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Transcrição da apresentação:

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África e Ásia: A Conquista da Independência Na passagem do século XIX ao século XX, grande parte dos continentes africano e asiático havia sido colonizada por potências europeias. Esse fenômeno – denominado neocolonialismo – fez com que culturas diferentes se unissem e os países colonizados tivessem de incorporar características de seus colonizadores, como a língua. Diversos setores da sociedade africana e asiática resistiram ao processo de colonização e lutaram pela libertação de seus países. Entretanto, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que esses movimentos por emancipação e independência ganharam força.

O Pós-Guerra Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a luta pela independência de países da Ásia e da África ganhou dois importantes aliados: Estados Unidos e União Soviética. As duas nações, apesar de antagônicas na Guerra Fria, defendiam o princípio de autodeterminação dos povos, ou seja, o princípio de que todos os povos têm direito à soberania, de se autogovernarem segundo suas próprias leis e escolas. A partir de então, em todo o mundo surgiram manifestações em defesa da conquista do direito de autodeterminação dos povos africanos e asiáticos. Argelinos em manifestação pela independência da Argélia, 1954.

A Independência da África Pan-africanismo Movimento iniciado no século XIX por africanos e descendentes de africanos que moravam nos Estados Unidos, Caribe e Europa. Defendia uma identidade única para todos os afrodescendentes. No início do século XX, membros desse movimento começaram a criar entidades em prol da independência da África e organizar congressos e conferências para divulgar suas ideias.

A Independência da África Até o final da Segunda Guerra Mundial, os eventos de pan-africanistas aconteciam fora do território africano, pois as potências colonizadoras não permitiam a realização em seus domínios. A partir de 1945, a população passou a enfrentar os governos coloniais e os eventos começaram a ser promovidos em territórios africanos. Seção de abertura da Conferência de Leopoldville (atual Kinshasa), capital da República Democrática do Congo, com os líderes do Movimento de Libertação Pan-Africano, 1962.

Os Movimentos na África Na década de 1950, teve início a luta por independência no Quênia (colônia inglesa) e revoltas armadas na Tunísia, Marrocos e Argélia (colônias francesas). Tunísia e Marrocos conquistaram a independência em 1956; a Argélia a conquistou em 1962 e o Quênia em 1963. Nas colônias portuguesas, a emancipação política somente foi possível por meio da luta armada. Na maioria das colônias (Cabo Verde, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau), houve movimentos guerrilheiros. Nesses casos, a luta armada se fazia necessária porque, desde 1926, Portugal vivia sob uma ditadura, que reprimia qualquer oposição. Somente em 1974, com o fim da ditadura em Portugal, é que a independência das colônias portuguesas foi reconhecida.

A Via Pacífica A atuação dos Estados Unidos e da União Soviética na luta pela conquista da autodeterminação dos povos pressionou diversas nações colonialistas. Para diminuir as revoltas e, ao mesmo tempo, agradar as duas grandes potências, algumas nações propuseram acordos para negociar o processo de independência com líderes da região. As nações colonialistas desejavam preservar seus interesses econômicos, como manter empresas europeias em ex-colônias, garantir acesso às riquezas minerais locais, etc. A Inglaterra convidou os novos países a fazer parte da Comunidade Britânica das Nações – o Reino Unido. A França também optou por acordos para administrar pacificamente a independência da maioria de suas colônias.

A Independência da África

Os Problemas Após a Independência Com a descolonização, diversas nações africanas passaram por dificuldades por causa do longo período de dominação e exploração pelas potências europeias. O caso do Congo é o que melhor ilustra essa situação. Durante setenta anos, os belgas dominaram o Congo sem investir em nada que pudesse melhorar a vida da população congolesa. Ao saírem do poder, o principal líder da independência foi eleito primeiro-ministro. Entretanto, tão logo veio a república, antigas rivalidades existentes entre diferentes grupos étnicos da região também se mostraram. O país mergulhou em uma guerra civil, com disputas de poder, assassinatos, separação de regiões, intervenções da ONU, etc. Com intenção de resolver a situação, em 1965 houve um golpe de Estado e foi implantada a ditadura militar no país.

