Professor Edley www.professoredley.com.br.

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A Crise gerada na Europa devido à Primeira Guerra Mundial possibilitou a acentuação dos problemas socioeconômicos, seja pelas catástrofes, pelo desemprego.
Transcrição da apresentação:

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A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) Entre 1939 e 1945, países dos cinco continentes fizeram parte de um sangrento conflito, que causou a morte de cerca de 50 milhões de pessoas: a Segunda Guerra Mundial. Também nesse período, os olhos de todo o mundo estavam voltados a dois países que tinham um sistema novo de governo. O totalitarismo na Itália e Alemanha surpreendia por causa do extremo controle social que exerciam.

O Mundo Depois da Primeira Guerra Mundial Terminada a Primeira Guerra Mundial, os países envolvidos iniciaram um processo de restauração: Inglaterra e França recuperaram-se nos primeiros anos da década de 1920, contando com empréstimos concedidos por diversos países, principalmente os Estados Unidos; A Alemanha passou por inúmeras dificuldades; era difícil reconstruir o país com as pesadas indenizações que deveriam pagar às nações vencedoras, conforme foi estabelecido no Tratado de Versalhes; Os Estados Unidos, nação que mais lucrou com o conflito, emprestavam dinheiro a diversos países, incluindo a Alemanha, para que ela pudesse recuperar sua economia e pagar suas dívidas.

A Democracia em Crise Um dos grandes efeitos da guerra foi a descrença da população na sociedade democrática. Duvidava-se constantemente da capacidade de governos democráticos resolverem os problemas que se apresentavam. Nesse cenário, surgiram movimentos que propunham alternativas ao regime democrático e ainda eram antissocialistas e anticomunistas. Para os membros desses movimentos, somente um líder enérgico seria capaz de tirar as nações da crise, ainda que, para isso, fosse necessário cercear algumas liberdades individuais. Eram movimentos autoritários (em que a vontade do líder vale mais do que a escolha dos cidadãos) e nacionalistas (em que os interesses da nação estavam acima de quaisquer outros).

A Democracia em Crise Havia diferenças nesses movimentos de acordo com o país em que ocorreu, mas eles também tinham muitas características em comum, como: poder centralizado nas mãos de um seleto grupo de pessoas, que formavam um partido único; extinção das liberdades e dos direitos, tanto individuais quanto coletivos; controle da vida pública e privada da população por meio da repressão; controle e censura dos meios de comunicação; difusão da ideologia do partido e exaltação tanto do governo quanto do líder nos meios de comunicação; disseminação do ódio e violência a minorias, como homossexuais, imigrantes, ciganos e judeus; perseguição a socialistas, comunistas e opositores do governo; mobilização de amplos setores da população. Esse modelo de controle do poder recebe o nome de totalitarismo.

A Marcha do Totalitarismo na Europa A Itália sob o fascismo Ao final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Itália, apesar de pertencer ao grupo das nações vencedoras, não foi beneficiada da mesma forma que as demais. De forma geral, a situação na Itália era desoladora: Não foi recompensada com a partilha dos territórios alemães, como previam os tratados de paz; Teve um saldo de mais de 600 mil mortos e 1 milhão de feridos; Não havia trabalho para os soldados que voltaram da guerra; Uma inflação descontrolada diminuía cada vez mais o poder de compra dos italianos. Diante de tantos problemas a população questionava a validade de guerra e, cada vez mais, mostrava-se insatisfeita com o governo.

A Marcha do Totalitarismo na Europa Nesse contexto, surgiu em 1919 o movimento Fascio di Combattimento. Liderado por Benito Mussolini, reunia ex-combatentes e desempregados que defendiam idéias nacionalistas, autoritárias e anticomunistas. Rapidamente Mussolini conquistou adeptos em toda a Itália, de modo que em 1921 foi formado o Partido Nacional Fascista. Em 1922, militantes fascistas marcham até Roma, ocupam prédios públicos e estações de trem. Como resultado da Marcha sobre Roma, o rei convida Mussolini ao cargo de primeiro-ministro. Mussolini passa a reunir poderes cada vez maiores até que, em 1928, o fascismo se torna uma ditadura comandada por ele. Fascio, símbolo de poder do Império Romano, transformado no símbolo do fascismo por Mussolini, que desejava recuperar a grandeza da Roma antiga.

