Um Espírito muito além do Mito

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Transcrição da apresentação:

Um Espírito muito além do Mito JESUS HISTÓRICO Um Espírito muito além do Mito

Fontes Básicas de Pesquisa: Pesquisas históricas e antropológicas modernas sobre o Jesus Histórico. Ditados Espíritas de espíritos que viveram personagens dos primeiros anos do Cristianismo Codificação Kardequiana

Referências Bibliográficas Erasto: Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses - Revista Espírita, 1861, pag. 319 a 324. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo Allan Kardec: A Gênese Hermínio C.Miranda: Cristianismo - a mensagem esquecida Hermínio C. Miranda: O Evangelho Gnóstico de Tomé Hermínio C. Miranda: A Reencarnação na Bíblia João D. Castro: Jesus - o homem de Nazaré Emmanuel: Paulo e Estevão - psicografia Francisco C. Xavier Emmanuel: Há Dois Mil Anos - psicografia Francisco C. Xavier Eurípedes Barsanulfo: A Grande Espera - psicografia Corina Novelino Wallace Leal V. Rodrigues: A Esquina de Pedra Pinheiro Martins: História da Formação do Novo Testamento

Referências Bibliográficas Novo Testamento- versão fácil de ler: Editora Vida Cristã James M. Robinson (Editor Geral): The Nag Hammadí Library Jean-Yves Leloup (tradutor): O Evangelho de Maria (Míriam de Mágdala) Maria Helena O. Tricca (copiladora): O Evangelho segundo Felipe - Apócrifos II: Os Proscritos da Bíblia Rodolphe Kasser et. al.(editores): O Evangelho de Judas Burton L. Mack: O Livro de Q (O Evangelho Perdido) John Dominic Crossan: O Jesus Histórico John Dominic Crossan: Jesus - uma biografia revolucionária John Dominic Crossan: A Última Semana Juan Arias: Jesus - esse grande desconhecido A. N. Wilson: Jesus - um retrato do homem Elain Pagels: Os Evangelhos Gnósticos

Referências Bibliográficas E. M. Laperrousaz: Os Manuscritos do mar Morto Oscar Cullmann: Das Origens do Evangelho à Formação da Teologia Cristã Eduardo Hoornaert: Cristãos da Terceira Geração (100-130) Eusébio de Cesaréia: História Eclesiástica (os primeiros quatro séculos da Igreja Cristã) Elizabeth Clare Prophet e Erin L. Prophet: Reencarnação - o elo perdido do Cristianismo

Conceitos Direcionadores Jesus foi um mestre camponês judeu do mediterrâneo que centrou sua mensagem no Reino de Deus e no Caminho para chegar “lá”. (John Dominic Crossan) Jesus pregou a idéia igualitária - “o Cristianismo preconizou a igualdade e as leis igualitárias”. (Erasto, espírito)

Dados Históricos Imperador Augusto: governou de 31 a.C. a 14 d.C. Imperador Tibério (filho de Augusto): governou de 14 a 37 d.C. Jesus viveu de 4 a.C a 30 d.C. Jerusalém cai sob o domínio de Roma em 63 a.C. Herodes, o Grande (um idumeu cuja família há pouco tempo tinha se convertido ao Judaísmo): foi rei dos judeus de 37 a 4 a.C. Após morte de Herodes, o reino foi dividido: Herodes Antipas - Galiléia e Peréia (Cisjordania); Felipe - nordeste do rio Jordão; Arquelau - Judéia e Samaria (após 6 d.C.: ficou sob o governo do Templo de Jerusalém)

A Realidade do Império Romano Formado por Sociedades Agrárias Pré-Industriais População urbana: 10 % (da qual <2% constituía elite ou classe dominante) População camponesa: 90% - agricultores, pastores e artesãos; viviam nas fazendas, povoados, aldeias e pequenas cidades. Das crianças que sobreviviam ao parto: 33% falecia antes dos 6 anos; 60%, antes dos 16 anos; 75% antes dos 26 anos; 90% antes dos 46 anos; talvez 3% atingisse 60 anos.

Organização do Império Romano Cultura Greco-Romana ou Helênica (a maioria dos originais dos Evangelhos conhecidos estão escritos em grego). Cultura da Honra e Vergonha Mecanismos de Estratificação Social: 1) Burocracia - insistência nos direitos do cidadão; 2) Classes Sociais - luta de classes; 3) a Honra - o apadrinhamento.

Constantes Sociais da Bacia do Mediterrâneo Tendência à urbanização com desprezo pelo modo de vida camponês e trabalhos manuais. Instabilidade política com Estados locais fracos. Vida comunitária “atomizada” - unidades mínimas de parentesco (mãe, pai, filhos e poucos agregados). Rígida segregação sexual. Rivalidade entre povoados. Código de honra a definir a reputação pessoal. Prática institucionalizada dos apelidos hostis.

