A mulher na literatura http://molimpo2.sites.uol.com.br/helena.htm#

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Transcrição da apresentação:

A mulher na literatura http://molimpo2.sites.uol.com.br/helena.htm#

Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor Zé Ramalho e Otacílio Batista A mulher tem na face dois brilhantes Condutores fiéis do seu destino Quem não ama o sorriso feminino Desconhece a poesia de Cervantes. A bravura dos grandes navegantes Enfrentando a procela em seu furor Se não fosse a mulher mimosa flor A história seria mentirosa.

Mulher Nova, Bonita e Carinhosa Faz o Homem Gemer Sem Sentir Dor Numa luta de gregos e troianos Por Helena, a mulher de Menelau Conta a história de um cavalo de pau Terminava uma guerra de dez anos; Menelau, o maior dos espartanos, Venceu Páris, o grande sedutor, Humilhando a família de Heitor Em defesa da honra caprichosa

Alexandre figura desumana, Fundador da famosa Alexandria, Conquistava na Grécia e destruía Quase toda a população Tebana. A beleza atrativa de Roxana Dominava o maior conquistador E depois de vencê-la, o vencedor Entregou-se à pagã mais que formosa.

Virgulino Ferreira, o Lampião Bandoleiro das selvas nordestinas Sem temer a perigo nem ruínas Foi o rei do cangaço no sertão. Mas um dia sentiu no coração O feitiço atrativo do amor A mulata da terra do condor Dominava uma fera perigosa.

A mulher na Idade Média Na sociedade portuguesa do século XIII as mulheres, mesmo as damas da corte, não tinham um papel importante, ou mesmo um papel, na produção intelectual. A maioria delas nem sabiam ler e escrever, viviam para criação dos filhos e cuidar do marido,

escolhido por seus pais, muitas vezes por interesses econômicos, eram mulheres mudas social e intelectualmente, não tinham o direito de expressar o que sentiam ou o que achavam sobre o mundo. Tinham apenas o dever de serem obedientes esposas e fervorosas católicas.

Classicismo Luis de Camoes Transforma-se o amador na cousa amada, Transforma-se o amador na cousa amada, Por virtude do muito imaginar; Não tenho, logo, mais que desejar, Pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada, Que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, Pois consigo tal alma está ligada.

Mas esta linda e pura semideia, Que, como o acidente em seu sujeito, Assim com a alma minha se conforma, Está no pensamento como ideia; E o vivo e puro amor de que sou feito, Como a matéria simples busca a forma.

Características do barroco

ele admirava santas, rainhas, condessas, duquesas, princesas e bruxas ele admirava santas, rainhas, condessas, duquesas, princesas e bruxas. Esse último tipo de mulher se opõe, claramente, ao primeiro, durante o período da Contra-Reforma: santas = mulheres religiosas, que seguem os mandamentos divinos; bruxas = feiticeiras más, que são dominadas pelo demônio.

A mulher em Gregório Minha rica mulatinha, desvelo e cuidado meu, eu já fora todo teu, e tu foras toda minha;

Juro-te, minha vidinha, se acaso minha qués ser, que todo me hei de acender em ser teu amante fino pois por ti já perco o tino, e ando para morrer.

Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo a qualquer hora, Em tuas faces a rosada Aurora, Em teus olhos e boca, o Sol e o dia:

Enquanto com gentil descortesia, O ar, que fresco Adônis te namora, Te espalha a rica trança brilhadora, Quando vem passear-te pela fria...

Goza, goza da flor da mocidade, Que o tempo trata a toda a ligeireza, E imprime em toda a flor sua pisada. Oh não aguardes que a madura idade Te converta essa flor, essa beleza, Em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.

A mesma Maria Viegas sacode agora o poeta estravagantemente porque se espeidorrava muito Dizem que o vosso cu, Cota, Assopra sem zombaria, Que aparece artilharia, Quando vem chegando a frota: Parece, que está de aposta Este cu a peidos dar, Porque jamais sem parar

Este grão-cu de enche-mão Sem pederneira, ou murrão Está sempre a disparar. De Cota o seu arcabuz Apontado sempre está, Que entre noite, e dia dá Mais de quinhentos truz-truz: Não achareis muitos cus

Tão prontos em peidos dar, Porque jamais sem parar Faz tão grande bateria, Que de noite, nem de dia Pode tal cu descansar.

Arcadismo

Convencionalismo amoroso Ao se lerem vários poemas, de poetas árcades diferentes, tem-se a impressão de que se trata sempre de um mesmo homem, de uma mesma mulher e de um mesmo tipo de amor. Não há variações emocionais.

