MENSAGENS REFLEXIVAS Arte da Imagem, Arte da Música e Arte do Pensamento Arte da Imagem: recebidas da internet e Google Arte da Música: Emmanuel Arte.

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Transcrição da apresentação:

MENSAGENS REFLEXIVAS Arte da Imagem, Arte da Música e Arte do Pensamento Arte da Imagem: recebidas da internet e Google Arte da Música: Emmanuel Arte do Pensamento: texto de Leonardo Boff OFICIALMENTE VELHO

Leonardo Boff é professor, escritor, filósofo, teólogo, doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique (Alemanha), doutor honoris causa em Política pela Universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela Universidade de Lund (Suécia).

Nascer, viver, aprender, evoluir, morrer. É a LEI. É o ciclo da vida. Para o espírito, porém, não há morte. Este o grande mistério que somente com a evolução do homem poderá ser desvendado. Diz Pietro Ubaldi: “O ponto máximo de vossa VIDA psíquica custa a chegar e, por vezes, só aparece no fim, muito depois da juventude do viço físico, última delicada flor da alma. O verdadeiro objetivo de nossa existência, o de construirmos a nós mesmos, não pode ser alcançado no limitado número de experiências de uma só VIDA. Quanto mais nos elevamos, tanto menos estamos jungidos a formas de VIDA na matéria, e menor é a necessidade da carne, produto da conjunção sexual que é parte daquele mundo inferior e ilusório” J. Meirelles Admiremos, agora, a beleza da Natureza, que está sempre a nos mostrar a existência do ciclo da vida, e meditemos sobre o texto de Leonardo Boff, ao som de Emmanuel!

Neste mês de dezembro completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida.

Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas.

De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacien- tes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.

Mas há um outro lado, mais instigante. A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos.

Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese.

Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então entramos no silêncio. E morremos.

A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer.

Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: ”na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior”(2Cor 4,16).

A velhice é uma exigência do homem interior. Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Esta identidade devemos encará-la face a face.

Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas másca- ras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis.

Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, inquiri- do pelas autoridades doutrinais do Vaticano, submetido ao “silêncio obsequioso” e outros papéis mais. Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha.

Então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: Afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos que habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério?

Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.

Este é o desafio para a etapa da velhice. Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina.

Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida.

Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, inte- grando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria.

É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.

Por fim, importa preparar o grande Encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte mas para se transfigurar através da morte. Por fim, importa preparar o grande Encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte mas para se transfigu- rar através da morte.

Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia. Ai saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.

Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: ”contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”. Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testa- mento: ”contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”.

Por fim, alimento dois sonhos, sonhos de um jovem ancião: o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue;

e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa:”eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver”.

Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus. Parafraseando Camões, completo: mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.

IMAGENS: recebidas por e.mail MÚSICA: Emmanuel - Almas Gêmeas FORMATAÇÃO: J. Meirelles