Impacto do Império Romano sobre a vida dos judeus Helenização da Cultura Judaica: mais tolerada na Galiléia; motivo de forte oposição na Judéia. Comercialização da agricultura: agricultura de subsistência foi substituída pela produção agrícola destinada à venda e à exportação. Concentração da riqueza: antigos camponeses donos de terras tornam-se arrendatários ou meeiros, trabalhadores urbanos da construção civil ou mendigos.

Geografia da Galiléia (Baixa Galiléia) Grande número de centros urbanos e aldeias em uma área de 24 x 40 km. Uma das regiões mais densamente povoadas do Império Romano (“nunca se está a mais que 1 dia de viagem de qualquer lugar”) grande cidade: Beisã/Citópolis cidades menores: Séforis e Tiberíades vilas: Cafarnaum e Mágdala/Tariquéia aldeias: p. ex.: Nazaré - 2.000 habitantes; a 4-6 km de Séforis e 160 km de Jerusalém Não há relato de Jesus ter visitado nenhuma cidade, exceto Jerusalém

Jerusalém e o Templo Ano 1000 a.C.: o rei Davi torna Jerusalém a capital da antiga Israel. Ano 900 a.C.: rei Salomão constrói o Templo que será, posteriormente, destruído pelos babilônicos. Jerusalém no sec. I: 40.000 habitantes; mais que 200.000 peregrinos durante festas como a Páscoa. Herodes, o Grande, construiu: a) múltiplos templos a César Augusto, b) fortalezas e palácios (em Massada, Heródio, Jericó e Macareu); c) “embelezou” Jerusalém; construiu luxuoso palácio para sede de governo e reformou o acanhado templo.

Jerusalém e o Templo Fontes de Rendimento de Herodes, o Grande: a) posse direta de propriedades agrícolas; b) impostos; c) extorsão das famílias ricas beneficiadas com o apadrinhamento O Templo de Jerusalém: um dos complexos mais magníficos do Império Romano com uma plataforma de 470 x 300 m (~16 hectares). O Templo e Jerusalém são destruídos pelo Império Romano no ano 70 d.C., após uma rebelião dos “zelotes” que durou de 66 a 70 d.C.

O Templo de Jerusalém no tempo de Jesus Mediava a presença de Deus e o seu perdão - era o único local de sacrifício (o caminho para o perdão) - após destruição do templo, desaparece o sacrifício; as escrituras e as sinagogas tornam-se as principais instituições judaicas. Após 6 d.C.:principal instituição política e econômica do país. O sumo sacerdote, até então cargo vitalício, passa a ser cargo de confiança de Herodes e, após ele, do governador romano da Judéia (houveram 18 sumos sacerdotes entre 6 e 66 d.C.). Coletava e pagava o tributo anual a Roma. Coletava o imposto local (“dízimo”) - que chegava a 20% da produção agrícola.

Os Principais Evangelhos Fontes: narrativas de milagres, da vida de Jesus e dos pronunciamentos. O Livro de Q (Quelle = Fonte em alemão): 1) 50 d.C. (citado por Emmanuel em Paulo e Estevão e reconstruído pelos especialistas a partir dos pontos comuns entre os evangelhos mais antigos conhecidos) ; 2) Local de produção: Galiléia 3) Jesus é apresentado como mestre. OBS: as epístolas de Paulo foram escritas entre 60 e 90 d.C.

Os Principais Evangelhos O Evangelho segundo Marcos: a) 70 a 80 d.C.; b) Local: sul da Síria; c) Jesus é um mestre judeu camponês contra o “sistema de dominação” vigente na Judéia: 1- opressão política (realizada pelas elites ricas e a aristocracia); 2- exploração econômica; 3- legitimação religiosa das desigualdades; c) Jesus é o messias judeu da “não violência”.

Os Principais Evangelhos O Evangelho segundo Tomé: a) 70 a 90 d.C.; b) Local: norte da Síria; c) Jesus é um mestre para a vida mundana e para a vida espiritual (mestre esotérico), contendo seus ensinamentos “secretos” - não revelados à massa durante sua peregrinação. d) estudiosos consideram o mais próximo ao Livro de Q entre os evangelhos conhecidos, com 35% de sentenças paralelas ou similares.

Os Principais Evangelhos O Evangelho segundo Mateus: a) 90 d.C.; b) Local: norte da Palestina; c) Jesus é o messias judeu da não violência; d) utiliza Marcos como fonte principal O Evangelho segundo João: a) 100 d.C.; b) Local: norte da Síria; c) Jesus é o messias da ressurreição; é o Jesus espiritual (redivivo) quem fala de sua vida encarnada e de sua união com o Pai.

