FISIOLOGIA DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros

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Transcrição da apresentação:

FISIOLOGIA DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA Campus Macaé FISIOLOGIA DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros

SÍNTESE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Iodo: componente essencial. Proveniente da dieta. Ingestão recomendada pela OMS: 150µcg/dia. É absorvido no TGI na forma de Iodeto. O iodeto é captado pela célula folicular através do carreador Na/I presente na membrana basal (NIS).

TRANSPORTE DO IODO O maior estimulador da ação da NIS é o TSH. Transporte ativo. Na+/I-symporter I- Na+ I- Na+

SÍNTESE DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS Depois de captado, o iodo migra em direção a membrana apical; seu efluxo para o lúmen folicular é realizado pela pendrina. Oxidação: requer a presença de H2O2. Realizada pela enzima peroxidase tireoidiana (TPO). Organificação: incorporação do iodeto aos resíduos tirosil da molécula de tireoglobulina, com formação do MIT(monoiodo tirosina) e DIT (diiodo tirosina). Pendrina: forma um poro de passagem do iodo pelo interior do colóide. Síndrome de Pendred: doença autossômica recessiva que cursa com hipotireoidismo e surdez congênitos. MIT ainda ligado a TPO, pode sofrer uma nova oxidação e reagir com outro radical do iodeto, produzindo DIT.

LIBERAÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS A tireoglobulina é a proteína que armazena os hormônios tireoidianos. Quando o organismo necessita de T3 e T4, a Tg do lúmen folicular sobre o estímulo do TSH é captada pelos tirócitos e digerida nos lisossomos. Há então, liberação dos hormônios tireoidianos na corrente sanguínea.

TERCIÁRIO SECUNDÁRIO

REGULAÇÃO DA FISIOLOGIA TIREOIDIANA Eixo hipotálamo-hipófise-tireóide. Neurônios hipotalâmicos (núcleos supraóptico e supraventricular): liberam TRH. Tireotrofos: células que produzem e secretam TSH, presentes na hipófise. Tanto o T3 quanto o T4 regulam a síntese e liberação do TSH. O T3 age diretamente nos tireotrofos, atuando nos receptores nucleares; já o T4 age por meio da sua conversão intra-hipofisária e intra-hipotalâmica.

METABOLISMO HORMONAL Tireóide: T4 e 20% do T3. 80% do T3: conversão periférica do T4, pela desiodase tipo 1. O total plasmático do T4 é 45 X >T3. T3: mais potente. Possui maior afinidade pelo receptor. 45% do T4 é convertido a T3 reverso, pela ação da desiodase tipo 3. É metabolicamente inativo. É degradado pela D1. Embora o T4T seja bem maior que o T3T, as frações livres são mais próximas, pois a fração livre do T4 é menor(liga-se mais as proteínas plasmáticas). T3 liga-se menos estreitamente, por isso, embora exista menos T3T, a fração livre é maior.

METABOLISMO HORMONAL T4 T3 T4 rT3 Fígado Rins Tireóide SNC Hipófise desiodases 1 e 2 SNC Hipófise Tec.adiposo marrom Tireóide D2: desiodases 3 Cérebro Placenta e útero grávido D3:

METABOLISMO HORMONAL D1: está inibida no hipotireoidismo e estimulada no hiper (T3>T4). D2: está inibida no hiper e estimulada no hipo (manter os níveis intracelulares do T3 especialmente no SNC). D3: é a principal enzima inativadora do T3. Está presente em grande quantidade na placenta. D3 na placenta: proteger o feto contra os hormônios tireoidianos maternos.

METABOLISMO HORMONAL Os HT circulam ligados à três proteínas plasmáticas: - globulina ligadora da tiroxina (TBG)-70% - transtirretina (TTR)-10% - albumina-15% A ligação desses hormônios as proteínas plasmáticas aumenta a sua meia-vida e assegura uma distribuição regular do hormônio nos tecidos-alvos.

Avaliação da Função Tireoidiana T3 total e T4 total: dependem não somente da função tireoidiana, mas também dos níveis plasmáticos das ptns transportadoras. T3 livre e T4 livre: é a forma livre que penetra nas células alvo e exerce a sua atividade metabólica. É também esta forma que sofre a regulação pelo eixo H-H. TSH: é o exame mais sensível! É o primeiro a se alterar. Confirma a origem do distúrbio (primário, secundário ou terciário).

Avaliação da Função Tireoidiana Hipertireoidismo: T4L, T3T e TSH. O TSH pode ser o único exame alterado nas fases iniciais e o T4L pode estar normal em 5% dos casos (aumento da atividade da D1). Hipotireoidismo: T4L e TSH. O T3 não é necessário,pois pode estar normal, mesmo quando o T4L já está baixo. T3T: não sofre tanta variação como o T4 com os níveis das proteínas transportadoras. No hipotireoidismo, o aumento do TSH aumenta mais a produção do T3 que do T4.