir do século XI, os cristãos iniciaram uma guerra de reconquista contra os muçulmanos que ocupavam a Península Ibérica. Esse conflito terminou somente em 1492, quando os cristãos expulsaram definitivamente os muçulmanos da Espanha.

PALÁCIO DE ALHAMBRA, EM GRANADA NA ESPANHA

A CONTRIBUIÇÃO DOS ÁRABES MUÇULMANOS Com a bússola e o astrolábio, os árabes também aperfeiçoaram e introduziram no comércio o álcool, a pólvora e o sistema de numeração (números arábicos) utilizado até os dias atuais. Eles também estudaram e realizaram vários progressos na Matemática, Física, Química, Astronomia, Filosofia, entre outras, e obtiveram sucesso nessas áreas. A medicina foi a ciência que eles mais desenvolveram. As artes também tiveram um papel de grande importância na vida dos árabes. Na área da literatura, a poesia e o romance tiveram um importante papel na cultura árabe. Entre essas obras, destacam-se as histórias conhecidas, como As mil e uma noites e as poesias e demais escritos do sábio Omar Khayyan.

O astrolábio é um antigo instrumento astronômico, hoje em dia obsoleto, que teve muita importância na astronomia, principalmente na astronomia náutica, quando os astros visíveis no céu constituiam o principal referencial dos primeiros grandes navegadores. O modelo mais antigo, astrolábio planisférico, foi provavelmente inventado pelos gregos ou alexandrinos, em aproximadamente 150 a.C., e mais tarde aperfeiçoado pelos árabes.

A BÚSSOLA APERFEIÇOADA PELOS ÁRABES