By

Cezanne Quando temos a oportunidade de nos defrontarmos com a pintura de alguém, que mesmo há séculos passados conseguiu passar toda a sua emoção para uma tela de algodão, sentimos que o tempo não pára no momento em que um pintor termina a sua obra. As imagens jogadas nas telas que se mesclaram com os sentimentos vivenciados pelos artistas das cores, se transportam através dos tempos. Sentimos que o pintor tentando em cada pincelada materializar a imagem de um momento, acaba conseguindo jogar formas de vidas coloridas na ampulheta do tempo do nosso universo emocional.

Dali A pintura é o espelho colorido da alma de um pintor, e as cores que escorrem pelos seus pincéis, vão gota a gota colorindo as fantasias que enriquecem a alma dos seres vivos. Um quadro somente se completa quando as cores que envolvem as criaturas conseguem se fixar na tela da nossa imaginação, transmitindo por todos os tempos os segundos de alegria e glória que a vida proporciona. Um quadro somente se completa quando as cores que envolvem as criaturas conseguem se fixar na tela da nossa imaginação, transmitindo por todos os tempos os segundos de alegria e glória que a vida proporciona.

E então vivemos as figuras douradas e “animadas” dos “girassóis” de Van Gogh, “As madonas” de Rafael, “A última ceia” (l ), de Leonardo da Vinci, os fantásticos e legendários painéis de Michelangelo, que envolvidos pela abóbada do teto da Capela Sistina (l ), derramam as sublimes cores de suas perfeitas formas sobre as cabeças da interminável fila dos ansiosos e fieis religiosos. Van Gogh Rafael

Bem no fundinho da pequenina escola infantil, quase que na crista de um rincão distante, lá está sentadinho numa carteira de madeira escura o nosso pequenino futuro grande pintor. Entre olhares curiosos e até com uma pitadinha de inveja de seus coleguinhas, rabisca com notável facilidade pequenos animais no campo, casinhas com telhado vermelho e bem no centro do papel, já meio amassado, um coraçãozinho entre um homenzarrão barbudo e uma frágil mulher. Terminando o “quadro” diz ele - este é o papai e a aquela é mamãe - o coraçãozinho vermelho com aquela flechinha... é o meu.

Miró Do outro lado da carteira uma menina bem menorzinha, com duas trancinhas com fitinhas nas pontas, engatinha seus primeiros traços coloridos. Olha o desenho do menino, risca o papel e encabulada vê o risco passar para a madeira da carteira. Mal se pode saber aonde ela quer chegar. O futuro, entretanto, parece saber que os riscos passando do papelzinho para a tela vão transformando os campos, animais, casas, pessoas, formas, flores e coisas em soberbas e singelas telas, plenas de inspiração e de beleza colorida. As flores crescem, crescem, e os girassóis formando um campo de rostos floridos entram pelo futuro adentro, semeando a beleza da arte que embevece a sensibilidade da alma humana.

Monet Os anos passaram, muitos anos e junto com eles o aparecimento das magistrais obras de arte e o desaparecimento dos pintores célebres. Muitos deles inclusive o famoso Van Gogh, nunca viveram a glória de verem ao menos um dos quadros vendido.

Matisse Entra-se em um museu e os quadros de pintores famosos vão girando ao nosso redor e junto com eles a música que embalou a dança dos seus pincéis que, correndo por sobre as carteiras das escolinhas ou nas mesinhas de suas simples casas adornadas com florzinhas nas janelas, nos fizeram sentir a emoção de podermos participar do divino momento da criação de uma obra de arte.

Di Cavalcanti Eugene Blaas

Texto: Sady Ricardo dos Santos Autor dos livros – Viva mais e melhor e O Carrossel da vida Formatação: Vera Lúcia de Siqueira Receba belos slides clicando: