Profa. Ms. Luciana Pietro

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Transcrição da apresentação:

Profa. Ms. Luciana Pietro Formação Reticular Profa. Ms. Luciana Pietro

Agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos diferentes É conjunto de estruturas intermediárias situadas entre a substância branca e a cinzenta do tronco encefálico É uma região muito antiga do SNC Preenche os ‘espaços vazios’ entre os tractos ascendentes e descendentes que passam pelo tronco encefálico Se estendendo dos níveis mais altos da medula ao diencéfalo

Formação Reticular

Formação Reticular constituído pela: Coluna Mediana Coluna Medial - Coluna Lateral

Núcleos da Formação Reticular São divididos em pontinos e bulbares, que funcionam de maneira antagônica entre si: PONTINOS: excitam os músculos antigravitários. BULBARES: inibem os músculos antigravitários. Localização: PONTINOS: ligeiramente posteriores a laterais na ponte, estendendo-se até o mesencéfalo. BULBARES: em toda a extensão do bulbo, situando-se ventral e medialmente próximos à linha média.

Principais Núcleos Podem-se delimitar grupos relativamente definidos de neurônios (núcleos da formação reticular): Núcleos da Rafe O núcleo magno da rafe é o mais importante Apresenta núcleos serotoninérgicos Locus Ceruleus Localização: assoalho do 4º ventrículo Apresenta neurônios noradrenérgicos Está envolvido com atenção, alerta e indução do sono REM Área Tegmental Ventral Localizada na região medial do mesencéfalo e ponte Possui neurônios dopaminérgicos Envolvida com resposta emocionais e o reforço comportamental Substância Cinzenta Periaquedutal Situada ao redor do aqueduto cerebral É rica em neurônios opioidérgicos (encefalias e endorfinas) Regula a sensação de dor e os comportamentos defensivos

Fig. Vias serotoninérgicas centrais Fig. Vias serotoninérgicas centrais. Todos os neurônios serotoninérgicos localizam-se na formação reticular, nos núcleos da rafe, que se estendem na linha média, do bulbo ao mesencéfalo. Envolvidos no mecanismo do sono. Sua lesão ou inibição da síntese de serotonina causa insônia permanente.

Fig. Vias dopaminérgicas centrais Fig. Vias dopaminérgicas centrais. Todos os neurônios noradrenérgicos do SNC estão localizados na formação reticular do bulbo e da ponte, distribuindo-se em vários grupos. Admite-se que a via mesolímbica seja importante na regulação do comportamento emocional  Esquizofrenia (relacionada com alterações na transmissão dopaminérgica)

Conexões da Formação Reticular Cérebro – se projeta e recebe aferências de: Todo o córtex cerebral Hipotálamo Sistema límbico Cerebelo – conexões bidirecionais Medula Fibras rafe-espinhais Fibras retículo-espinhais Fibras espino-reticulares Núcleos dos nervos cranianos

Funções da Formação Reticular Controle da atividade elétrico-cortical – sono e vigília Controle eferente da sensibilidade Inibe ou modula a entrada de dor Atenção seletiva voluntária ou voluntária; ex.: prestar ao filme e não ao ventilador Controle da motricidade automática Controle do sistema nervoso autônomo Recebe influência do hipotálamo e sistema límbico Controle neuroendócrino Estimula a liberação de ACTH e ADH (H. anti-diurético) Comportamentos instintivos e motivados: comer, beber, sexo, etc. Integração de reflexos. Centro respiratório e vasomotor Controle da ventilação, pressão arterial e freqüência cardíaca

Controle da atividade elétrica-cortical – sono e vigília – SARA

Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA) Estímulos sensoriais (dor, luz, ruído), dificultam o sono; Redução nos estímulos sensoriais facilita o sono O córtex cerebral, através das vias córtico-reticulares, é capaz de manter a ativação da formação reticular Se manter acordado E o sono, como ocorre? Os núcleos da Rafe inibem o SARA e induzem o sono Animais seccionados por meio da ponte não dormem nunca Acredita-se que por não perceberem os estímulos provenientes dos núcleos da Rafe Coma: pode ser induzido por prejuízo ao SARA ou comprometimento do córtex cerebral propriamente dito