Quem é o autor? XLVII Que inflexível se mostra, que constante Se vê este penhasco! já ferido Do proceloso vento, e já batido Do mar, que nele quebra a cada instante!

Não vi; nem hei de ver mais semelhante Retrato dessa ingrata, a que o gemido Jamais pode fazer, que enternecido Seu peito atenda às queixas de um amante.

Tal és, ingrata Nise: a rebeldia, Que vês nesse penhasco, essa dureza Há de ceder aos golpes algum dia: Mas que diversa é tua natureza! Dos contínuos excessos da porfia, Recobras novo estímulo à fereza.

Tomas Antonio Gonzaga Minha bela Marília, tudo passa; A sorte deste mundo é mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos Deuses Sujeitos ao poder impio Fado: Apolo já fugiu do Céu brilhante, Já foi Pastor de gado.

Ah! enquanto os Destinos impiedosos Não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada, Os nossos breves dias mais ditosos. Um coração, que frouxo A grata posse de seu bem difere, A si, Marília, a si próprio rouba, E a si próprio fere.

Ornemos nossas testas com as flores Ornemos nossas testas com as flores. E façamos de feno um brando leito, Prendamo-nos, Marília, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos Amores. Sobre as nossas cabeças, Sem que o possam deter, o tempo corre; E para nós o tempo, que se passa, Também, Marília, morre.

Com os anos, Marília, o gosto falta, E se entorpece o corpo já cansado; triste o velho cordeiro está deitado, e o leve filho sempre alegre salta. A mesma formosura É dote, que só goza a mocidade: Rugam-se as faces, o cabelo alveja, Mal chega a longa idade.

Que havemos de esperar, Marília bela Que havemos de esperar, Marília bela? Que vão passando os florescentes dias? As glórias, que vêm tarde, já vêm frias; E pode enfim mudar-se a nossa estrela. Ah! Não, minha Marília, Aproveite-se o tempo, antes que faça O estrago de roubar ao corpo as forças E ao semblante a graça.

Romantismo

Gonçalves Dias Se se morre de amor! — Não, não se morre, Quando é fascinação que nos surpreende De ruidoso sarau entre os festejos; Quando luzes, calor, orquestra e flores Assomos de prazer nos raiam n'alma, Que embelezada e solta em tal ambiente No que ouve, e no que vê prazer alcança!

Amor é vida; é ter constantemente Alma, sentidos, coração — abertos, Ao grande, ao belo; é ser capaz d'extremos, D'altas virtudes, té capaz de crimes! Compr'ender o infinito, a imensidade, E a natureza e Deus; gostar dos campos, D'aves, flores, murmúrios solitários; Buscar tristeza, a soledade, o ermo,

E ter o coração em riso e festa; E à branda festa, ao riso da nossa alma Fontes de pranto intercalar sem custo Conhecer o prazer e a desventura No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto O ditoso, o misérrimo dos entes: Isso é amor, e desse amor se morre!

2ª Geração

Álvares de Azevedo MALVA-MAÇÃ De teus seios tão mimosos Dá que eu goze o talismã! Dá que ali repouse a fronte Cheia de amoroso afã! E louco nele respire A tua malva-maçã!

Dá-me essa folha cheirosa Que treme no seio teu. Dá-me a folha Dá-me essa folha cheirosa Que treme no seio teu! Dá-me a folha... hei de beijá-la Sedenta no lábio meu! Não vês que o calor do seio Tua malva emurcheceu?... A pobrezinha em teu colo Tantos amores gozou, Viveu em tanto perfume Que de enlevos expirou! Quem pudera no teu seio Morrer como ela murchou!

3ª geração

Castro Alves BOA-NOITE Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora. A lua nas janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! É tarde... é tarde... Não me apertes assim contra teu seio. Boa-noite!... E tu dizes — Boa-noite. Mas não digas assim por entre beijos... Mas não mo digas descobrindo o peito, — Mar de amor onde vagam meus desejos.

Realismo

Machado de Assis “(...) Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis (...)”

Missa do galo Comecei a dizer-lhe os nomes de alguns. Conceição ouvia-me com a cabeça reclinada no espaldar, enfiando os olhos por entre as pálpebras meio-cerradas, sem os tirar de mim. De vez em quando passava a língua pelos beiços, para umedecê-los..

Quando acabei de falar, não me disse nada; ficamos assim alguns segundos. Em seguida, vi-a endireitar a cabeça, cruzar os dedos e sobre eles pousar o queixo, tendo os cotovelos nos braços da cadeira, tudo sem desviar de mim os grandes olhos espertos

A cartomante Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado.

Vexame, sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura; mas a batalha foi curta e a vitória delirante. Adeus, escrúpulos! Não tardou que o sapato se acomodasse ao pé, e aí foram ambos, estrada fora, braços dados, pisando folgadamente por cima de ervas e pedregulhos, sem padecer nada mais que algumas saudades, quando estavam ausentes um do outro.

