DIVERSIDADE AQUÁTICA NO MÉDIO RIO DOCE (MG):

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DIVERSIDADE AQUÁTICA NO MÉDIO RIO DOCE (MG): LEVANTAMENTO DA COMUNIDADE ICTIOFAUNÍSTICA MOTA, T.G.1; SANTOS, A.M.1; CAMPOS, M.O.1; MIRANDA, F.S.1; REGO, B.A.S.1; MARQUES, M.M.S.1; RESCK, R.P.1; BARBOSA, F.A.R.2; MAIA-BARBOSA, P.M.3; PINTO-COELHO, R.M.1 tiagogripp@yahoo.com.br 1 – Laboratório de Gestão Ambiental, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 2 – Laboratório de Limnologia, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 3 – Laboratório de Ecologia do Zooplâncton, Instituto de Ciências Biológicas / Biologia Geral, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) INTRODUÇÃO A bacia do médio rio Doce, situada na região do estado de Minas Gerais denominada Vale do Aço, abriga mais de 60% da biodiversidade da Mata Atlântica, incluindo uma percentagem ainda maior das espécies endêmicas a esse bioma. O vale do Rio Doce alberga um sistema lacustre com cerca de 130 lagos nos mais variados estágios de evolução. A comunidade ictiofaunística desses lagos é representada por 29 espécies, sendo 5 exóticas à bacia. O clima da região é tropical quente semi-úmido, com estação chuvosa no verão e seca, no inverno. OBJETIVOS Através do levantamento de trabalhos já realizados e de coletas de material biológico, o projeto tem como objetivo: ( i ) reunir o maior número de dados possíveis, para expressar quais são as espécies de peixes que formam a ictiofauna local. ( ii ) Entender o papel da introdução de espécies exóticas de peixes na modificação da comunidade ictiofaunística. METODOLOGIA As coletas dos peixes foram feitas em março e abril de 2005 (período chuvoso), nas lagoas Jacaré, Palmeirinha, Águas Claras, Carioca, Malba, Amarela, Gambazinho e Dom Helvécio. Foram usadas redes de emalhar com 10 m de comprimento e 1,5 m de altura, com malhas variando de 3 a 12 cm entre nós opostos, armadas perpendicularmente à margem das lagoas (Fig. 1 e 2). As redes foram armadas as 18:00 horas de cada dia e retiradas as 8:00 horas do dia seguinte, ficando expostas por 14 hrs. Os dados de trabalhos anteriores foram obtidos, através de consultas a dissertações, teses, artigos, entre outros, referentes à comunidade da ictiofauna da bacia do médio rio Doce. Gráfico 1 – Riqueza de espécies em lagoas da bacia do médio rio Doce. Foram coletados 15 espécies, sendo 11 nativas às lagoas do médio rio Doce e 4 exóticas. A ordem mais representativa foi Characiformes (7 espécies), seguindo o padrão apresentado em ambientes tropicais. As lagoas com espécies exóticas de peixes (Dom Helvécio, Jacaré, Carioca, Amarela, Águas Claras e Palmeirinha), apresentaram riqueza de espécies nativas iguais ou inferiores às sem exóticas (Gambazinho e Malba). RESULTADOS E DISCUSSÃO Espécies Nativas   Cyphocarax gilbert Hoplias Malabaricus Tabela 2 – Riqueza de espécies de peixes em 4 lagoas da bacia do médio rio Doce (levantamentos realizados em 5 períodos distintos). 1 – Sunaga e Verani (1991). 2 – Godinho et all (1994). 3 – Presente estudo. * A espécie Cyphocarx gilbert foi classificada pelos trabalhos de Sunaga e Verani (1991) e Godinho (1994), como Steindachnerina elegans. Tabela 1 – Lista das espécies de peixes coletadas em lagoas da bacia do médio rio Doce / 2005. Oligosarcus solitarius Segundo trabalhos realizados no complexo lacustre do médio rio Doce (Godinho,1994; Latini, 2004), a riqueza e diversidade da comunidade ictiofaunística vem diminuindo, devido, principalmente, a introdução das espécies exóticas (Cichla cf. monoculus e Pygocentrus nattereri). Astyanax bimaculatus Parauchenipterus striatulus Pachypops adspersus Hoplerythrinus unitaeniatus REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Espécies exóticas Godinho, A.L.; Fonseca, M.T.; & Araújo, M.L. (1994) The ecology of predator fish introductions: the case of rio Doce valley lakes. In: R.M. Pinto-Coelho; A.,Giani & E., von Sperling (eds.); Ecology and human impact on lakes and reservoirs in Minas Gerais with special reference to future development and management strategies; SEGRAC, BH-MG.77-83 p. Latini, A.O. & Petrere. M.Jr. (2004) Reduction of native fish fauna by alien species: an example from Brazilian freshwater tropical lakes. Fisheries Management and Ecology 11, 71-79. Sunaga, T. & Verani, J.R. (1991) The fish communities of the lakes in Rio Doce Valley, Northeast Brazil. Verhandlungen der Internationalen Vereinigung für Theoretiche und Angewandte Limnologie 24, 2563-2566. Astronotus ocellatus Hoplosternum litoralle Pygocentrus nattereri Cichla cf. monoculus