Controle eferente da sensibilidade O SN é capaz de selecionar informações sensoriais que lhe chegam, eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras; Ex. quando prestamos atenção em um filme, deixamos de perceber as sensações táteis da cadeira do cinema; Do mesmo modo, podemos ignorar um ruído ambiental, especialmente quando ele é contínuo, como o barulho de um ventilador, quando estamos interessados na leitura de um livro.  Existe um mecanismo ativo, envolvendo fibras eferentes capazes de modular a passagem de impulsos nervosos nas vias aferentes específicas.

Controle da motricidade automática A formação reticular exerce ação controladora sobre a motricidade somática A influência da formação reticular sobre os neurônios motores medulares se faz através do tracto retículo-epinhal Tracto retículo-espinhal  origina em áreas de formação reticular do bulbo e da ponte Estão relacionadas com o controle da motricidade axial e com a regulação automática do equilíbrio (cerebelo)

Integração dos Reflexos Centro respiratório É ativado por sinais das concentrações sanguíneas de CO2 Influências do hipotálamos

Centro Vasomotor Localizado no bulbo, coordena mecanismos que regulam o calibre dos vascular Informações sobre a pressão arterial chegam ao centro vasomotor através do nervo glossofaríngeo Coordena resposta simpáticas (vasoconstrição) e parassimpáticas (vasodilatação)

Mecanismo do Sono Uma das descobertas mais importantes é que a atividade elétrica do córtex cerebral, de que dependem os níveis de consciência, é regulada basicamente pela formação reticular do tronco encefálico Tipos de sono: Sono de ondas lentas (não-REM): maior parte do sono, profundo, repousante  sua deficiência desencadeia muitos distúrbios psíquicos. Sono REM (movimentos rápidos dos olhos): ocupa 25% do tempo de sono em adultos ocorrendo cerca de 3 a 4 vezes durante a noite, a intervalos de 80 a 120 minutos; associado a sonhos.

Teorias básicas do sono: Teoria Passiva (Inicial): áreas excitatórias da parte superior do tronco cerebral (sistema reticular ativador) fatigam-se durante a vigília ao longo do dia, ficando inativas. Teoria Atual: o sono é causado por processo inibitório ativo, pois parece haver algum centro abaixo do nível mediopontino do tronco necessário para causar sono, inibindo outras partes do cérebro. Área estimulada mais notável que produz sono quase natural: núcleos da rafe; metade inferior da ponte; bulbo

Espinal medula (fibras descendentes) Núcleos da Rafe: Lâmina delgada de neurônios especiais localizados ao longo da linha média de todo o tronco cerebral. Conexões: Tálamo, hipotálamo e áreas do sistema límbico (fibras ascendentes) Espinal medula (fibras descendentes)

Serotonina: Norepinefrina: Secretada por muitas das terminações das fibras dos neurônios da rafe. É considerada uma substância transmissora importante associada à produção de sono: o bloqueio de sua formação induz um estado de vigília durante vários dias. Norepinefrina: Secretada por muitas terminações das fibras do locus ceruleus É considerada uma substância transmissora importante associada ao estado de vigília intensa e aumento geral da excitabilidade

Lesões em diferentes níveis do tronco cerebral: Transição bulbo-medula: ritmo diário normal de sono e vigília. Ponte (núcleos da rafe): vigília intensa. Depois de o cérebro estar ativado por muitas horas: os neurônios do sistema ativador ficam fatigados – ciclo de feedback + entre os núcleos reticulares e o córtex desfaz-se, predominando os efeitos promotores dos centros do sono. Ocorre rápida transição do estado de vigília para o estado de sono.

Durante o sono: os neurônios excitatórios do sistema reticular ativador ficam cada vez mais excitáveis (repouso prolongado) e os neurônios inibitórios dos centros do sono tornam-se menos excitáveis (hiperatividade), o que leva a um novo ciclo de vigília.