Estrutura do Mesozooplâncton no Lago Dom Helvécio – PERD Composição e Densidade Ana Mourão Oliveira Fabrícia Viegas Thiago Cavanelas Túlio Dornas.

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Transcrição da apresentação:

Estrutura do Mesozooplâncton no Lago Dom Helvécio – PERD Composição e Densidade Ana Mourão Oliveira Fabrícia Viegas Thiago Cavanelas Túlio Dornas

Lagos e reservatórios, independente de seu tamanho, assim como os grandes rios, são habitados por inúmeros organismos planctônicos. Esses organismos estão na base da cadeia alimentar e, graças a seu elevado metabolismo, são capazes de influenciar processos ecológicos fundamentais, como ciclagem de nutrientes e magnitude da produção biológica.

O zooplâncton é constituído de consumidores primários (herbívoros) e predadores de diferentes níveis tróficos. A comunidade de zooplâncton apresenta alta produtividade secundária, representando o elo intermediário da cadeia alimentar, através do qual a energia flui para os níveis tróficos superiores, chegando até peixes, aves aquáticas e o homem.

O zooplâncton é representado principalmente por três grandes grupos: ROTIFERA, CLADOCERA e COPEPODA podendo fazer parte, ocasionalmente, outros grupos (dependendo do sistema considerado), como: PROTOZOA, DIPTERA (Chaoborus), MOLUSCA (Physiocypria) e TURBELARIA.

Mesozooplâncton O Mesozooplâncton é composto por animais que variam de tamanho entre 0,2 - 20 mm. Os seus representantes são, principalmente crustáceos e larvas de insetos.  

Metodologia A coleta foi realizada por instrumento de arrasto (rede planctônica) que promove uma filtragem dos organismos in situ ( Edmonson e Winberg, 1971); Para coleta de amostras utilizou-se uma rede de nylon de malhas 200 µm e diâmetro de boca igual a 40 cm. Os arrastos foram feitos na zona limnética , sendo a rede descida à profundidade específica de cada estação. A seguir a rede foi levantada numa velocidade constante até a superfície.

O material coletado no frasco conectado ao final da rede, correspondente ao volume de água filtrado, definido pela seguinte relação: Vf = π . r² . AV Vf = Volume de Água Filtrado R = raio da rede AV = Arrasto vertical

Cada amostra foi colocada em um frasco de aproximadamente 170 mL. A fixação foi feita imediatamente à colocação do volume filtrado nos frascos plásticos. Foi usado com agente fixador uma solução de formalina 4% neutralizada em pH neutralizado com borax. Não houve intenção de corar os organismos, uma vez que acredita-se que somente com formalina neutra garante uma boa preservação. Cerca de 10mL do fixador foram adicionados a cada amostra.

No laboratório o volume da amostra foi medido numa proveta graduada e anotado. A seguir a amostra foi colocada num béquer e homogeneizada. Com a amostra ainda em agitação, uma sub-amostra foi tomada com o auxílio de uma pipeta não-seletiva de Hensen-Stempel de 1,0 mL de capacidade. O conteúdo foi então depositado numa câmara de contagem do tipo Sedgwick-Rafter (S-R) também de 1,0 mL de capacidade. As cubetas foram então levadas ao microscópio óptico no aumento de 32x para contagens. Todo o conteúdo do total de cubetas S-R foi contado e registrado em tabelas específicas para cada estação. Foi necessário um número específico de cubetas para cada estação até atingir o mínimo de 400 organismos.

A densidade de organismos de Mesozooplâncton foi calculado pela seguinte fórmula: Densidade = Nº Total triado . V amostra V cubeta _______________________________ V filtrado

Resultados No lago Dom Helvécio, no Parque Estadual do Rio Doce, a diversidade de mesozooplâncton encontrada foi baixa, sendo a comunidade composta, principalmente, pelos seguintes grupos:

Crustacea Copepoda Calanoida Notodiaptomus

Thermocyclops Macrocyclops Tropocyclops Cyclopoida Thermocyclops Macrocyclops Tropocyclops

Diaphanosoma Bosmina Ceriodaphnia Branchiopoda Cladocera Diaphanosoma Bosmina Ceriodaphnia

Hexapoda Insecta Diptera Chaoborus

A comunidade mesozooplanctônica da lagoa Dom Helvécio está representa principalmente por Cladóceros do gênero Diaphanosoma e de Calanoida do gênero Notodiaptomus. A densidade média de toda comunidade variou aproximadamente entre 4000 e 8000 ind/m³. Sendo que os dois grupos mais representativos tiveram suas populações variando entre 2000 ind/m³ a 3000 ind/m³.

A estação 2, com arrasto de 4m apresentou um predominância muito grande de Diaphanosoma, com uma densidade de 11000 ind/m³. Vale destacar a presença de Cyclopoidea que indica muitas das vezes condições de eutrofização do ambiente. Na Estação 4, com arrasto de 4m o grupo predominante foi os Calanoida. A densidade deste grupo chegou próximo aos 30000 ind/m³. Estes foram os dois pontos de toda amostragem que se mostraram extremamente diferentes a densidade dos outros pontos.

O que estaria determinando este padrão na comunidade? Quais as possíveis causas destas mudanças nestes dois pontos?

Retirada da pressão de predadores Recursos alimentares disponíveis de forma limitante. Limitação de nitrogênio e fósforo Atuação de um forte efeito Top-Down provocado por predadores de níveis tróficos mais elevados. Acirrada competição entre as espécies por recursos disponíveis, provocando controle populacional Entrada de nutrientes em excesso provocando supercrescimento populacional. Entrada de nitrogênio e fósforo Retirada da pressão de predadores As espécies são melhor competidoras por recursos e mais eficientes na assimilação dos recursos.