Eduardo Pagel Floriano

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
«Forte do Bom Sucesso (Lisboa) – Lápides 1, 2, 3» «nomes gravados, 21 de Agosto de 2008» «Ultramar.TerraWeb»
Advertisements

V Conferência Itália América Latina
Evolução Recente da Economia Brasileira
A economia mundial, brasileira e argentina Evolução recente e perspectivas Metodista de Minas - Izabela Hendrix Belho Horizonte, Brasil.
A América do Sul na relação de oferta/demanda e formação de preço Jun/2011.
As conseqüências do avanço da cana
“Simpósio Nacional sobre Reflorestamento Ambiental”
Eduardo Correa Riedel Presidente da FAMASUL
Prof. Sebastião Renato Valverde DEF/UFV
EVOLUÇÃO E DESAFIOS DAS EXPORTAÇÕES DE CARNES DE AVES E SUÍNOS
Palestras, oficinas e outras atividades
Vamos contar D U De 10 até 69 Professor Vaz Nunes 1999 (Ovar-Portugal). Nenhuns direitos reservados, excepto para fins comerciais. Por favor, não coloque.
BNDESBNDES Financiamento para Projetos de Reflorestamento Linhas de Crédito do BNDES Belo Horizonte – 5 de setembro de 2005 UFV-DEF-SIF.
Economia Amazônica.
Curso de ADMINISTRAÇÃO
Articulação de Políticas para o Desenvolvimento do Brasil Rural
JOÃO SAMPAIO SECRETÁRIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO.
SEMINÁRIO ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA E A INDÚSTRIA DE DEFESA
Aula 01 – 18/06/2007.
PIB REAL E NOMINAL 05. (AFRF, ) Suponha uma economia que só produza dois bens finais (A e B). Considere os dados a seguir (VEJA PAGINA 11 APOSTILA):
Crescimento Econômico Brasileiro : Uma Visão Comparada de Longo Prazo Prof. Giácomo Balbinotto Neto UFRGS.
COMPETIÇÃO FISCAL E DESIGUALDADES REGIONAIS
ENCONTRO NACIONAL DOS ADMINISTRADORES TRIBUTÁRIOS Belém, 19 de setembro de 2011 Jorge Castro SEFAZ/MA Representante do CONFAZ na SE/CGSN FISCALIZAÇÃO.
Desafios da Gestão Florestal na Amazônia
Área de Operações Indiretas
Comissão de Desenvolvimento de Novas Aplicações para o Gás LP - Sindigás Aurélio Ferreira 13/12/2010.
O uso sustentável das florestas: o caso Klabin
ABAMEC Nacional São Paulo, 16 de maio de 2000.
GESTÃO ESTRATÉGICA ORIENTADA A RESULTADOS – GEOR
A INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO NO BRASIL E SUAS PERSPECTIVAS
Carga tributária no setor de serviços
Perspectivas para a Siderurgia Brasileira
TÁBUA BIDIMENSIONAL STEA
Renda até 2 SM.
República Federativa do Brasil Reforma do Estado, Investimento e Poupança Públicos MINISTRO GUIDO MANTEGA São Paulo, 14 de setembro de 2004 I FÓRUM DE.
Encontro anual da indústria química
SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA - SINICON
O difícil equilíbrio da regulamentação
Diagnósticos Educativos = Diagnósticos Preenchidos 100% = 1.539
Seminário Comércio Internacional
1 O Brasil no Mercado Global Henrique de Campos Meirelles Abril 2008.
Experiências - Boas Luiz dÁvila Duração: 20 minutos.
Finanças Públicas BNDES Provas ( 2009 e 2011)
Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento Setembro de 2006.
1 Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento Junho de 2006 Indicadores do Mercado de Meios Eletrônicos de Pagamento Junho de 2006.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2007
FISCALIZAÇÃO DIRECIONADA CONDUTA - AUXILIAR ANO III – Nº 05.
Fonte: CONAB. Ano III Fevereiro de 2010 Balanço Mundial - Exportação, consumo mundial, estoques finais, exportações e importações (Milhões de t). Custos.
Parcerias Embrapa – Exemplos
PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS E NÃO-BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM TERMOS DE MERCADO DE TRABALHO: CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS E SUBSTANTIVAS Alessandra.
Tributação da Exportação nas Empresas optantes pelo Simples Nacional
Fortaleza, Agosto de 2006 PIB TRIMESTRAL CEARÁ E BRASIL 2 0 TRIMESTRE 2006.
O BRASILEIRO PAGA CADA VEZ MAIS IMPOSTOS
Agência Goianésia (GO)
Projeto Medindo minha escola.
NOVOS CONCEITOS DE DEPRECIAÇÃO PARA MÁQUINA E EQUIPAMENTOS
PARQUE EMPRESARIAL AJORPEME
Ano III Fevereiro de 2010 Balanço Brasil - Estoque inicial, produção, importação, suprimento, consumo e exportação brasileira (Milhões de t). Balanço Mundial.
Potencial de investimento na cadeia da Silvicultura
Estatística Aula 9 – 28/02/2011.
Eng. Florestal Fernando Henrique Schwanke
O SETOR DE ASSEIO E CONSERVAÇÃO
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
Gerdau São Paulo INAUGURAÇÃO.
Ministério da Fazenda Secretaria de Política Econômica 1 A CRISE MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL Nelson Barbosa Secretário de Política Econômica 2 de.
Memória viva de evolução do setor inscritos 140 premiações concedidas 2,8 mil usuários entrevistados a partir de mil km percorridos pela.
Potencial de investimentos na
Equipe Bárbara Régis Lissa Lourenço Lucas Hakim Ricardo Spada Coordenador: Gabriel Pascutti.
Florestas Plantadas - Oportunidades de Crescimento no Brasil
Transcrição da apresentação:

