Instrumentos pérfuro-contundentes e meios físicos

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Transcrição da apresentação:

Instrumentos pérfuro-contundentes e meios físicos Aula 03

Balística Arma de fogo: Parte da traumatologia que cuida das perícias envolvendo armas de fogo, munições, ferimentos provocados pelos projéteis, trajetórias Arma de fogo: Peça constituída de 1 ou 2 canos, abertos numa extremidade, parcialmente fechados atrás. Projétil lançado devido força expansiva dos gases da combustão da pólvora

Balística Classificação das armas: Quanto às dimensões: Portáteis, semi-portáteis e não portáteis Quanto ao modo de carregar: Antecarga e retrocarga Quanto modo de percussão: Agem pela pederneira, por espoleta existente no ouvido, espoleta encontrada no estojo

Balística Quanto calibre: Armas raiadas: milímetros, centésimos de polegadas ou milésimos de polegadas Cano liso: em peso Raias Saliências na face interna do cano seguindo orientação curva Para garantir estabilidade ao projétil

Balística Munição: Estojo ou cápsula Espoleta Bucha Pólvora Projétil Múltiplos projéteis – “rosa de tiro”

Balísticas Expansiva Encamisadas ou jaquetadas Chumbo nú Tipos de munição: Expansiva Encamisadas ou jaquetadas Chumbo nú Semi-encamisadas Hidra-shock

Balística Calibres de interesse médico-legal .22 (5,6 mm), .25 (6,35mm), .32 (7,62mm), .38 (8,9mm), .40 (10mm), .44 (10,8mm), .45 (11,25mm), AR-15, AK-47, 9mm lunger

Balística Identificação da arma Direta: Indireta: Feita na própria arma Indireta: Estudo comparativo das características deixadas pela arma na munição Nas armas lisas – estojo e espoletas Nas armas raiadas – na munição - cheios e raias - estrias

Balística Deformações da base do estojo ou cápsula Importância: Oriundas do percutor ou das irregularidades da superfície da culatatra Importância: Casos em que o projétil não é encontrado Muito deformado Armas lisas Armas automáticas ou semi-automáticas com canos removíveis Exame microcomparativo de estojos

Balística Microdeformações: Equipamentos necessários: Não se reproduzem jamais Normais, periódicas e acidentais Equipamentos necessários: Macrocomparação, microcomparação, projétil padrão, projétil questionado Análises das coincidências

Balística Considerações: Resíduos de tiro – radizonato de sódio, absorção atômica e microscópico de varredura eletrônica Excluída técnica da parafina Resíduos provenientes de tiro – não serve como diagnóstico diferencial entre suicídio e homicídio Determinação da distância do tiro – serve para orientação

Instrumentos pérfuro-contundentes Ferimento de entrada Tiro de encosto: Forma Com planos ósseos subjacentes: Câmara de Mina de Hoffman Sinal de Benassi Sinal de Werkgaetner

Instrumentos pérfuro-contundentes Tiro de encosto: Diâmetro da lesão Sinal de Schusskanol

Instrumentos pérfuro-contundentes Tiros a curta distância: (até 10 cm queima-roupa e 10 – 50cm curta distância) Forma Orla de escoriação Bordos invertidos Halo de enxugo Halo de tatuagem Orla de esfumaçamento Zona de Queimadura Aréola Equimótica Zona de compressão de gases

Instrumentos pérfuro-contundentes Tiros a distância: (média distância 50 até 6-0 ou 70 cm, longa 60-70 cm) Sem efeitos secundários do tiro Diâmetro da ferida Forma Zona de escoriação Halo hemorrágico visceral de Bonnet Enxugo Aréola equimótica Bordos invertidos

Instrumentos pérfuro-contundentes Diferencial de entrada e saída em ossos Sinal do Funil de Bonnet Na entrada: Lâmina externa arredondada, regular Lâmina interna irregular, maior e bisel bem definido Na saída Lâmina interna regular Lâmina externa amplo bisel Ferimento em buraco de fechadura

Instrumentos pérfuro-contundentes Situações: Ferimento único de entrada por vários projéteis Vários ferimentos de entrada por um projétil

Instrumentos pérfuro-contundentes Ferimento de saída Forma Diâmetro Bordos evertidos Maior sangramento Sem orla de escoriação Sem halo de enxugo Ausência de elementos químicos

