História da Música Popular Brasileira
Pixinguinha e os peixinhos do mar. Seu nome é Alfredo da Rocha Viana Filho, no tempo em que viveu compôs, tocou flauta e saxofone, foi um excelente maestro e arranjador. Quando criança sua avó gostava de chamá-lo de “Pizindim”, palavra que quer dizer menino bom em uma língua africana.
Certa manhã, Alfredo levou um susto quando olhou no espelho: seu rosto estava coberto de bexiguinhas. Eram sinais de uma doença chamada varíola. Da mistura de “bexiguinha” com “Pizindim” surgiu mais um apelido: Pixinguinha e foi assim que ele passou a ser conhecido.
Ele adorava: jogar bolinhas de gude, empinar papagaio (pipa), futebol com os amigos, onde sempre ouvia. -Esse moleque é um perna de pau! Toda sua família gostava de música, o pai era flautista, alguns de seus irmãos tocavam outros instrumentos, enfim aquela casa bem grande vivia cheia de convidados e muita música.
Pixinguinha ouvia as músicas que tanto gostava durante a noite e no outro dia trocava todas com sua flautinha de folha. Era um menino muito talentoso. Ganhou de seu pai uma flauta e começou a estudar música com o professor Irineu de Almeida, grande compositor. Não demorou muito para estar tocando em festas, bailes ao lado de gente grande.
Viajou bastante...Foi integrante de um conjunto de choro chamado “Oito Batutas”, com o qual viveu muitas histórias. Aliás, Pixinguinha era um cara de muitas histórias. Escute só essa...
Samba na areia... Os peixinhos do mar vêm na areia sambar Um dia eu fui pescar na praia de Itacuruçá Encontrei um caranguejo que tocava realejo Um siri todo patola dedilhava na viola Estes peixinhos do mar já não sabiam nadar Um tubarão de voz grossa vinha cantando a moda da roça
Uma baleia sapeca vinha tocando rabeca Um peixe espada grã-fino que tocava violino Também vinha um bacalhau que tocava berimbau Eu vi um camarãozinho que tocava cavaquinho Quando a noite foi chegando tudo foi se acabando Esses peixinhos do mar já não sabiam nadar
1,2,3,4 (1),2,3,4 (1),2,3,(4) 1,(2),(3),4 (1),(2),(3),(4)