APELO DE OUTRA DIMENSÃO Espírito: CAAL Psicografia: Maria Nilceia Imagem: recebida em mensagem. Sem restrição de uso. Música - DVD Gotas de Crystal
Se pairamos no céu, nos braços do arco-íris, vemos abaixo, planícies adornadas de rios que luzem, aves voam até nós e solicitam: por favor, desçam, a fome salpica grandes regiões de manchas amarelas. Nação amada, fonte de poesias e melodias, estais maculada! Miragens cultivadas, promessas falhas, rumos malditos, valores esquecidos, embotados, carcaça à podridão atada, da amorosa divindade afastada... anulam-se os sentidos. A pobre criança caminha sob vossos olhares perdidos, abrigais sentimentos ofuscantes, deles faço menção, sois pelo ouro de falso brilho assaz iludidos, o tesouro que procurais é a vossa condenação.
Fazeis questão de diminuir quem pequeno é, dele retirais até o sujo e rasgado boné, onde se aninham alguns centavos que compram pão, do sofredor anulais a maior riqueza: o coração. Ó Juízes! Vosso saber vos confere autoridade! Que meus rogos não sejam vãos, fazei justiça, da nação abrigai piedade, julgueis com amor, o indefeso está em vossas mãos. Ofertai, por caridade, ofertai ao pobre a coroa, removei da vala aquele que morreu por justiça, o efeito da luta conferiu maturidade ao cidadão, que poderia ainda estar jogado na contramão.
Ó Grandes dos Palácios! Rendei préstimos ao brasileiro, à mãe que chora, desprovida de gotas de esperança. Comida, por favor, dignidade e comida, incontáveis não possuem força para enfrentar a lida. Percorri cavernas e labirintos noutra dimensão, vi o resultado do roubo, da corrupção, poderosos se debatendo imersos na lama, rogando, em desespero, ao Criador proteção. Evitai, por Deus, isso evitai para vós, fazei luz, contentai-vos com menos dinheiro, uma grande parte do que está em vosso bolso, é do pobre que dorme em espinheiro.
Todo luxo, ó amigos! Todo luxo é na verdade ostentação. Orientai vossas sagradas famílias, riqueza à custa do povo é atestado de condenação. Meus versos de agora ressurgem de outrora, quando na Terra poeta eu era, páginas escritas e lidas em real aurora, tanto de mim sobrou... felizmente ainda sou.