O HOMEM E A NATUREZA IZABEL SADALLA GRISPINO
O homem frente à imensidão do universo, Um diálogo mudo entre eles principia: “Respeito o teu sábio critério em tudo disperso, Tua tocante beleza a alma inebria, Quanta sabedoria debaixo de teu céu, de teu mar! Quanto amor sinto por tua exuberância milenar”!
“Como podes amar-me se não entendes o meu silêncio? Eu não falo por palavras, mas por variadas manifestações, Fortes mudanças, no meu leito, pressinto a cada biênio, Tua ganância arrasta a minha destruição, Queimas as minhas matas, poluis os meus rios, Tua imprudência se estende por anos a fio!
“Esse desacerto de ritmo pode ser fatal, Quando tudo anoitecer, quando for inútil Tentar armazenar raios de luz, Quando o tempo tragar toda esperança, O homem, sem perspectiva, perceberá, Que a minha morte, morte a ele representará”
Autora do texto: Izabel Sadalla Grispino Formatação: Francisco Graciano Grispino