O Nazismo Na Alemanha, o fascismo assumiu sua forma extrema, o nazismo. Fundação do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (partido nazista). Imperador Guilherme II renuncia ao trono. É proclamada a república na Alemanha. O Partido Nazista ocupa mais de um terço no Parlamento alemão. 1918 1919 1920 1923 1932 1934 Estimulado pela Marcha sobre Roma, Hitler incita os nazistas a ocupar a cidade de Munique. A tentativa fracassa e Hitler é preso. Revolucionários socialistas tentam tomar o poder, mas são derrotados. Início da República de Weimar. Hitler torna-se presidente da república e dá início ao Terceiro Reich.

A Propaganda Sob o Fascismo e Nazismo Mussolini e Hitler utilizaram a propaganda como instrumento de governo e na doutrinação de crianças e jovens para conquistar o apoio da população. A propaganda procurava atingir a grande massa da população e abarcava todos os meios de comunicação: jornais, revistas, cartazes, rádio, fotografias e filmes. Discursos inflamados e paradas militares procuravam demonstrar a força do governo e o apoio da população italiana e alemã aos regimes autoritários, enquanto a imagem dos líderes Mussolini e Hitler era cultuada. Cartaz nazista nas eleições de 1932 mostrando alemães pobres e a frase: “Nossa última esperança: Hitler”.

O Totalitarismo Soviético Na União Soviética, o totalitarismo se deu sob o poder de Stalin. Stalin assumiu o governo em 1924, após a morte de Lênin. Ele centralizou o poder e investiu na indústria pesada e na agricultura. Durante seu governo: sua figura foi exaltada na propaganda e nos meios de comunicação; foram construídas siderúrgicas, hidrelétricas, ferrovias, indústrias químicas e fábricas de equipamentos agrícolas; as propriedades rurais foram estatizadas; os direitos individuais e coletivos suprimidos; os opositores foram controlados por meio de violência (campos de concentração, fuzilamentos, internações, etc.).

Países capitalistas com regimes autoritários O Frágil Equilíbrio Político Mundial X X Democracias liberais Países capitalistas com regimes autoritários Nação socialista Inglaterra França Estados Unidos Itália Alemanha Espanha Grécia Polônia Turquia União Soviética Na década de 1930, países começaram a se juntar em blocos de acordo com suas afinidades ideológicas e políticas, gerando grande tensão na Europa.

A Guerra na Europa Alemanha invade a Polônia. França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Alemanha conquista Noruega, Luxemburgo, Bélgica, Holanda e França. Itália inicia seu processo de expansão: ataca a Etiópia e depois a Albânia. 1935 1938 1939 1940 1941 Alemanha tenta conquistar a União Soviética e fracassa. Alemanha inicia seu processo de expansão: ocupa e anexa a Áustria e regiões da Tchecoslováquia. Alemanha tenta conquistar a Inglaterra e fracassa.

A Guerra na Europa e no norte da África

A Vida nos Tempos de Guerra O conflito afetou também a vida de civis dos países envolvidos: faltavam alimentos para as pessoas; os animais recebiam apenas restos de comida e cascas de frutas; faltavam vestimentas; combustíveis eram reservados aos médicos, ambulâncias e veículos militares; com a falta de carvão, famílias se reuniam em um único cômodo para se aquecerem; as luzes das cidades eram apagadas cedo para dificultar a orientação dos inimigos durante os ataques; ao toque de recolher, as pessoas deveriam permanecer onde estavam. Durante os bombardeios, civis procuravam se proteger em porões, abrigo antiaéreos e até no metrô. Londres, 1940.

O Papel das Mulheres As mulheres eram recrutadas para integrar a força de trabalho: no comércio varejista; na fabricação de armas, munição e peças para os equipamentos de guerra; na agricultura; na reconstrução das cidades bombardeadas. Cartaz inglês de recrutamento de mulheres para a Marinha, 1942.

A Guerra Fora da Europa No Extremo Oriente, o Japão, aliado da Itália e da Alemanha, também iniciava seu processo de expansão. Entre 1931 e 1937, o Japão lançou ofensivas contra a China, o que lhe rendeu o domínio da Manchúria (região rica em minérios e carvão) e das cidades de Xangai e Nanquim. Em 1939, o Japão passou a controlar as antigas colônias asiáticas que pertenciam aos países ocupados pelos alemães. Em 1941, o Japão atacou a base norte-americana de Pearl Harbor, em uma ilha do oceano Pacífico. Em resposta, os Estados Unidos declararam guerra ao Japão e pediram apoio de outras nações do mundo, como o Brasil.