Os Principais Evangelhos O Evangelho segundo Lucas: a) 120 d.C.; b) Local: Grécia/Asia Menor; c) Jesus é o fundador do Cristianismo - o judeu que dirigiu a mensagem de Deus para os gentios. d) utiliza Marcos como fonte principal. e) é o que possui a versão “mais social” do Sermão da Montanha.

Os Principais Evangelhos O Evangelho da Verdade: a) 120 a 180 d.C.; b) evangelho da escola gnóstica de Valentiniano; c) Jesus é identificado com o espírito da verdade; um mestre eterno. O Evangelho segundo Felipe: a) 120 a 180 d.C.; b) evangelho da escola gnóstica Valentiniana; c) constituí uma compilação de pronunciamentos de Jesus e sobre os rituais de iniciação do Cristianismo primitivo

Os Principais Evangelhos O Evangelho segundo Maria Mágdala: a) 150 d.C.; b) Jesus redivivo (em espírito) ensina Maria sobre a atemporalidade do mundo espiritual. O Evangelho de Judas: a) 120 a 180 d.C.; b) grupo gnóstico de localização incerta; c) Jesus é um mestre que planeja sua morte na cruz; não culpa Judas, mas o tem como um parceiro nesta ação necessária pela luta entre o “Deus da Eternidade” e o “Deus da Ignorância”.

Outros Evangelhos O Evangelho segundo Pedro O Evangelho segundo os Nazarenos O Evangelho segundo os Hebreus O Evangelho segundo os Ebionitas O Evangelho segundo os Egípcios

A Literatura dos Evangelhos Três níveis sucessivos de construção: RETENÇÃO de materiais originais de Jesus. DESENVOLVIMENTO destes materiais. CRIAÇÃO de materiais inteiramente novos (muitas vezes, como reflexões ou interpretações em torno das narrativas originais)

Técnicas Literárias dos Evangelhos Marcos: um exemplo 16 capítulos: 40% passam em Jerusalém (Mateus: 33%; Lucas: 20%). Jesus não fala sobre si próprio. Identificação de Jesus com o Messias é feita, normalmente, pelos espíritos. Detalha a última semana de Jesus com períodos do dia (6h.: “logo ao amanhecer”; 9 h.: “a hora terceira”; 12 h.: “à hora sexta”; 15 h.: “à hora nona”; 18 h.: “chegada a tarde”) Utiliza a Técnica da Moldura: intercala 2 narrativas, induzindo interpretações particulares a cada uma.

Jesus: o mestre revolucionário Aborrecer pai e mãe; Abandonar pai, mãe e filhos Deixai os mortos enterrar os seus mortos Não vim trazer a paz, mas a espada (ESE: cap. XXII) “Se alguém quiser vir comigo, tem que negar a si mesmo, pegar sua cruz e me seguir. Pois todo aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que perder a sua vida por minha causa e por causa das Boas Novas, irá salvá-la”. (Marcos: 8.34-35) Cruz (no Cristianismo Primitivo) = arriscar-se à pena decretada pelo Império e símbolo da morte para a antiga vida e ressurreição para a vida nova.

Jesus: o mestre da mensagem igualitária “Muitos dos que agora são os primeiros, serão os últimos e muitos dos que agora são os útlimos serão os primeiros”. “Se alguém quiser ser o primeiro, deve ser o último e servir a todos.” “Vá, venda tudo o que tem e distribua o dinheiro entre os pobres, pois assim terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me.” “Sabeis que, entre os gentios, os que eles reconhecem como seus governantes os dominam, e os seus grandes usam de tirania sobre eles. Mas, entre vós, não será assim; quem quiser se tornar grande deverá ser vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós deve ser escravo de todos. (Marcos: 9 e 10)

Jesus: um mestre acima do Cinismo Cinismo: fundada por Diógenes de Sínope (400 a 320 a.C.) Filósofos cínicos tornam-se populares no sec.I em todo o Império Romano. Cínicos buscavam a felicidade através da liberdade (sem desejos, medo, raiva, pesar, controle religioso, autoridade de funcionários, preocupação com opinião pública, cuidados de propriedade, preocupação em sustentar família) Perambulavam entre as cidades com um manto sujo, esfarrapado, com o ombro esquerdo descoberto, um cajado e seu alforje.