Naturalismo

Então ela, como se lhe houvessem aberto de repente uma caudal de gozo, cravou os dentes na face do grumete, numa fúria brutal, e segurando-o pelas nádegas, o olhar cintilante, o rosto congestionado, foi depolo na cama:      Prai, meu jasmim de estufa, prai! Vais conhecer uma portuguesa velha de sangue quente. Deixa a inocência pro lado, vamos!...       Bateu a porta e começou a se despir a toda pressa, diante de Aleixo, enquanto ele deixava-se estar imóvel, multo admirado para essa mulher-homem que o queria deflorar ali assim, torpemente, como um animal.      

- Anda, meu tolinho, despe-te também: aprende com tu velha - Anda, meu tolinho, despe-te também: aprende com tu velha... Anda, que eu estou que nem uma brasa!...       Aleixo não tinha tempo de coordenar idéias. D. Carolina absorvia, transfigurando-se a seus olhos.       Ela, de ordinário tão meiga, tão comedida, tão escrupulosa mesmo, aparecia-lhe agora como um animal formidável, cheio de sensualidade, como uma vaca do campo extraordinariamente excitada, que se atira ao macho antes que ele prepare o bote...

Era incrível aquilo. A mulher só faltava urrar   Era incrível aquilo! A mulher só faltava urrar! E a sua admiração cresceu ainda mais quando ela, sacando fora a camisa ensopada de suor, caiu nua no leito, arquejante, segurando os seios moles, com um estranho fulgor no olhar de basilisco.

Cruz e Sousa Amar essa Núbia – vê-la entre véus translúcidos e florentes grinaldas, Noiva hesitante, ansiosa, trêmula, tê-la nos braços como num tálamo puro, por entre epitalâmios; sentir-lhe a chama dos beijos, boca contra boca, nervosamente – certo que é, para um sentimento d’Arte, amar espiritualmente e carnalmente amar.

Beleza prodigiosa de olhos como pérolas negras refulgindo no tenebroso cetim do rosto fino; lábios mádidos, tintos a sulferino; dentes de esmalte claro; busto delicado, airoso, talhado em relevo de bronze florentino, a Núbia lembra, esquisita e rara, esse lindo âmbar negro, azeviche da Islândia. (“Núbia”)

No entanto, amar essa carne deliciosa de Núbia, ansiar por possuí-la, não constitui jamais sensação exótica, excentricidade, fetichismo, aspiração de um ideal abstruso e triste, gozo efêmero, afinal, de naturezas amorfas e doentias.

Senti-la como um desejo que domina e arrasta, querê-la no afeto, para fecundá-lo e flori-lo, como uma semente d’ouro germinando em terreno fértil, é querer possuí-la para a Arte, tê-la como uma página viva, veemente, da paixão humana, vibrando e cantando o amor impulsivo e franco, natural, espontâneo, como a obra d’arte deve vibrar e cantar espontaneamente.

Modernismo

Manoel Bandeira Irene no céu Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: — Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: — Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

Flores Horizontais flores da vida flores brancas de papel, da vida rubra de bordel, flores da vida

afogadas nas janelas do luar carbonizadas de remédios, tapas, pontapés, escuras flores puras, putas, suicidas, sentimentais. Flores horizontais. Que rezais? Com Deus me deito. Com Deus me levanto. (Oswald de Andrade)

Carlos Drummond de Andrade A puta Quero conhecer a puta. A puta da cidade. A única. A fornecedora. Na rua de Baixo Onde é proibido passar. Onde o ar é vidro ardendo E labaredas torram a língua De quem disser: Eu quero A puta Quero a puta quero a puta

Ela arreganha dentes largos De longe Ela arreganha dentes largos De longe. Na mata do cabelo Se abre toda, chupante Boca de mina amanteigada Quente. A puta quente.

É preciso crescer esta noite inteira sem parar De crescer e querer A puta que não sabe O gosto do desejo do menino O gosto menino Que nem o menino Sabe, e quer saber, querendo a puta.

Não quero ser o último a comer-te Não quero ser o último a comer-te. Se em tempo não ousei, agora é tarde. Nem sopra a flama antiga nem beber-te aplacaria sede que não arde

em minha boca seca de querer-te, de desejar-te tanto e sem alarde, fome que não sofria padecer-te assim pasto de tantos, e eu covarde

a esperar que limpasses toda a gala que por teu corpo e alma ainda resvala, e chegasses, intata, renascida, para travar comigo a luta extrema que fizesse de toda a nossa vida um chamejante, universal poema.

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