A Guerra no Pacífico

O Brasil Vai à Guerra 1942 – Getúlio Vargas, pressionado por camadas da população brasileira e pelo governo dos Estados Unidos, declara guerra ao Eixo. 1943 – É formada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que representará o Brasil na Guerra. 1944 – O primeiro grupo é enviado para a Itália para ajudar os norte-americanos. 1946 – Terminada a guerra, a FEB é desfeita. Senta a pua!, símbolo e grito de guerra da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a Segunda Guerra Mundial.

A Caminho do Fim A entrada dos Estados Unidos na guerra traz grande apoio aos Aliados e as forças do Eixo começam a perder territórios no norte da África, na União Soviética e nos países europeus ocupados. Em 1943, os alemães sofrem importantes derrotas no território soviético. Em 6 de julho de 1944 – o Dia D – 3 milhões de soldados ingleses e estadunidenses desembarcam no norte da França e marcham rumo à Alemanha. Em abril de 1945, tropas soviéticas ocupam Berlim. Hitler comete suicídio e Mussolini é assassinado por combatentes da resistência italiana. Em 7 de maio de 1945, os alemães se rendem e acaba a guerra em território europeu.

A Caminho do Fim No Pacífico, os Estados Unidos lançaram em 6 e 8 de agosto de 1945, bombas atômicas recém-inventadas sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasaki, assassinando instantaneamente 200 mil pessoas e milhares de outras nos anos que se seguiram em consequência da radiação. Abalado, o governo japonês se rende. É o fim da Guerra do Pacífico. Fotografia da cidade de Hiroxima, tirada em novembro de 1945, mostra a destruição causada pela explosão da primeira bomba atômica.

O Holocausto O antissemitismo nazista foi responsável por um dos maiores genocídios da História. O chamado holocausto refere-se ao extermínio de milhões de judeus nos campos de concentração nazistas. A perseguição aos judeus na Alemanha começou em 1933. Judeus foram proibidos de casar com “arianos”, de ocupar cargos públicos e obrigados a usar uma estrela de Davi na roupa como identificação. Com a guerra eles foram confinados em campos de concentração, submetidos a trabalhos forçados, com alimentação insuficiente e sem condições de higiene e saúde. Prisioneiros trabalhando em campo de concentração na Alemanha. Fotografia da década de 1930.

O Holocausto Nessas condições, milhares de judeus morreram de fome, exaustão e doenças diversas. Além disso, os judeus passaram a servir de cobaias para experimentos e pesquisas científicas dos médicos nazistas. A partir de 1942, o Estado nazista adotou como política o extermínio em massa de judeus nos campos de concentração. Apesar da perseguição aos judeus ser conhecida, o genocídio e suas proporções somente foi descoberto ao final da guerra, quando os exércitos aliados começaram a libertar os prisioneiros e se depararam com milhares de prisioneiros subnutridos e cadáveres abandonados ao ar livre.

O Pós-Guerra Após a rendição dos alemães, os países aliados dividiram a Alemanha em quatro zonas de influência, cada uma delas controlada por um país: Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética. A cidade de Berlim também foi dividida entre as quatro nações. A partir de então, duas nações antagônicas começaram a se destacar: Estados Unidos (que liderava o bloco dos países capitalistas) e União Soviética (que liderava o bloco dos países socialistas). Reconstrução de uma cidade francesa após a Segunda Guerra Mundial. Foto de 1945/1946.

A Guerra Civil Espanhola Entre os anos de 1923 e 1930, a Espanha viveu sob uma ditadura militar. Em 1931, a população descontente elegeu para a Assembleia Constituinte uma maioria de socialistas, comunistas e anarquistas. Com o triunfo da esquerda, o rei abdicou o trono e foi proclamada a república na Espanha. Em 1936, sob o comando do general Francisco Franco, a Falange – partido de direita com tendências fascistas, apoiado pela Igreja católica, grandes proprietários de terra, militares e empresários – aplica um golpe de Estado. Tem início a Guerra Civil Espanhola, entre falangistas e a Frente Popular, formada pela esquerda – trabalhadores, classe média e setores democráticos republicanos. Franco obteve ajuda de Hitler e Mussolini, enquanto a Frente Popular recebeu apoio dos soviéticos. A guerra terminou em 1939, com vitória dos falangistas. Franco permaneceu no poder até 1975, ano de sua morte.

Referência Bibliográfica Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.

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