Nasces-te no longe em Sol radiante Terna como beijo gerado de prazer, Adornas o olhar da vida errante Que vagueia na fraude do viver. Quando eu te esquecer Não mais sentirei o teu perfume, Não mais sofrerei com ciúmes Do que farás longe de mim, Apenas um sentimento profundo, Maior que o próprio mundo Permanecerá com o sabor do fim...
Enfeitiças o azul do mar cantante Num poema que os rochedos irão ler Aqueces em ternura o leito amante, Em segredos que não deves esquecer Não estarás mais na minha lembrança Poderei viver outras experiências Maiores e melhores, nesta existência, Do que aquelas que tanto parecem contigo E as rosas vermelhas que eu recebi Certamente elas irão me dizer Que um novo amor quer Em meu coração fazer abrigo...
Pintas o prazer que acende a vida E animas com força desmedida O porvir onde sorriem os desejos!. Então eu estarei finalmente liberta Das horas de incerteza, à espera da festa Sempre adiada para um futuro distante, Quando nós, desprendidos das teias perversas, Poderíamos nos tocar como tantas vezes Sonhamos mas nunca alcançamos, Por razões as mais diversas...
És a brisa em murmúrio incontestado Um pedaço do mundo em tí gravado Em carícia nascida dos teus beijos E caminhando, só, em busca do destino Esquecida da dor, livre do desatino De amar um sonho, apenas uma abstração Viverei, então, um momento de glória Poderei correr, sorrir, viver, amar, Mas na minha boca apenas restará Um sabor amargo de vitória...
Respeite os Direitos Autorais