Eduardo Pagel Floriano A IMPORTÂNCIA E PERSPECTIVAS DO SETOR FLORESTAL A IMPORTÂNCIA E PERSPECTIVAS DO SETOR FLORESTAL Eduardo Pagel Floriano UFSM 2007

FLORESTAS GLOBAIS MOSAICO DE IMAGENS GOES

FLORESTAS GLOBAIS

Florestas globais e os dez países com maior área florestal em 2005 Fonte: FAO (2007)

Evolução do uso do solo no Brasil Censo 2006 (área em x 106 ha) Lavoura: 59,847 Pastagens: 158,754 Matas e florestas: 98,480 TOTAL: 317,081

Uso atual do solo no Brasil

SETOR FLORESTAL BRASILEIRO (2002) DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS PIB Florestal = US$ 21 bilhões (4% do total) Celulose e papel: US$ 7,5 bilhões Siderurgia a carvão vegetal: US$ 4,2 bilhões Madeira e móveis: US$ 9,3 bilhões Exportações = US$ 5,4 bilhões (10% do total) Impostos Recolhidos = US$ 2 bilhões Consumo de madeira (Nativas + Plantadas) = 300 milhões m3/ano Empregos Diretos + Indiretos = 2 milhões (total) = 500 mil (plantações) ÁREAS FLORESTAIS Florestas nativas: 530 milhões ha Unidades de Conservação Federal: 43,5 milhões ha Plantações Pinus + Eucalyptus: 4,8 milhões ha -> 6,126 milhões ha (ABRAF 2008) AUMENTO DE 27,6% EM 6 anos Plantio anual: 200 mil ha Fonte: Leite (2003).

Produção, Comércio e Consumo mundial de Produtos Florestais em 2000 (1 Produção, Comércio e Consumo mundial de Produtos Florestais em 2000 (1.000 m3) Produtos Consumo Exportação Importação Produção Fins Energéticos 1.777.069 3.591 1.984 1.778.686 Toras 1.584.751 114.222 124.338 1.574.634 Tábuas 426.632 126.683 128.827 424.488 Painéis 186.804 56.602 61.775 181.631 Polpa/Celulose 187.614 36.562 36.704 187.472 Papel 324.527 96.925 97.884 323.569 Total 4.487.397 434.585 451.512 4.470.480 Fonte: Carneiro (2003).

PRODUÇÃO PROPORCIONAL DA EXTRAÇÃO VEGETAL E DA SILVICULTURA Fonte: IBGE.

