AFINAL, O QUE É O TEMPO? Cibeli Menini.

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Progressão automática. Há horas em nossa vida, que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência,
Progressão automática. Há horas em nossa vida, que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência.
Transcrição da apresentação:

AFINAL, O QUE É O TEMPO? Cibeli Menini

afeta indistintamente: Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o por quê de nossa experiência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos nossa vida em perda e nela continuamos. Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdemos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo.

Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar. Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar de bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos segura, que não nos deixa cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo.

Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás. Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer... Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros.

Perdemos o direito de dizer Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosas da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vovó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinaram que não devemos ser tão sinceros, e aprendemos.

E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos pêlos, ganhamos altura, ganhamos o mundo. Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos. Ah! Os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa condição que nos coloca acima dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E infelizmente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos...

E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos. Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, ganhamos peso, e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho do olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir, perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quanto estivermos morrendo. Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia.

Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados...

Música: Ernesto Cortazar – Heart to heart Formatação: Beth Norling Créditos: Texto: Cibeli Menini Imagens: Internet Música: Ernesto Cortazar – Heart to heart Formatação: Beth Norling E-mail: bethnorling@globo.com.br