Doenças no Homem: Vaicocele, Fimose e Orquiepididimite

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Transcrição da apresentação:

Doenças no Homem: Vaicocele, Fimose e Orquiepididimite Prof. Bruno Barbosa

Definição também chamada de varizes do escroto, é a dilatação das veias do cordão espermático, estrutura facilmente palpável na raiz do escroto. O sangue venoso corre em direção ao coração. Algumas veias possuem válvulas que impedem o sangue de correr em sentido contrário, por força da gravidade ou outros fatores. Na varicocele, as válvulas das veias do cordão espermático são incompetentes ou inadequadas, permitindo que o sangue reflua e nelas se acumule, provocando dilatação das veias correspondentes. A varicocele pode ocorrer em um ou ambos os lados do escroto, sendo que é cerca de 90% mais freqüente do lado esquerdo, por razões anatômicas. Incide em cerca de 15% da população masculina geral e em aproximadamente 40% dos homens inférteis. Ocorre principalmente dos 15 aos 30 anos de idade.

Como surge A varicocele se desenvolve lentamente e pode ser assintomática. Segundo seu grau de desenvolvimento, a varicocele classifica-se em pequena, moderada ou grande. A varicocele unilateral (de um testículo apenas), poderá afetar o testículo oposto, levando assim à infertilidade. As causas da varicocele são multifatoriais; algumas compreendidas, outras, nem tanto. O aparecimento súbito de varicocele em homens mais velhos pode dar-se por compressão venosa ligada a tumores de órgãos abdominais. Não existe prevenção adequada.

Evolução A varicocele já existente estabiliza-se ou progride. A varicocele pode determinar: 1- Presença de veias dilatadas, visíveis e palpáveis na região escrotal; 2-Dor escrotal em peso; 3-Atrofia dos testículos; 4-Diminuição da fertilidade, independente do seu grau de desenvolvimento.

Varicocele e infertilidade 1-A elevação da temperatura escrotal pela dilatação e refluxo do sangue, altera a função das células germinativas dos testículos, produtoras dos espermatozóides. 2- As alterações da circulação venosa escrotal diminuiriam a concentração de oxigênio para as células germinativas. 3- O refluxo de sangue traria consigo substâncias tóxicas resultantes do metabolismo de outros órgãos, com efeitos deletérios sobre a função testicular.

Tratamento Aqueles com dor testicular, podem ser tratados com medicamentos ou uso de suspensório escrotal. Os que tem deterioração da função testicular, verificada por alterações na qualidade do sêmen e conseqüente infertilidade, os que tem atrofia testicular e os que sofrem por dor escrotal importante, necessitam de correção cirúrgica. Dos tratamentos cirúrgicos disponíveis, o mais empregado é aquele em que uma incisão de cerca de 3 cm é realizada na região subinguinal (próxima ao púbis); as veias varicosas são identificadas, separadas e ligadas(amarradas). A anestesia é espinhal e o período de internação hospitalar é de 24h ou menos. A dilatação das veias ainda demora algumas semanas para desaparecer. O paciente poderá voltar às suas atividades habituais em cerca de 7 dias; relações sexuais em torno de 15 dias e maiores esforços físicos em cerca de 30 dias.

Complicações As complicações são as mesmas de qualquer cirurgia, além de persistência ou recorrência da varicocele(10% dos casos), hidrocele (acúmulo de líquido no escroto) em 5% dos casos e, raramente, atrofia testicular. Estas complicações poderão ser manipuladas clinicamente ou com eventuais novos procedimentos cirúrgicos. Avaliações da qualidade do sêmen através do espermograma serão realizadas aos 3, 6 e 12 meses após a cirurgia.

FIMOSE ao contrário do que muitos dizem e pensam, é estritamente a incapacidade de expor completamente a glande (cabeça do pênis). Expor a glande significa poder "descobrir" a "cabeça" do pênis, espontaneamente ou manualmente, com o pênis flácido ou ereto. A não exposição da glande dá-se por aderência desta ao prepúcio (pele que recobre a cabeça do pênis) ou por estreitamento do orifício prepucial

Histórico A origem é congênita ou adquirida e atinge tanto crianças quanto adultos. É importante lembrar que 90% dos meninos nascem com o prepúcio aderido à glande,com a finalidade de proteger tanto ela quanto o meato uretral. Aos 6 anos de idade, a maioria dos meninos já terá sua glande naturalmente descolada do prepúcio. O não tratamento da fimose pode trazer complicações locais do tipo PARAFIMOSE , que é o estrangulamento da glande pelo prepúcio de orifício estreito

Higiene e problemas A fimose não tratada também dificulta a higiene local, favorece o aparecimento de infecções e é altamente implicada na gênese do câncer do pênis. A presença da fimose não altera o desenvolvimento do pênis. Freqüentemente se confunde a fimose com o excesso de pele ou o encurtamento do freio(cabresto) do pênis. Aliás, o cabresto ou freio do pênis é uma estrutura normal, presente em todos os homens, que liga a glande ao prepúcio e tem a função de limitar os movimentos do prepúcio durante o coito

Tratamento O tratamento da fimose é na maior parte das vezes cirúrgico. No adulto, a cirurgia (postectomia ou circuncisão) é feita em consultório ou em um hospital, sob anestesia local(injeção na base do pênis) e dura cerca de 30 minutos. Repouso relativo deverá obedecer o prazo de 01 a 03 dias e em relação aos atos sexuais, esses estarão liberados após 30 dias. Os pontos são feitos de um material especial que faz com que o oreganismo espontaneamente absorva a sua parte em contato com a pele em cerca de 15 dias. A cirurgia para retirada ou alongamento do freio peniano é semelhante. Na criança, a cirurgia é realizada sob anestesia geral ou espinhal. Consiste em remover a porção prepucial aderida à glande ou estreitada

Orqui-Epididimite Orquite é um processo inflamatório ou infeccioso que atinge o testículo. A Epididimite é a inflamação ou infecção do epidídimo (o canal enrolado que fica aderido à parte de trás de cada testículo, com o formato de um capuz).

