As relações entre os textos

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Transcrição da apresentação:

As relações entre os textos Observe os trechos que seguem: Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; ‘’Nossos bosques têm mais vida’’ ‘’Nossa vida’’, no teu seio, ‘’mais amores.’’ (Hino Nacional Brasileiro) Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. (Mendes, Murilo. Canção do exílio.) Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. (Dias, Gonçalves. Canção do exílio.) 

Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas: A citação de um texto por outro, a esse diálogo entre textos dá-se o nome de Intertextualidade Um texto cita outro com, basicamente, duas finalidades distintas: a) para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado (paráfrase); b) para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para polemizar com ele (paródia).

Canção do exílio, de Gonçalves Dias. Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá: As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. 5 Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores, Em cismar, sozinho, à noite, 10 Mais prazer encontro eu lá; Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; 15 Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra, 20 Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Dias, Gonçalves. Gonçalves Dias: poesia. Por Manuel Bandeira. Rio de Janeiro, Aguiar, 1975. Canção do exílio, de Murilo Mendes Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de identidade! Mendes, Murilo. Poemas. In: -, Poesias (1925-1955). Rio de Janeiro, J. Olympio, 1959.

Instantes Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser perfeito, relaxaria mais, seria mais parvo ainda do que tenho sido, na verdade, poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais. Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, comeria mais gelados e menos lentilhas, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e profundamente cada minuto da vida. Claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disto é feita a vida, só de momentos; não perca o de agora. Eu era desses que não ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver outra vez, viajaria mais leve. Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até ao fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres, brincaria mais com as crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente. Mas, já viram, tenho 95 anos e sei que estou a morrer.