Os Governos Militares A partir de 1965, a ditadura militar foi uma realidade em diversos países africanos, como Congo, Nigéria, Argélia, Gana e Uganda. Algumas ditaduras militares foram resultado da luta de poder entre grupos do próprio governo. Outras, no entanto, foram auxiliadas pelos Estados Unidos e pela União Soviética, que tinham interesse em evitar as zonas de influência do regime adversário e em garantir para si próprios a exploração de riquezas dos territórios africanos, como diamantes e petróleo.

A África do Sul A África do Sul tornou-se independente em 1931. Ainda que no período 75% da população do país fosse negra, eram os brancos quem detinham o poder político-econômico na região. Os brancos impunham à população negra uma série de restrições, como impedimento de votar e obrigatoriedade de só andar em determinadas áreas. Em 1912, os negros organizaram o Congresso Nacional Africano (CNA), um partido político que reivindicava a igualdade racial. Em 1948, no entanto, foi instaurada a política do apartheid (separação).

O Apartheid A política do apartheid instituía uma série de restrições, como: impedia os negros de utilizar os mesmos hospitais e ônibus que os brancos; proibia os negros de morar nas mesmas áreas residenciais ou frequentar as mesmas escolas que os brancos; extinguia o direito de voto dos negros e os impedia de participar do governo. Crianças brincando em parque público na África do Sul em 1956. Na placa lê-se “apenas para crianças européias”.

O Apartheid A opressão contra os negros sul-africanos provocou manifestações e protestos tanto no país quanto em outras nações. Em 1960, o CNA foi declarado ilegal e seu líder, Nelson Mandela, condenado à prisão perpétua. A partir da década de 1970, diversas nações passaram a isolar a África do Sul, a ONU impôs sanções econômicas e políticas, o país foi expulso da Comunidade Britânica e até os atletas eram impedidos de participar de torneios internacionais. Diante das pressões internas e externas, em 1990 Nelson Mandela foi libertado e o CNA legalizado. Em 1994, o apartheid chegou ao fim e Mandela foi eleito presidente. Campanha presidencial de Nelson Mandela nas primeiras eleições livres da África do Sul, 1994.

A Descolonização da Ásia Assim como na África, a descolonização da Ásia só ganhou força após a Segunda Guerra Mundial.

A Descolonização da Ásia (décadas de 1940 e 1950)

A Descolonização da Ásia A Indonésia proclama a independência, mas a Holanda não a aceita e ataca o país. Índia conquista a independência da Inglaterra e se divide em Índia e Paquistão. A Indochina se torna independente da França e forma três novos países: Laos, Camboja e Vietnã. 1945 1946 1947 1949 1954 A Holanda reconhece a independência da Indonésia. As Filipinas, dominadas pelos Estados Unidos, conquistam a emancipação.

O Caminho da Não Violência na Índia A Índia era colônia da Inglaterra desde o século XIX. Em 1857, no levante conhecido como Revolta dos Cipaios, setores da população indiana revoltaram-se contra a dominação inglesa, mas o movimento foi contido e os líderes executados. Em 1919, Mohandas Gandhi liderou uma greve geral de trabalhadores indianos que abalou o domínio inglês na Índia. Gandhi estimulava os indianos a resistirem à dominação inglesa por meio da desobediência civil, que na época se mostrava no boicote aos produtos ingleses e no não pagamento de impostos. A resistência pacífica de Gandhi lhe rendeu grande prestígio popular e internacional. Gandhi conseguiu unificar os indianos contra a dominação inglesa.

A Independência da Índia A independência da Índia foi conquistada em 1947, mas o governo inglês estabeleceu que o território seria dividido em dois: Índia (maioria hindu) e Paquistão (maioria muçulmana). Nos anos que se seguiram, houve outras divisões no território.

A Divisão do Subcontinente Indiano

Referência Bibliográfica Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.

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