Histórico Geralmente, tanto o testículo como o epidídimo estão envolvidos pela inflamação, daí o nome de orqui-epididimite. A infecção se espalha para o epidídimo vindo dos órgãos e tubos envolvidos com as vias urinárias e sistema reprodutor. A orquite é muito menos comum que a epididimite. A orquite normalmente atinge o testículo pela circulação sangüínea. A infecção geralmente é causada por vírus. Aproximadamente 20% dos homens acima dos 14 anos de idade que tiveram caxumbas evoluem com orquite. Quando a epididimite também envolve o testículo, a condição é chamada orqui-epididimite que é uma inflamação do epidídimo e do testículo.

As infecções que normalmente causam epididimite estão relacionadas à idade, aos antecedentes clínicos e à atividade sexual: Vírus – A causa mais comum de orquite viral é a caxumba (parotidite). Antes da adolescência — As bactérias intestinais, como a Escherichia coli, são as que freqüentemente causam epididimite, quando elas migram de uma infecção na bexiga (cistite) ou de algum outro local no sistema urinário. Em homens sexualmente ativos — A causa mais comum de epididimite é uma doença sexualmente transmitida (DST), normalmente a clamídia, a gonorréia ou ambas. Embora o local inicial da infecção seja o tubo de passagem de urina e do sêmen pelo pênis (uretra), eventualmente as bactérias se espalham para trás pela área reprodutiva e atacam o epidídimo. Em adultos com uma história clínica de alto risco — Em homens com uma história de infecções urinárias ou infecções de próstata, a epididimite é normalmente causada por bactérias intestinais que se espalham do local infetado. Esta é a forma mais comum de epididimite em homens acima dos 40 anos de idade. Depois de uma cirurgia, exame ou cateterização (sondagem) — A epididimite pode desenvolver depois de uma cirurgia ou um exame diagnóstico que envolva a bexiga ou a uretra, ou depois de uma sondagem vesical (sonda urinária) para coletar urina. Outras formas (todas as faixas etárias) — Algumas vezes, a epididimite pode acontecer quando uma infecção sistêmica (no corpo inteiro) se espalha pela circulação sangüínea e migra para o epidídimo. De origem desconhecida — A epididimite não infecciosa (epididimite sem evidência clínica de infecção) é bastante comum, mas sua causa não está clara.

Sinais e sintomas Os sintomas de epididimite e de orquite podem incluir: Dor, inchaço e sensibilidade aumentada no escroto, no lado afetado (aproximadamente 90% dos casos), Dor que no princípio é muito intensa na parte de trás do testículo, mas que dentro de algumas horas se estende para o testículo inteiro, envolve o escroto e, em alguns casos, a virilha, Dificuldade para caminhar sem mancar por causa da dor, Vermelhidão e aumento da temperatura na área dolorosa, Queimação ao urinar, Inchaço no escroto, Febre, calafrios e uma sensação de ardência durante a micção (urinar), Presença de uma secreção anormal, clara, branca ou amarelada, semelhante a pus, sendo eliminada pelo orifício externo da uretra (canal da urina) que pode manchar a cueca — Isto acontece em homens portadores de DSTs.

Diagnóstico Anamnese Exame de Urina I - uma análise química da urina. Urocultura - que determina se existem bactérias na urina, indicando uma possível infecção urinária. Pesquisa de bactérias na secreção uretral que pode incluir uma cultura. Exames de sangue para verificar sinais de infecção, inclusive DSTs. afastar a possibilidade de uma torção de testículo, uma torção súbita e dolorosa do testículo que corta o suprimento de sangue para o testículo. (USG)

Prevenção Para ajudar a reduzir o risco de epididimite causada por DSTs, siga as recomendações de sexo seguro listadas abaixo: Mantenha relações sexuais com um (a) único (a) parceiro (a) não infectado (a). Use preservativos (camisinha) durante a atividade sexual, inclusive sexo oral e anal. Ou ainda, não praticando sexo

Tratamento Antibioticoterapia Descansar na cama por um ou dois dias. Elevar o escroto com a ajuda de um suspensório. Aplicar bolsas geladas na área dolorosa. Beber bastante líquidos, especialmente água. Tomar um antiinflamatório não hormonal como o Cetoprofeno (Profenid ®), o naproxeno (Naprosyn ®) e o Etoricoxib (Arcoxia ®), dentre outros, para aliviar a dor e a inflamação. Pessoas com dor severa no escroto podem precisar de um medicamento analgésico mais forte, como o Tylenol com codeína. Se isto não for efetivo, o médico pode injetar um medicamento anestésico diretamente na área dolorosa.