12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade1 Dependability Concepts por João Paulo Ribeiro Mário Guimarães

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Transcrição da apresentação:

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade1 Dependability Concepts por João Paulo Ribeiro Mário Guimarães

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade2 Sumário Motivação Conceitos introdutórios Modelo de sistema Impedimentos à confiabilidade Realização de sistemas confiáveis Conclusões

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade3 Motivação (1/2) NENHUM SISTEMA É 100% CORRECTO: –erros na especificação, desenho e realização –time-to-market cada vez mais importante (e curto !) –imprevisibilidades internas e externas ao sistema Nas empresas: –dependência de sistemas de informação críticos –sistemas são factor de concorrência –falhas nos sistemas podem parar o negócio (na aviação podem resultar em perda de vidas humanas !)

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade4 Motivação (2/2) O que é importante nos sistemas: –o reconhecimento de que podem falhar –a compreensão das causas de falha –diminuição do impacto de falhas (interno e externo) –a comprovação do seu bom funcionamento Abordagem sistemática destes problemas é urgente Necessidade de acordo na terminologia a utilizar Base comum para estudo e discussão

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade5 Conceitos introdutórios (1/3) Confiabilidade é a qualidade do sistema que nos permite confiar, justificadamente, no serviço oferecido. Confiabilidade é um conceito global, que se decompõe em vários vectores quantificáveis: –fiabilidade (reliability) –disponibilidade (availability) –reparabilidade (maintainability) –segurança contra acidentes (safety) –segurança contra acesso não autorizado (security)

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade6 fiabilidade (reliability): –medida do tempo de funcionamento de um sistema até falhar, ou da probabilidade de não falhar durante o tempo de missão (ex.:MTTF, MTBF, falhas/hora, 99.9%) disponibilidade (availability): –medida do tempo (ou %) em que o sistema está operacional (ex.: MTBF/(MTBF+MTTR), 5000h/ano) reparabilidade (maintainability): –medida do tempo de reposição em serviço do sistema (ex.: MTTR) Conceitos introdutórios (2/3)

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade7 Conceitos introdutórios (3/3) segurança contra acidentes durante funcionamento (safety): –medida da fiabilidade do sistema relativa a faltas que ocasionem efeitos catastróficos segurança contra acesso não autorizado (security): –idem, relativo a faltas contra integridade, confidencialidade e autenticidade

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade8 Modelo de sistema Cada sistema: –obedece a uma especificação –oferece serviços ao exterior –possui um estado interno de execução –pode ser composto por subsistemas internos –pode utilizar os serviços de sistemas externos –modelo Caixa Preta (black box) sistema sa sb

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade9 Impedimentos à confiabilidade (1/4) São tudo aquilo que queríamos que não existisse :-( Os obstáculos são vários (the impairments): –faltas (faults): são a raiz do mau funcionamento do sistema podem ser vistas quanto à: –natureza: acidentais / intencionais –origem: fenomenais / no sistema / na criação (ex.: desenho) –persistência: permanentes / temporárias / intermitentes exemplos: –circuito que se queimou por sobreaquecimento –posição de memória sempre com o valor 0 –pode resultar em erro do sistema !

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade10 Impedimentos à confiabilidade (2/4) –erros (errors): são estados inconsistentes em que o sistema foi colocado em resultado de faltas exemplo: –escrita de 1 seguida de leitura de 0 –pode resultar em falha –falhas (failures): são manifestações para o exterior de erros internos no sistema (desvios do especificado). Podem ser vistas quanto a: –domínio: valor / temporal –percepção: consistente / inconsistente –consequência: benigna / catastrófica

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade11 Impedimentos à confiabilidade (3/4) –falhas (cont.): exemplo: –entrega de resultado indevido –quem conhece o Blue Screen ? ;-) representa uma falta se não for reconhecida como falha Modelo de cascata de impedimentos: Componente A falta > erro > falha Componente B falta > erro > falha >>...

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade12 Impedimentos à confiabilidade (4/4) Exemplo de falha no componente A causando uma falta no componente B: –A falha na leitura da temperatura do forno sobreaquecido, e retorna um valor muito baixo (A pode ser sensor avariado) –B lê a temperatura (a falta), verifica que está dentro dos limites (o erro), e não faz nada –B falhou porque não tomou as acções devidas para baixar a temperatura (falha catastrófica !) –entretanto o forno rebenta ! :-(

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade13 Realização de sistemas confiáveis (1/5) Como desenvolver sistemas que funcionem como esperado ? Métodos de desenvolvimento de sistemas confiáveis ou como obter confiança no funcionamento (the means): –prevenção de faltas (prevention) –tolerância a faltas (tolerance) –supressão de faltas (avoidance) –previsão de faltas (forecasting)

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade14 Realização de sistemas confiáveis (2/5) Como não introduzir faltas ou evitar a sua ocorrência ? Prevenção de faltas: –auto-teste (self-check), assinaturas –correcta reutilização de componentes fiáveis –especificação rigorosa –ambientes e linguagens apropriados –protecção de HW

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade15 Realização de sistemas confiáveis (3/5) E se um raio cair vindo do nada ? Funcionará depois ? Tolerância a faltas: –exemplos: replicação, votadores, transacções, assinaturas e checkpoints, temporização/repetição –técnicas de processamento de erros: mascaramento de erros (error masking) detecção/recuperação (detection/recovery)

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade16 Realização de sistemas confiáveis (4/5) E se os pontos de falta forem conhecidos ? Supressão de faltas: –depuração (debug) –simulação –validação

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade17 Realização de sistemas confiáveis (5/5) E se tudo para trás tiver falhado, só nos resta prever ! Previsão de faltas: –injecção de faltas em software –injecção de faltas em hardware

12 de Abril de 1999Conceitos de Confiabilidade18 Conclusões Nenhum sistema é 100% correcto ! O impossível acontece mesmo [Murphys Law] ! Sistemas críticos devem ser tolerantes a faltas ! Confiabilidade deve ser pensada desde o início ! Credibilidade é importante … … e talvez um dia o Murphy esteja errado ;-) PERGUNTAS ?