Revoltas Rurais na República Velha

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Transcrição da apresentação:

Revoltas Rurais na República Velha Prof. Eduardo Gomes - GSNJ Revolta Rurais: Canudos Contestado Juazeiro

A REVOLTA DE CONTESTADO Revoltas rurais A REVOLTA DE CONTESTADO REGIÃO ENTRE PARANÁ E SANTA CATARINA A revolta de canudos No sertão da bahia Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Principais causas dos conflitos rurais na república velha (1889-1930) EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES PELOS CORONÉIS FAZENDEIROS. CENTRALISMO AUTORITÁRIO DO RIO DE JANEIRO. ALTOS IMPOSTOS (REVOLTAS ELITISTAS). DISPUTAS LOCAIS. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

A revolta de Canudos – 1896-1897 - Bahia Antônio Conselheiro (líder). Pressupostos – A miséria crônica da população nordestina, a má distribuição de terras, o descaso com o trabalhador rural, a seca e os aumento de impostos, a perseguição do Estado decorrente da proclamação da República. Camponeses seguem Antônio Conselheiro, formando o Arraial de Canudos (ou Arraial do Belo Monte), no interior de BAHIA. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Por que são chamadas de revoltas messiânicas? São movimentos religiosos que prometem a salvação através de um líder. O líder se apresenta como um enviado de Deus. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Quatro características da revolta de canudos... Movimento messiânico Negação do BRASIL REPÚBLICA SOCIEDADE COMUNITÁRIA FORTE PERSEGUIÇÃO DO ESTADO Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Canudos funciona como uma fazenda comunitária sob um líder religioso radical. Comunidade forma um Estado paralelo a República, abandonando as fazendas, deixando de pagar o dízimo e os impostos republicanos. Até a Moeda, bandeira e hino nacional são desprezados pelos revoltosos. Governo republicano + Coronéis + Igreja unem-se contra Canudos. Campanha de difamação contra Canudos atinge os principais jornais da capital, associando Canudos ao retorno da monarquia. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Canudos (25.000 brasileiros) é prova de que o povo brasileiro luta por uma sociedade menos injusta. O conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. A exploração do coronéis, o descaso da República com os pobres, o poder de liderança de um religioso mostraram que: O governo precisa de políticas sociais mais justas O povo poderia criar suas saídas. Exército para matar as correntes antirrepublicanas Prof. Eduardo Gomes - GSNJ Imagem do canhão Withworth 32 usado na última expedição militar contra Canudos.

Fotografia e gravuras fornecidas pelo exército brasileiro (1897) Canudos após o massacre O arraial com 25.000 pessoas antes das invasões Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

No sertão da Bahia nasce uma cidade que tem a fé e o povo como suas razões para existir. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

O jornal Estado de São Paulo enviou um repórter que documentou Canudos, Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões” em 1902 Passeou, dentro da cidade, em 29 de setembro, como contou no penúltimo artigo para o jornal: "passeio perigosamente atraente, com os jagunços a dois passos apenas, nas casas contíguas". Anotou, no mesmo dia, na caderneta de bolso que trazia consigo: "Não posso definir a comoção ao entrar no arraial." Decepcionou-se com o aspecto daquela povoação estranha, cujas ruas eram substituídas por um "dédalo desesperador de becos estreitíssimos". As casas se acumulavam "em absoluta desordem", como se tudo aquilo tivesse sido construído "febrilmente — numa noite — por uma multidão de loucos!" Criticou a ausência de linha reta e de planejamento no traçado de Canudos. Assustou-se ainda com o interior miserável dos casebres escuros, sem ar e com pouca mobília (Cunha, 1975:69; 1939:107-9). Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

