Quando olho no espelho e vejo de repente uma imagem que julgo não ser eu, o invólucro aparece decadente, quando o interior sequer envelheceu.
É estranho, muito estranho, já que a mente permanece intocável no apogeu.
E o reflexo que vejo em minha frente custa-me acreditar que seja meu.
Olho mais uma vez! Não foi engano. A vida transformou-me ano após ano, sem sequer avisar-me previamente.
Mas sinto-me feliz ao constatar que em meu peito não pára de pulsar o mesmo coração de adolescente.
Um Abraço Imagem: Recebida por Texto: Eva Barbosa dos Santos Tapes – RS (Publicado no Jornal Zero Hora em Setembro/2002) Música: Chaconne