Conjuntura económica e social_1

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Transcrição da apresentação:

Conjuntura económica e social_1 No início do século XX, a Rússia tem 176 milhões de habitantes (mais do que a soma das populações de Alemanha, França e Inglaterra). É um país pobre e atrasado tecnologicamente, conhecido como o "celeiro" da Europa. 80% da sua população ativa vive no campo. Em muitas regiões nem sequer se conhece o arado. Os camponeses vivem na miséria e trabalham a -25ºC, com roupas de pano e botas de papelão. Camponês russo

Conjuntura económica e social_2 1891/92: fome. 1900: recessão económica profunda durante toda a década (devido à estreiteza do mercado interno e à superprodução industrial). 1904: derrota da Rússia na guerra com o Japão, provocada pela disputa da Manchúria. Os custos da guerra aumentam o custo de vida e recaem, principalmente, sobre os camponeses. Manifestantes marchando em direção ao palácio de inverno 1905: domingo, 22 de janeiro. Mais de 200 mil camponeses, dirigem-se pacificamente para o palácio de inverno, liderados pelo pope Gapon, desarmados e ostentando ícones e retratos do czar.

Conjuntura económica e social_3 O czar ordena aos cossacos (tropas de soldados imperiais) que impeçam que o povo se aproxime do palácio. O povo não dispersa e as tropas disparam, causando milhares de mortos. Este acontecimento, conhecido como o Domingo Sangrento, aumenta o descontentamento popular contra o czar. Generalizam-se as revoltas nos campos e as greves nas cidades. Os marinheiros do couraçado Potemkine amotinam-se. Os operários organizam-se em sovietes (conselhos de operários). Domingo Sangrento

Conjuntura económica e social_4 Pressionado pelos acontecimentos, Nicolau II publica o Manifesto de Outubro: o czar Nicolau II promete realizar reformas: Liberdade de pensamento, reunião e imprensa; Estabelecimento de um governo constitucional; Convocação de eleições gerais para o parlamento (a Duma), que elaboraria uma constituição. Os partidos de orientação liberal burguesa (como o Partido Constitucional Democrata ou Partido dos Cadetes) dão-se por satisfeitos com as promessas do czar, deixando os operários isolados. Czar Nicolau II

Conjuntura económica e social_5 O czar Nicolau II passa revista às tropas russas. A participação russa na 1.ª guerra salda-se por mais de 2 milhões e meio de mortos. A situação interna é catastrófica. A guerra arruína ainda mais os camponeses. A fome, a falta de carvão e a inflação grassam nas cidades; as greves multiplicam-se; a opinião pública perde cada vez mais a confiança no governo e sobretudo no czar e na família real.

“(...) o governo do czar desmoronou-se quando uma manifestação de operárias (no habitual "Dia da Mulher" do movimento socialista - 8 de Março) se combinou com um lock-out industrial na metalúrgica Putilov (...) e produziu uma greve geral e a invasão do centro da capital, do outro lado do rio gelado, basicamente para exigir pão. A fragilidade do regime revelou-se quando as tropas do czar, mesmo os sempre leais cossacos, hesitaram e depois se recusaram a atacar a multidão, e passaram a confraternizar com ela. Quando, após quatro dias de caos, elas se amotinaram, o czar abdicou, sendo substituído por um "governo liberal provisório", não sem certa simpatia e mesmo ajuda dos aliados ocidentais da Rússia, que temiam que o desesperado regime do czar saísse da guerra e assinasse uma paz em separado com a Alemanha. Quatro dias espontâneos e sem liderança na rua puseram fim a um Império. (...) O feito extraordinário de Lenine foi transformar essa incontrolável onda anárquica popular em poder bolchevique.” (Hobsbawn, Eric (1994). A era dos extremos. Lisboa, Editorial Presença.)

A reivindicação básica dos pobres da cidade era pão, e a dos operários, entre eles, melhores salários e menos horas de trabalho. A reivindicação básica dos 80% de russos que viviam da agricultura era, como sempre, terra. Todos concordavam que queriam o fim da guerra, (...) O slogan "Pão, Paz, Terra" conquistou logo crescente apoio para os que o propagavam, em especial os bolcheviques de Lenine, que passaram de um pequeno grupo de poucos milhares, em Março de 1917, para um quarto de milhão de membros no início do Verão daquele ano. (...) Quando os bolcheviques - então essencialmente um partido de operários - se viram em maioria nas principais cidades russas, (...) e depressa ganharam terreno no exército, a existência do Governo Provisório tornou-se cada vez mais indistinta (...). A onda radicalizada dos seus seguidores empurrou inevitavelmente os bolcheviques para a tomada do poder.” (Hobsbawn, Eric (1994), A Era dos Extremos. Lisboa, Editorial Presença.)

1917 (16 de Abril). Lenine chega a Petrogrado, vindo da Suíça onde estava refugiado desde o início da guerra. Lenine apresenta aos bolcheviques as “Teses de Abril”. Em Petrogrado enfrentam-se duas autoridades: a do governo provisório e o soviete dos operários e dos soldados. Lvov e, depois, Kerenski, líderes do governo provisório, defendem a solução dos problemas internos da Rússia para depois da guerra. Lenine defende um programa que exige tudo sem demora: Todo o poder aos sovietes; Paz imediata; A terra aos camponeses; Controlo dos operários sobre a produção; Repartição dos produtos.