Fluxo Turbulento (mg / m2s)

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Transcrição da apresentação:

Fluxo Turbulento (mg / m2s) Escala Temporal do Fluxo Turbulento Noturno de CO2 num sítio de floresta do LBA (Temporal Scale of the nocturnal Turbulent CO2 Flux at a Forested LBA Site) José G Campos, UFSM/LBA, zecajgc@gmail.com Otávio C Acevedo, UFSM, otavio@smail.ufsm.br Antônio O Manzi, INPA/LBA, manzi@inpa.gov.br Julio Tota, INPA/LBA, tota@inpa.gov.br Maria B L Oliveira, INPA/LBA, betania@inpa.gov.br Hardiney S Martins, UFSM, hardiney@yahoo.com.br Introdução e Objetivo Decompondo um sinal geofísico como o fluxo de CO2 utilizando a técnica de decomposição em multiresolução (MR), consegue-se separar a escala de tempo em que ocorre transferência de CO2 pela turbulência ― sinal organizado ― da parte de mesoescala. Consequentemente a técnica fornece uma estimativa mais adequada para a janela de tempo em que devemos computar os fluxos noturnos de CO2. A MR consiste numa análise em ondeleta. A ondeleta mãe que utilizamos é a de ondeleta de Haar. Neste estudo utilizamos a MR para analisar os fluxos turbulentos noturnos do sítio conhecido como K-34, situado na ZF-2, região próxima de Manaus. Resultados Apresentamos os cospectros de CO2 correspondentes ao período noturno, das 17:00 às 05:00 do ano de 2006. Os cospectros turbulentos estão divididos em10 classes de σw ― intensidade da turbulência. As figuras do lado direito são os cospectros e as do lado esuqerdo são os fluxos médios mensais onde as barras verticais representam a dispersão. Estação Úmida Estação seca 2006 Fluxo Total (mg / m2s) Fluxo Turbulento (mg / m2s) Janeiro 0,06023753 0,05365859 Fevereiro 0,08555421 0,05960507 Março 0,06245891 0,05488584 Abril 0,1004066 0,08104392 Maio ― Junho Julho Agosto Setembro 0,04687514 0,03267605 Outubro 0,0234271 0,0310622 Novembro 0,0619535 0,05471494 Dezembro 0,01084818 0,01892345 Úmido 0,06051077 0,0537234 Seco 0,02490054 0,03090788 Ano 0,04966516 0,04685923 Discussão Final Todas as figuras exibem uma distinção evidente entre as escalas de transferência turbulenta e as de mesoescala. Vimos que a escala temporal da troca de CO2 entre floresta-atmosfera esta por volta de 100 s, tanto na estação úmida quanto na seca; um valor bem menor que o tipicamente usado na técnica de covariância dos vórtices. Atualmente tem-se aumentado a janela de tempo para computar os fluxos noturnos devido a um possível transporte de CO2 pela mesoescala. Nem sempre é assim. Observamos que nos períodos mais turbulentos ― estação úmida ― existe uma tendência positiva predominante do sinal de fluxo médio da mesoescala, sugerindo o transporte efetivo de CO2 pela mesma. No entanto, nos meses de Maio e Novembro correspondentes ao mesmo período, isso não ocorre. Dezembro, por exemplo, apresenta uma tendência predominante negativa. Portanto, quando o sinal de mesoescala é predominantemente negativo, usar uma janela de tempo maior em que a que acorre as trocas turbulentas, resultará numa perda de fluxo de CO2. A estação seca apresenta menores magnitudes no cospectro turbulento de CO2. O fluxo médio de mesoescala do mês de agosto tem predominância negativa bastante acentuada, setembro é levemente positiva e outubro e levemente negativa. Mostramos, também, o comportamento dos fluxos médios por estação e ao longo de todo o ano de 2006. Oserve que para o calculo anual, a mesoescala não transporta CO2. Em todo o período analisado, sem exceção, o erro associado as medidas aumentam, com o aumento da janela de tempo. Sendo assim, mesmo nos meses onde a mesoescala é predominantemente positiva, o erro associado ao sinal é muito grande! Contudo a técnica mostrou-se bastante útil para revelar o região de GAP onde ocorrem as trocas de CO2 entre floresta-atmosfera. Bibliografia [1] Araújo, A. C. et al.: 2002, ’Comparative measurements of carbon dioxide fluxes from two nearby towers central Amazonian rainforest: The Manaus LBA site’ , J. Geophys.107. [2] Howell, J.F. and Mahrt, L.: 1997, ’Multiresolution flux decomposition’ , Boundary-layer Meteorol. 83, 495 – 520. [3] Mahrt, L. and Vickers, D.: 2005, ’ Extremely weak mixing in stable conditions’ , Boundary-layer Meteorol. 119, 19 – 39. [4] Vickers, D. and Mahrt, L.: 2003, ‘ The Cospectral gap and turbulent flux calculations’ , J. Atmos. Oceanic. Tech. 20, 660 – 672. [5] Vickers, D. and Mahrt, L.: 2006, ‘ A solution for flux contamination by mesoscale motions with very weak turbulence’ , Boundary-layer Meteorol. 83, 495 – 520 118,431 – 447. Agradecimentos Este projeto é financia pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas ― FAPEAM e recebeu apoio do Programa de Pós-graduação em Física da Universidade Federal de Santa Maria.