Carta à Igreja de Pérgamo Escola Dominical IPJG Prof. Iberê Arco e Flexa 11/11/2007
Apocalipse 2.12-13 12 Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: 13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Apocalipse 2.14-15 14 Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. 15 Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.
Apocalipse 2.16-17 16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. 17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.
Pérgamo (atual Bergama, Turquia) Um forte centro de paganismo: Especiais cultos a Zeus, Palas-Atena, Dionísio e Esculápio (centralmente este), o “deus da cura”. Culto imperial: a Roma e César. O templo de Augusto (26 aC) Em Pérgamo, o anticristo era mais evidente do que o próprio Cristo.
O foco da carta à Igreja de Pérgamo é a “VERDADE” O povo de Deus em Pérgamo estava rodeado de uma sociedade não cristã, sofrendo o impacto de doutrinas estranhas. Cristo escreve esta carta para alertar a igreja da presença dessas doutrinas provenientes do maligno. Ali se travava um verdadeiro combate entre a VERDADE e o erro.
Preocupação de Cristo pela VERDADE A verdade deve tanto ser preservada quanto difundida (.. conservas o meu nome e não negaste a minha fé... V.13); Na igreja havia os que toleravam falsos profetas (... pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão...); A defesa da verdade do Evangelho é uma preocupação preponderante de Jesus. Isso implica que não apenas creiamos nEle, como nos agarremos à verdade sobre Ele.
O equilíbrio entre Amor e Verdade Se o Amor é a primeira marca distintiva de uma igreja (o que vimos no estudo sobre a carta à Igreja de Éfeso), a Verdade doutrinária é a segunda! Equilíbrio bíblico: Seguir a verdade em amor, a amar os outros na verdade, e a crescer não somente em amor, mas em percepção e discernimento. Ef 4.15; 3 Jo 1;Fp 1.9 Jesus ama a Verdade, fala a Verdade, É a Verdade! Jo 14.6; 8.12, 31-32; 18.37 A carta a Pérgamo evidencia que Jesus era ofendido pela desobediência da minoria e pela indiferença da maioria. Assim, a verdade estava ameaçada!
A Verdade importa? Duas Verdades centrais implícitas na carta a Pérgamo: 1. A Verdade sobre Cristo 2. A Verdade sobre a santidade
1. A verdade sobre Cristo “O mínimo irredutível da crença cristã é que Jesus de Nazaré é o Deus-homem singular que morreu por nossos pecados e foi ressuscitado da morte para ser o Salvador do mundo.” Os cristãos crêem nisso e agem de acordo com isso. Essa convicção leva à “entrega”.
A Igreja de Pérgamo permanecia fiel: ... que conservas o meu nome e não negaste a minha fé... (v.13) Permanecer fiel é apegar-se firmemente à convicção de que Ele é tanto Senhor como Salvador! Porem, não é suficiente uma convicção meramente intelectual: Devemos exercitar a fé nEle! Devemos nos submeter a Ele como nosso Senhor e como nosso Salvador. Esta apropriação é pessoal e essencial para o cristão! Não há aqui nenhum espaço para negociação ou conciliação: Negar que Jesus é o “Cristo vindo em carne” é anticristo, escreveu João, enquanto pregar qualquer outro Evangelho que não o Evangelho da graça salvadora de Cristo é merecer a maldição apregoada por Paulo! 1 Jo 2.22; 4.2; 2 Jo 7-11; Gl 1.6-9
2. A Verdade sobre a Santidade A fé cristã se relaciona essencialmente com a pessoa e a obra de Cristo, de um lado, e com a vida de retidão, de outro. O cristianismo exalta Cristo e promove a santidade. Negar Cristo e seguir o mal é abandonar a fortaleza do cristianismo nas mãos do inimigo e atirar ao chão o padrão da verdade. 1 João é totalmente dedicada a este tema: Todos aqueles que crêem em Cristo praticam a justiça, andam na verdade e na luz. 1 Jo 2.4,22; 1 Co 5.11
Nicolaítas e balaamitas Os cristãos de Pérgamo acolheram em seu meio alguns que se apegam aos ensinos de Balaão e aos ensinos dos nicolaítas (... tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão... (v14) ... também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.(v15) Balaão sugerira ao rei midianita que tentasse os israelitas, levando-os a cometer pecado por comer alimento sacrificado aos ídolos e por imoralidade sexual (Nm 25.1-9 e 31.16).
