Instituto de Ciências Biológicas UFMG

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Transcrição da apresentação:

Instituto de Ciências Biológicas UFMG Impactos humanos no Parque Estadual do Rio Doce Ecologia Energética 2004/02 Daniel Teixeira Souza Instituto de Ciências Biológicas UFMG

O Parque Estadual do Rio Doce possui uma área de 35976 O Parque Estadual do Rio Doce possui uma área de 35976.43 há com um perímetro de 120 km. Está situado entre os medidianos 42 38’W e 48 28’W e entre os paralelos 19 45’S e 19 30’S, sendo que 14,1% de sua área pertence ao município de Timóteo, 2,6% ao de Dionísio, e 83,3% ao de Marliéria. Foi criado em 14/07/1944 através do decreto 1.119 Está situado em um bioma de mata atlântica, e o ecossistema dominante é a floresta estacional simidecidual.

Zonas de amortecimento no PERD O entorno de uma Uc, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, para minimizar os impactos negativos sobre a unidade O órgão responsável, no caso IEF, regulamenta a ocupação do solo e o uso dos recursos naturais na zona de amortecimento A zona de amortecimento do PERD foi delimitada com base nas bacias hidrográficas e na localização das áreas urbanas

Algumas comunidades localizadas na zona de amortecimento As principais atividades econômicas no entorno do parque são a siderurgia, o reflorestamento, celulose, carvoejamento, habitação, pecuária, agricultura e a prestação de serviços Os nove municípios têm uma população de 493.000 habitantes com um grau de urbanização de 93% Na zona de amortecimento 82% das áreas são intensamente exploradas Pecuária – erosão do solo, substituição de áreas de reflorestamento Florestas secundárias apenas 12%, mínimo exigido por lei 20% Mais de 50% está ocupada por áreas de reflorestamento – Eucalyptus sp.

Ocorrência de fogo Antes da formação do parque vários incêndios dizimaram as florestas da área, sendo que na sua formação este era uma ilha isolada de vegetação Na década de 60 iniciaram-se as atividades de reflorestamento Em 1967 ocorreu o maior incêndio da história do parque, queimando 9000 há, e matando 11 combatentes Hoje em dia as áreas críticas em relação ao fogo são a região de Limoeiro ( 1500 pessoas ) e Macuco ( 500 pessoas) em Timóteo; Celeste ( 100 pessoas ), em Marliéria; Baixa Verde ( 3000 pessoas ), em Dionísio; Revés do Belém ( 1500 pessoas ), em Bom Jesus do Galho; Pingo d’Água ( 3000 pessoas ), em Córrego Novo

Várias empresas ajudam no combate à incêndios, como a ACESITA, a CAF(Companhia Agrícola Florestal), e USIMINAS Criação em 1994 do PIPreCI - Plano Integrado de Prevenção, Controle e Combate aos incêndios florestais Foram criados postos de observação, torres, um sistema integrado de rádio, além da criação de várias equipes de combate ao fogo, o que diminuiu a ocorrência de queimadas principalmente dentro do Parque

Incêndios_ Cecropia hololeuca SILVA-NETO,H Incêndios_ Cecropia hololeuca SILVA-NETO,H.F (1984) Monografia - Viçosa Sucessão ecológica – influência da luz na sucessão – impactos físicos e biológicos na floresta Espécies pioneiras Mapeamento dos incêndios Relação entre incêndios e a ocorrência de embaúbas

Diagnóstico de algumas comunidades Vegetação Para Silva (2001) o PERD representa o mais extenso remanescente de Floresta Atlântica em MG A cobertura vegetal se constitui de um mosaico de tipologias vegetais, 10 categorias de vegetação Floresta secundária – estágio médio de sucessão – urucum e brejaúba, além de muitos cipós e bambús Um pouco mais avançada – Joanesia principes e Neuraputia alba Na floresta inicialmente classificada como primária – mais epífitas e maior diversidade de espécies, sendo a dominância de algumas espécies menor – jequitibás, ipê-peroba, lauráceas e sapotáceas

Jequitibá, palmito-doce, samambaioçus e outros - Floresta Estacional Semi-decidual – Mata Atlântica PERD – 1129 espécies pertencentes à 134 famílias Ameaçadas de extinção à nível estadual e nacional – Bilbergia leptopoda, Brosimun glaziovii, Cattleya labiata warneri, Dalbergia nigra, Dorstenia arifolia, Euterpe edulis, Guatteria odotopetala e rilosissima, Melanoxylon brauna, Ocotea odorifera e percoreacea, Persea rufutomentosa, Psychotria ipecacauenba, Solanum warminguii

Mastofauna Fonseca (2001) Espécies vulneráveis e de interesse – 77 espécies de mamíferos – 9 ordens – 33% de todas as espécies descritas na Mata Atlântica ( 260 espécies ) 16% das espécies são endêmicas – 12 espécies figuram na lista do IBAMA de ameaçadas e 14 na lista do COPAM Ordem dos primatas – 7 das 17 espécies descritas na Mata Atlântica, sendo 4 ameaçadas Ordem dos felídeos – 5 espécies, sendo que 4 estão ameaçadas Anta e porco-do-mato também ameaçados de extinção

Importância do entorno para a mastofauna Possíveis Impactos Estrada MG 425 Caça Proximidade de aglomerados urbanos Retirada do entorno florestal

Peixes Terceira maior bacia de MG em riqueza de espécies, com 77 espécies, sendo 37 (48,1%) endêmicas Os lagos do PERD representam cerca de 1/3 da ictiofauna da Mata Atlântica, com 26 espécies Presença do lambari-cachorro e de outras espécies ameaçadas Introdução de espécies exóticas

Uso da pesca como medida de manejo

Outros impactos Visitação Poluição industrial Viveiro de mudas

Referências bibliográficas SILVA-NETO, H.F. 1994. Influência dos incêndios florestais no aparecimento de embaúbas na floresta do PERD. Monografia. UFV. GODINHO, A. L. e FORMAGIO, P.S. Efeitos da introdução de Cichla ocellaris e Pygocentrus sp. sobre a comunidade de peixes da lagoa Dom Helvécio, MG. 1992. Encontro anual de aquicultura de MG,10. P. 93-102 OLIVEIRA,I. A. Comunidade tradicional e preservação ambiental uma interpretação das representações sociais de agricultores familiares do entorno do PERD, MG. Tese de mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

TOLEDO,L. M. M. R e CALDEIRA,M. M. M TOLEDO,L.M.M.R e CALDEIRA,M.M.M. Programa de sensibilização e coonscientização – diagnóstico preliminar das comunidades adjacentes ao PERD. 1991 IEF,MG Perfil socioeconômico das comunidades do entorno do PERD. IEF, Belo Horizonte, janeiro de 1997 LATINI, ANDERSON OLIVEIRA; PETRESE JUNIOR, MIGUEL; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. O efeito da introdução de peixes exoticos nas populações nativas de lagoas do Parque Estadual do Rio Doce, MG. 2001. 61 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais. www.ief.mg.gov.br