Escola Secundária de Cantanhede 07/08

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Transcrição da apresentação:

Escola Secundária de Cantanhede 07/08 Contrato de leitura Bichos de Miguel Torga

Título da obra: “Bichos” Autor: Miguel Torga Editor/Edição: 11º Edição Local/Data: 1940 em Coimbra Classificação da obra: Histórias maravilhosas e fantásticas Data do início da leitura: 18/03/08 Data de conclusão da leitura: 18/03/08

Bibliografia de Miguel Torga Escritor português natural, de São Martinho de Anta, Vila Real. Proveniente de uma família humilde, teve uma infância rural dura, que lhe deu a conhecer a realidade do campo, sem bucolismos, feita de árduo trabalho contínuo. Após uma breve passagem pelo seminário de Lamego, emigrou com 13 anos para o Brasil, onde durante cinco anos trabalhou na fazenda de um tio, em Minas Gerais, como capinador, apanhador de café, vaqueiro e caçador de cobras. De regresso a Portugal, em 1925, concluiu o ensino liceal e frequentou em Coimbra o curso de Medicina, que terminou em 1933. Exerceu a profissão de médico em São Martinho de Anta e em outras localidades do país, fixando-se definitivamente em Coimbra, como otorrinolaringologista, em 1941.

Resumo Esta obra é constituída por vários contos, cada um dos quais referindo seres diferentes do reino animal. Na qual pertencem as seguintes personagens: Nero, o cão que no fim da sua vida, já surdo e meio cego, recordava os seus tempos de jovem. Madalena, era uma mulher que escondeu a sua gravidez e teve o filho morto. Mago, o gato farto e pesado, que era muito bem tratado pela sua dona. Morgado, o burro, que o seu dono em hora de aperto com os lobos, para safar a própria vida entregou a dele. Bambo, o sapo que morreu com uma estaca espetada nas costas. Tenório, o galo que acabou na panela. Jesus, era um menino que viu nascer um pintacilgo quando subiu a uma árvore ( apenas nele poderemos encontrar o que consubstância a essência humana: a noção de felicidade, o amor, a ternura, o encantamento, a ingenuidade, a pureza e o respeito). Cega-rega, era um animal muito alegre que passava o tempo a cantar. Ladino, era um pardal que honrou o seu nome. Ramiro, era um pastor que matou um homem por este lhe ter matado uma ovelha. Farrusco, era um melro que animava uma moça casadoira a quem o cuco, passava a vida agoirar por ser solteira. Miura, era um touro que morreu na arena. Senhor Nicolau, o entomologista incompreendido morto entre os seus insectos catalogados. E por fim, Vicente, um corvo negro, que enfrentou a fúria de Deus, postado no último reduto ainda não coberto pelas águas, frente ao temor de Noé, e de todos os habitantes da Arca.

Nestes contos, Miguel Torga fez um testemunho impar entre os Homens e os Bichos – a Simbiose da vida. No meio dos dois, a terra, o traço que lhes dá vida. No trabalho, nas paixões e nas dores, os Bichos compartilham com os Homens as esperanças e as desgraças. Como Miguel Torga viveu e lutou contra o mundo da ditadura, Bichos, é também o retrato fiel do viver transmontano, uma vida de suor e lágrimas, mas sempre repleta daquela alegria que só o sofrimento pode justificar: a alegria de ser, de viver em comunhão total com a Natureza, em fusão permanente com os elementos.

A minha personagem favorita A personagem que eu mais gostei foi a Madalena, porque foi a que mais me chamou atenção e me chocou. Madalena era uma rapariga da aldeia que, pelo S. Martinho, tropeçara em castanhas e vinho e acabara rolando na palha com um homem, que após ter passado a noite com ela, abandonou-a não querendo saber mais dela. Em pleno Verão, preocupada, as penidas da serra para levar até ao fim, o segredo que conseguiu manter só seu. Saiu de casa de madrugada, sabendo que chegara a hora de nascer o fruto daquele tropeção que lhe manchou a pureza. Não queria descer na consideração que por ela tinha naquela aldeia e decidiu procurar ajuda do outro lado da serra. Mas as dores apertavam cada vez mais e ela teve de parar, sob o sol escaldante. Ali pariu o seu filho e descansou finalmente. Quando deu por si, a criança jazia morta numa poça de sangue, no chão e ela respirou de alívio. Limpou-se, largou os trapos sujos e enterrou o filho, voltando para a aldeia aliviada logo a seguir ao sucedido.

Caracterização da personagem Portanto, podemos considerar Madalena, uma mulher com muita força, determinação e coragem, pois grávida e sozinha sem ninguém saber, do seu paradeiro, foi ter o seu filho na montanha. Mas apesar disso, é uma mulher facilmente influenciável, visto que se deixou levar na conversa de um homem que a engravidou e não quis saber mais dela, abandonando-a. É também uma pessoa isolada, visto que não tem muitas amizades, nem contou a sua gravidez a ninguém, também me pareceu uma pessoa fria, devido ao facto de ter enterrado o seu filho e ter ficado aliviada, por se ter livrado dele.

Acho que deviam ler esta obra porque é interessante, uns contos mais do que outros, com assuntos diferentes, mas cada um tem a sua especificidade. Por ser constituída por vários contos de pequena extensão lê-se facilmente, apesar de a linguagem ser um pouco trabalhada e ter que se ir várias vezes ao dicionário para entender as palavras, mas apesar disso a obra é interessante.

Objectivo da leitura O objectivo da leitura desta obra foi melhorar a minha leitura e motivar os meus colegas para a sua leitura também. Esta obra fez-me reflectir como os animais também podem sentir o que os seres humanos sentem, tanto a nível emocional como sentimental.

Citações “Desceu novamente as pálpebras, feliz” – Nero (pág. 26) “Abriu de todo os olhos turvos. Entre as pernas, numa poça de sangue, estava caído e morto o filho. Carne sem vida, vermelha e suja. O segredo dela e de Deus!...” – Madalena (pág. 46)

Excerto da obra “Nem um som, nem a presença duma aragem a quebrar a solidão que cercava. Apenas num céu em fim de incêndio um mormaço cerrado. Abriu de todo os olhos turbos. Entre as pernas, numa poça de sangue, estava caído e morto o seu filho. Carne sem vida, vermelha e suja. O segredo dela e de Deus!... Exausta, deixou-se ficar prostrada, a saborear o alívio. As cancelas escancaradas fechavam-se lentamente… Por fim, cansou-se da própria imobilidade. Ergueu-se, então. E permaneceu assim alguns segundos a ouvir o silêncio, como a ver se lá do longe vinha resposta aos gritos desesperados que lançara. Nada! O mundo emudecera. Com fetos verdes limpou-se. Depois deixou cair aquele pano sujo no charco onde o filho dormia. O pé, sem ela querer, foi escavando e arrastando terra… Aos poucos, o seu segredo ia ficando sepultado…” Escolhi este pequeno excerto porque pertence ao conto de Madalena, aquele que mais me comoveu, e achei que era uma passagem interessante e que vos ia chamar atenção.

Trabalho realizado por: Ana Rodrigues nº13977 10ºAS