Instrumentos pérfuro-contundentes Trajeto Trajetória Fenômeno da bala giratória Luz do canal – sangue coagulado Nunca retirar o projétil com instrumental metálico

Instrumentos pérfuro-contundentes Lesões produzidas por projéteis múltiplos Curta distância A distância

Instrumentos pérfuro-contundentes Lesões produzidas por projéteis deformados Entrada: Forma Ausência de orla de escoriação Dimensões

Instrumentos pérfuro-contundentes Diagnóstico de feridas ciratrizadas Pesquisa de microvestígios orgânicos nos projéteis Comprovar contato com humano ou animal Afirmar se atingiram determinado órgão Vínculos entre projétil e vítima

Instrumentos pérfuro-contundentes Lesões por projéteis de alta energia Modificações de velocidade inicial, aceleração e deslocamento Entrada Forma Diâmetro Orla de escoriação Saída

Instrumentos pérfuro-contundentes Lembrar: Armas com compensadores de recuo – alteração do formato dos tiros de encosto Exames de resíduos de tiros nas armas de fogo, vestes - técnicas radizonato de sódio, absorção atômica, microscópio eletrônico de varredura, exclui-se prova da parafina Presença ou ausência de resíduos nas mãos do suspeito não serve para diagnóstico de suicídio ou homicídio

Energias de Ordem Física Modalidade capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado pode surgir ofensa corporal

Energias de Ordem Física Temperatura Frio: Natureza jurídica: acidente, mais frequente Ação generalizada Ação localizada Geladuras Pé de trincheira

Energias de Ordem Física Classificação 1º grau: palidez ou rubefação 2º grau: eritema e flictenas 3º grau: necrose de tecidos moles com crostas enegrecidas

Energias de Ordem Física Calor Forma difusa Insolação: Calor ambiental em locais abertos Energia solar – limites suportáveis Intermação: Calor ambiental em ambientes fechados Energia térmica muito acima do suportável

Energias de Ordem Física Calor direto Queimaduras Chamas, sólidos muito quentes, líquidos escaldantes, raios solares Principalmente acidental Classificação: 1º grau: eritema, vasodilatação, edema 2º grau: eritema e bolhas ou flictenas, muito dolorosas, ferida apergaminhada 3º grau: coagulação necrótica, até planos musculares, indolor 4º grau: carbonização do plano ósseo

Energias de Ordem Física Perícia Identificação Estabelecer se morreu durante incêndio ou se já estava morto Temperaturas oscilantes

Energias de Ordem Física Pressão atmosférica Diminuição (menor que 1 atm) - hipobarismo Mal das montanhas Acidental Aumento (maior que 1 atm) - hiperbarismo Mergulhadores, trabalhadores em escavações subterrâneas Compressão e descompressão

Energias de Ordem Física Eletricidade Natural Letal – fulminação Lesões corporais – fulguração Lesões externas de aspecto arboriforme – sinal de Lichtenberg Podem surgir queimaduras, fraturas, hemorragias musculares, ruturas viscerais

Energias de Ordem Física Artificial Acidental principalmente Eletroplessão: qualquer efeito proporcionado pela eletricidade industrial, com ou sem êxito letal Eletrocussão Marca de elétrica de Jellineck Pelos

Energias de Ordem Física Alta tensão Marca elétrica e queimaduras Metalização Determinada pelo efeito Jaule

Energias de Ordem Física Necrópsia Raio: Objetos metálicos da pele imantados Sempre sinais de asfixia Surdez, cegueira Corrente elétrica Morte cardíaca Morte pulmonar Morte cerebral Acidentes de trabalho Tortura – semelhantes a Jellineck

Energias de Ordem Física Radioatividade Lesões locais – radiodermites Lesões gerais – órgãos profundos (gônadas) Radiodermites agudas: 1º grau: temporárias, formas depilatória e eritematosa 2º grau: Forma pápulo-eritematosa – úlceras muito dolorosa e recoberta por crosta 3º grau: Forma ulcerosa – com zonas de necrose – úlceras de Roentgen

Energias de Ordem Física Luz Tortura Danos irreversíveis a estrutura óptica Raio laser Mais vulnerável córnea e cristalino

Energias de Ordem Física Som Ruído: Fenômeno físico vibratório, audível, de características indefinidas, freqüência desarmônica Barulho Perda auditiva temporária Perda auditiva permanente 85 dB 40 horas semanais sem proteção adequada