Jesus: um mestre acima do Cinismo A estratégia de Jesus: 1- Combinação de curas gratuitas e refeições comunitárias; 2- Igualitarismo religioso (“sede perfeitos como vosso Pai”, podemos, em uma oração em casa, pedir a Deus e sermos perdoados diretamente); 3- Igualitarismo social (todos são seus discípulos: homens, mulheres, crianças, adolescentes, camponeses, ricos e poderosos, judeus e “estrangeiros”) 4- Contra a estrutura patronal e “comercial” da Instituição Religiosa Judaica (vendilhões expulsos do Templo; Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus )

Jesus: um mestre acima do Cinismo “Não levem nada para a viagem; nem cajado para se apoiarem, nem alforje, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo roupas extras. Fiquem na casa onde vocês forem recebidos, até saírem daquela cidade. Se não forem bem recebidos quando chegarem a uma cidade, sacudam o pó de seus pés ao saírem de lá, como uma advertência para aquela gente. Assim os discípulos partiram e passaram por todas as vilas, proclamando as Boas Novas e curando pessoas por toda parte.” (Lucas: 9.1-6)

Jesus: o magnetizador Uma mulher que havia 12 anos sofria de uma hemorragia ... tocou as vestes de Jesus... No mesmo momento, a fonte do sangue ... se secou... E logo Jesus, conhecendo a virtude que havia saído dele... E tomando o cego pelas mão, levou-o para fora da aldeia; colocou-lhe saliva sobre os olhos, e, havendo-lhe imposto as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. O homem, olhando, lhe disse: Vejo andarem homens que me parecem árvores - Jesus ainda lhe colocou as mãos sobre os olhos e começou a ver melhor; e, enfim, ficou curado de tal forma, que via distintamente todas as coisas. Jesus é também: clarividente; médium de efeitos físicos e pratica levitação. (Mateus: 17; A Gênese: cap. XV)

Jesus: o mestre da vida futura Há muitas moradas na casa de meu Pai Bem-aventurados os aflitos Bem-aventurados os pobres (de espírito) Bem-aventurados os puros de coração Bem-aventurados os mansos e pacíficos Bem-aventurados os misericordiosos (ESE:cap. II a X)

Jesus: o mestre radical da não violência Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu entendimento, este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é : Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Mateus: 22: 34-40) Pois dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Marcos: 7.13-17; ESE: cap. XI) Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odiais, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai... (Mateus: 5.43-47)

Jesus: o mestre da candura Jesus olhou para ele e, sentindo um grande amor por ele (o jovem rico), disse-lhe (...) (Marcos: 10.21) “Que desperdício! Por que ela fez isso? Esse perfume poderia ter sido vendido por mais de 300 moedas de prata e o dinheiro distribuído entre os pobres! “(diziam as pessoas umas às outras). Mas Jesus lhes disse: “Deixem-na em paz! ...Ela me vez uma coisa boa! Os pobres estarão sempre com vocês e poderão ajudá-los quando quiserem. Eu, no entanto, não estarei sempre com vocês. Ela fez o que pôde. (Marco: 14.3-8) Quando Jesus viu que Maria estava chorando e que os judeus que tinham vindo atrás dela também choravam, sentiu grande tristeza no coração e ficou muito perturbado. Então, Jesus perguntou: “Onde foi que vocês o (Lázaro) enterraram? Eles responderam: “Senhor, venha e verá”. E Jesus chorou. (João: 11.17-37)

Jesus: o mestre da serenidade “Não andeis inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã a si mesmo trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição.” (Mateus: 6.25-34) “Sejam Transeuntes.” (Tomé: 42) “Não se preocupem com o que vão comer ou beber, nem se aflijam por causa disso. As pessoas do mundo é que estão sempre procurando essas coisas. Mas o Pai de vocês sabe que precisam delas. Mas, antes de tudo, ponham em primeiro lugar em suas vidas o reino de Deus e Ele lhes dará aquelas outras coisas... Não tenham medo... pois o seu Pai tem prazer em lhe dar o reino.” (Lucas: 12.22-32)

Jesus: o homem uno com Deus O Pai me enviou. O Pai vive e eu vivo por causa d’Ele. (João: 6.57) “As coisas que ensino não vêm de mim. O que eu ensino vem daquele que me enviou.” (João: 7.16) Eu procuro agradar a Deus e não preciso da glória que vem dos homens. (João: 5.41) Meu Pai nunca pára de trabalhar e eu também trabalho. (João: 5.17) A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou. A minha comida é acabar o trabalho que ele me deu para fazer. (João: 4.34)

Jesus: o mestre da resignação “Pai, querido Pai! Todas as coisas são possíveis para o senhor. Eu lhe imploro que afaste de mim esse cálice, mas que seja feita a sua vontade e não a minha”. (Marcos: 14.36) “Venho dizer-lhes que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor estava presente no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar as suas lágrimas” (Espírito da Verdade, ESE: cap. VI)