Nicolaítas, espelho dos balaamitas Sugeriam que a liberdade por meio da qual Cristo nos tornou livres era uma liberdade para o pecado! “Podemos continuar pecando pois a graça de Deus continuará fluindo através do perdão.” “Apenas um pouco de idolatria, apenas um pouco de imoralidade. Somos livres, não temos de ir a extremos. Somos humanos! Cristo não espera tanto de nós...” Gl 5.1; Rm 6.1; Jd 1.4
Cristo condena veementemente O pecado é abominável! A Igreja de Éfeso abominava as práticas dos nicolaítas. A Igreja de Pérgamo era permissiva. Cristo chama a Igreja a arrepender-se de seus erros e de seu mal. (v16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.)
Cristo reconhece a fonte do pecado v13 Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás... entre vós, onde Satanás habita. Satanás não apenas habitava como governava Pérgamo. Satanás mantém em alguns lugares um domínio incontestável. Pérgamo era um desses lugares. Satanás era a fonte real dos pecados aos quais alguns da igreja haviam sucumbido! Satanás, um ser espiritual altamente inteligente, imensamente poderoso e totalmente inescrupuloso. Jesus o chamava de “príncipe deste mundo”. Jo 12.31 Ef 2.2; 6.12
Um lugar sombrio Pérgamo era um lugar sombrio em que a maior ameaça de Satanás se apóia no culto ao imperador; O reino de Satanás é onde as trevas reinam. Ele é o diminador deste mundo de trevas e odeia a luz (Lc 22.53; Ef 6.12; Jo 3.20); Ele cega o entendimento dos descrentes, ele instiga os mortais a pecar (Jo 8.44);
Um lugar sombrio Pérgamo era um lugar sombrio em que a maior ameaça de Satanás se apóia no culto ao imperador; O reino de Satanás é onde as trevas reinam. Ele é o diminador deste mundo de trevas e odeia a luz (Lc 22.53; Ef 6.12; Jo 3.20); Ele cega o entendimento dos descrentes, ele instiga os mortais a pecar (Jo 8.44); O falso profeta, mencionado à frente no Apocalipse, está em cena. Ele vive atualmente em cada religião e filosofia não-cristãs, bem como em cada tentativa de desviar para outros a honra que é devida somente a Jesus Cristo. Esse é o espírito do anticristo, a obra de Satanás.
A verdade de Cristo triunfará sobre o pecado Jesus está determinado a fazer com que a verdade triunfe! O único instrumento capaz de fulminar as forças do mal é a palavra de Cristo! (v12 aquele que tem a espada afiada de dois gumes.) Ap 1.16; 19.13; Jo 1.1) A “espada do Espírito”, “viva e eficaz”, “mais afiada do que qualquer espada de dois gumes; ela penetra a ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração”. (Ef 6.17; Hb 4.12)
A espada do Espírito A forma de Deus vencer o pecado é a proclamação do Evangelho de Cristo. As idéias não são subjugadas pela força: Somente a verdade pode vencer o erro. As falsas ideologias do mundo podem ser somente destruídas pela ideologia superior de Cristo. Não temos nenhuma outra arma senão essa espada!
A mensagem de julgamento Um dia essa espada mudará de função. A mensagem da verdade se transformará em mensagem de julgamento. A espada que penetra na consciência será a espada que destruirá a alma. (v16 Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.) Ap 19.15,21 O mesmo Evangelho que salva aqueles que o obedecem, destrói aqueles que o desobedecem. Deus nos fará responsáveis por nossa atitude em face da verdade que conhecemos. E daqueles a quem muito é revelado, muito lhes será requerido.
A recompensa para o vencedor O homem ou mulher que ouve e recebe a Sua palavra, procura compreendê-la e empenha-se em viver de acordo com ela. (v17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.) O maná escondido é Cristo, pois somos alimentados pelo “pão da vida” (Jo 6.31–35; 48-51). As recompensas prometidas serão herdadas no céu, não na Terra.
A recompensa para o vencedor A pedra branca e a urna com o maná estavam no santo dos santos, atrás do véu e só o sumo sacerdote tinha acesso a esses objetos uma vez por ano. Ao vencedor Deus estenderá o privilégio do sumo sacerdote: todos serão seus sacerdotes. (Ap 1.6; 5.10)
A recompensa ao vencedor O novo nome gravado na pedra é o nome de Cristo, conhecido apenas por aquele que o recebe. A revelação íntima prometida por Cristo ao crente no paraíso será secreta e pessoal. Aqueles que retêm firmemente o nome de Jesus receberão uma revelação mais profunda, um novo nome.