Macroinvertebrados Bentônicos como Bioindicadores de Qualidade de Água Laboratório de Ecologia de Bentos ICB/UFMG.

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Transcrição da apresentação:

Macroinvertebrados Bentônicos como Bioindicadores de Qualidade de Água Laboratório de Ecologia de Bentos ICB/UFMG

Inseto adulto Ninfa de Perlidae Plecoptera Nome popular: “moscas da pedra”. No estágio imaturo (ninfa), vivem em águas correntes com altas concentrações de oxigênio, debaixo de pedras, troncos, e ramos da vegetação aquática. As famílias Perlidae e Grypopterygidae são as únicas que ocorrem no Brasil. Existem 7 gêneros descritos para estas famílias na região Neotropical, dos quais 4 ocorrem na Serra do Cipó. São muito sensíveis à poluição, especialmente a família Grypopterygidae, sendo utilizados como bioindicadores de qualidade de água. São predadores táteis, procurando ativamente suas presas através de suas sensíveis antenas.

Ninfa de Campylocia Inseto adulto Ephemeroptera Recebem este nome devido à sua curta vida durante o estágio adulto. As ninfas vivem de alguns meses até dois anos e meio. Ocorrem desde em riachos de altitude com águas frias,limpas e altas concentrações de oxigênio até lagoas temporárias, com alta temperatura e pouco oxigênio dissolvido na água. São considerados excelentes bioindicadores de qualidade de água, devido à tolerância às alterações na qualidade da água. A maioria das espécies é extremamente sensível à poluição. As ninfas vivem associadas a rochas, troncos ou na vegetação submersa. São detritívoras e raspadoras, alimentando-se de matéria orgânica fina e algas perifíticas.

Ninfa de Coenagrionidae Inseto adulto Odonata Nome popular: “libélulas” ou “lavadeiras”. Algumas espécies são extremamente sensíveis à poluição orgânica. Já figuram entre a lista de espécies ameaçadas de acordo com o Livro Vermelho das Espécies em Extinção da Fundação Biodiversitas. Podem permanecer no estágio de ninfa de alguns meses até três anos, dependendo da espécie e do clima. Na fase adulta vivem de poucos dias até três meses. As ninfas exercem um importante papel no ambiente, pois são predadoras, possuindo uma das melhores visões entre os insetos. As libélulas vivem nas margens de rios e lagos que possuem vegetação abundante e águas limpas ou pouco poluídas.

Larva de Corydalus Inseto adulto Megaloptera São predadores de topo de cadeia alimentar, apresentando interações foréticas (p.ex. simbiose, parasitismo) com algumas de suas presas. As larvas são aquáticas e os adultos terrestres. O estágio de pupa ocorre em buracos feitos no solo próximo às margens dos rios. Assim, deve-se manter as condições de solo, como composição e umidade, para a preservação destes organismos. As larvas vivem em águas correntes e limpas, debaixo de pedras, troncos e vegetação submersa, apesar de haverem algumas espécies altamente tolerantes à poluição.

Larva de Odontoceridae Trichoptera O adulto possui as asas revestidas com pêlos. (Tricho = pêlos e ptera = asa). No estágio de larva vivem tanto em ambientes lóticos (rios) quanto lênticos (lagos), predominantemente em águas correntes e limpas com altas concentrações de oxigênio. As larvas, constroem casas de material vegetal ou mineral, para se protegerem dos predadores e/ou para capturar alimentos. A dieta constitui-se de material vegetal e algas que ficam sobre as rochas, algumas são predadoras. Algumas larvas são fragmentadoras, cortando as folhas em pedaços menores, que podem ser utilizados por outros organismos. Na Serra do Cipó são extremamente abundantes nos córregos e riachos de altitude. Inseto adulto Família Helicopsychidae Larva de Odontoceridae

Vivem em rios e lagos com concentrações variáveis de oxigênio. Vista ventral Vista dorsal Hydrophilidae Adulto Estágio larval Coleoptera Os besouros aquáticos adultos apresentam corpo compacto e mandíbulas que podem identificar o seu hábito alimentar. Algumas espécies desenvolvem todo o seu ciclo de vida na água, enquanto outras possuem somente larva e pupa aquáticas, sendo o adulto aéreo. Vivem em rios e lagos com concentrações variáveis de oxigênio. Podem ocupar desde o segundo nível trófico (herbívoros) até serem predadores topo de cadeia alimentar, incluindo alguns detritívoros.

Belostomatidae Limnocoris Belostomatidae Heteroptera Apresentam adaptações para respirar, tais como tubos anais e espiráculos. São predadoras de outros insetos aquáticos e terrestres. Algumas espécies maiores podem alimentar-se de pequenos crustáceos e anfíbios. Algumas espécies são bentônicas, vivendo no sedimento, algumas vivem na interface água-ar, enquanto que outras vivem sobre a lâmina d´água, devido à presença de pêlos hidrofóbicos. Na Serra do Cipó, espécimes do gênero Limnocoris exibem mimetismo com o girino da espécie Hyla (Hylidae).

Parque Nacional da Serra do Cipó (MG) Córrego Indaiá (trecho de 5ª ordem) - 19o 12´-34´S; 43o27´-38´W Águas de ótima qualidade e detentoras de enorme biodiversidade aquática!