BRASIL – TERRAS E FLORESTAS Tipo de cobertura ou de uso Área (km²) %Tipo %Brasil Ano Fontes Extensão territorial 8.514.876   100,00% 2007 IBGE (2007) Cobert.arbustiva-arbórea total 4.776.980 101,13% 56,10% 2005 FAO (2007) Florestas nativas totais 4.723.140 55,47% Estimado Nativas manejadas 259.773 5,50% 3,05% Nativas sem proteção 3.613.202 76,50% 42,43% Nativas protegidas 850.165 18,00% 9,98% Florestas plantadas 53.840 1,13% 0,63% Área cultivável total 1.065.260 12,51% Em produção 535.260 21,98% 6,29% 2002 IBGE (2004) Disponíveis ou conversíveis 530.000 78,02% 6,22% Cobertura nativa total Amazônia 3.362.876 71,20% 39,49% 2000 Leite (2002) Cerrado 801.517 16,97% 9,41% Caatinga 333.926 7,07% 3,92% Pantanal 119.495 2,53% 1,40% Mata Atlântica 81.238 1,72% 0,95% Campos Sulinos 24.088 0,51% 0,28% Infraestr. e outras coberturas 2.672.636 31,39%

BENCHMARKING COM FINLÂNDIA - 2002 Indicador Brasil Finlândia Área (106 km²) 8,5 0,4 População (106) 170 5,2 Renda Per Capita (U$) 2.900 26.900 Florestas Nativas (106 Ha) 539 20,8 Florestas Plantadas (106 Ha) 5,0 5,5 Contribuição ao PIB 4% 9% Exportações (106 U$) 4,1 12,2 Balança Comercial (106 U$) 3,3 10,8 Produtividade Florestal (m³/ha/ano) 30 / 45 4 / 6 Consumo Madeira Ind. Plantações (106 m³) 74 66 Apoio Orçamentário Governo 2002 Propflora (8,75%aa) Subsídios BNDES (TJLP+Spread) Financiamento (3%aa) Fonte: Leite (2003). (U$ 50x106) (U$ 57x106)

Brasil – Participação Florestal no Comercio Exterior (2005) Parâmetros Setor Florestal Brasil US$ Bilhões % PIB 27,8 3,5 796,0 Exportações 9,9 8,4 118,3 Importações 3,6 2,6 73,6 Saldo 6,3 14,2 44,7 Fonte: SBS (2007).

BALANÇO GERAL DE OFERTA E DEMANDA – EUCALYPTUS (milhões m3) Fontes: SBS, STCP (2000) apud Leite (2003).

BALANÇO GERAL DE OFERTA E DEMANDA – PINUS (milhões m3) Fontes: SBS, STCP (2000) apud Leite (2003).

OPÇÕES EXISTENTES E COMPLEMENTARES Aumentar a produtividade (longo prazo) Financiar a produção florestal das empresas (BNDES / Recursos próprios) Financiar a produção florestal de proprietários rurais no “entorno” dos empreendimentos existentes Fonte: Leite (2003).

ESTÍMULOS EXISTENTES EM OUTROS PAÍSES ARGENTINA: garantia de estabilidade tributária por 30 anos isenção de imposto patrimonial depreciação acelerada (60% primeiro ano) CHILE: desoneração fiscal de 50% sobre faturamento bruto no ano de colheita isenção do imposto territorial URUGUAI: bônus de 50% sobre o custo do plantio no primeiro ano linhas de crédito com taxa “libor” + 2% - 80% do custo do plantio período de financiamento (Eucaliptos 12 anos / Pinus 15 anos) Fonte: Leite (2003).

VANTAGENS COMPARATIVAS DO BRASIL Solos e clima favoráveis Disponibilidade de terras ociosas Disponibilidade de mão-de-obra Conhecimento científico e tecnológico Produtividade Capacidade organizacional da iniciativa privada Experiências bem sucedidas com fomento Mercado Agregação de valor (cluster) Fonte: Leite (2003).

DIFICULDADES NO BRASIL Inexistência de políticas públicas Legislação complexa Autoridade difusa Clandestinidade da atividade madeireira Estigmas setoriais Monoculturas Latifúndios Ocupação de áreas agrícolas Florestas abandonadas Desvalorização da madeira Migrações populacionais Marginalização das comunidades locais Fonte: Leite (2003).