O jornal Estado de São Paulo enviou um repórter que documentou Canudos, Euclides da Cunha, autor de “Os Sertões” em 1902 Presenciou menos de três semanas de luta, ao todo 18 dias, de 16 de setembro até 3 de outubro. Retirou-se doente de Canudos na manhã de 3 de outubro, dois dias antes do fim da guerra, por causa de acessos de febre, provocados pelas condições da guerra, com pilhas de mortos e feridos, falta de alimento e noites de sono interrompidas por tiroteios. Não assistiu ao massacre dos prisioneiros, à queda final de Canudos, à exumação do cadáver do Conselheiro e à descoberta de seus manuscritos, ou ao incêndio da cidade com tochas de querosene, ocorridos nos últimos dias. Tais cenas, ausentes de suas reportagens, foram relatadas com poucos detalhes no livro de 1902 (Calasans, 1969). Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Antonio Conselheiro morto. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Batalhão de soldados do Pará que exterminou Canudos - 1897 Quatro tentativas... Três derrotas... Foram encontrados apenas quatro pessoas na cidade... A república brasileira odiava canudos pela forma como eles desprezavam o regime... Batalhão de soldados do Pará que exterminou Canudos - 1897 Povo no arraial. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Euclides da Cunha chegou em Canudos em 16 de setembro Euclides da Cunha chegou em Canudos em 16 de setembro. Era o final da luta cruel, assim ele escreve: Os poucos prisioneiros homens eram degolados, depois de se exigir deles, inutilmente, um "Viva a República". As águas do Vaza-Barris em pouco tempo eram uma lagoa de sangue. Pilhas de cadáveres serviam de trincheiras aos sertanejos. Os soldados incendiavam casas onde estavam velhos e crianças. E na mente do horrorizado Euclides crescia uma ideia: denunciar a barbárie e provar que Canudos não era um problema político, era uma questão social. “Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento (...) quando caíram seus últimos defensores, quando todos morreram. Eram apenas quatro: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. (...)” Uma luta desigual e vergonhosa, em que o exército brasileiro se cobriu de infâmia. O inimigo invencível afinal de contas não passava de gente sofrida das secas. Mulheres, velhos e crianças que resistiram até o fim, numa luta inglória. Negros e índios e mulatos que buscavam criar um espaço em que pudessem ser admitidos como integrantes da nação Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916) A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de1916. Região rica em erva-mate emadeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Guerra do Contestado (SC/PR 1912 – 1916) José Maria (líder). Causas: exploração de camponeses, concessão de terras e benefícios para empresas inglesas e americanas que provocaram a expulsão e marginalização de pequenos camponeses. Origem do nome: região contestada entre os estados de Santa Catarina e Paraná. Assim como Canudos, os participantes foram violentamente massacrados.

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Três motivos principais: a) disputa de fronteiras entre SC e PR Três motivos principais: a) disputa de fronteiras entre SC e PR. B) construção da ferrovia inglesa que desapropriou quilômetros de terras ao lado dos trilhos. C) revolta popular/elitista contra explorações (locais e nacionais) Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Santa Catarina e Paraná disputavam uma região fronteiriça. Por isso – Guerra do Contestado. Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

A estrada de Ferro fomentou o conflito... A companhia Brazil Railway Company, que recebeu do governo 15 km de cada lado da ferrovia, iniciou a desapropriação de 6.696 km² de terras (equivalentes a 276.694 alqueires) ocupadas já há muito tempo por posseiros que viviam na região entre o Paraná e Santa Catarina. O governo brasileiro declarou a área como devoluta, ou seja, como se ninguém ocupasse aquelas terras. "A área total assim obtida deveria ser escolhida e demarcada, sem levar em conta sesmarias nem posses, dentro de uma zona de trinta quilômetros, ou seja, quinze para cada lado". Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

Os posseiros, fazendeiros e ocupantes das terras entraram em conflito com o governo e a empresa...

Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

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Consequências do conflito 1 Consequências do conflito 1. Assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro. 2. Chegada de novas empresas na região. Construção da ferrovia. 3. milhares de colonos perdem suas terras. Alguns poucos mantem propriedades. 4. exploração dos ervais pelos aliados do governo.

Intenso fanatismo religioso entre os colonos... Em cinco anos, 10.000 casas foram queimadas e 20.000 pessoas foram mortas... Foi o primeiro conflito militar com uso de aviação no combate aos civis e militares. O líder religioso “João Maria” (duas pessoas usaram esse apelido) não causou o conflito, mas era uma figura mítica recorrentemente associada a um santo no imaginário popular... Intenso fanatismo religioso entre os colonos... Prof. Eduardo Gomes - GSNJ

“Não erreis: de Deus não se zomba, tudo aquilo que o homem plantar, isso também colherá!” Gal 6:7 Prof. Eduardo Gomes - GSNJ  A violência não consegue fazer a paz...  Faça da sua vida uma vida que merece ser vivida. Foi um privilégio, aula encerrada!