UNIVERSO SOB ENCOMENDA
Certo dia, alguém me pediu Pra fazer um poema sobre o universo E confesso a vocês Que na hora, me faltou o verso
Pensei, pensei, Esquentei a cabeça Resolvi escrever Antes que me esqueça
O universo, meus senhores, O universo, meus senhores, Diz o cientista, “É algo tão grande, tão imenso, Que não se alcança com a vista!”
Nesse pano preto que nos cobre Há mistérios a desvendar Sabemos que há muitas constelações E o nosso sistema é o Solar.
Hoje sabemos que o Sol É o centro desse Sistema, Hoje sabemos que o Sol É o centro desse Sistema, Mas houve muita confusão Até se resolver esse dilema.
No início dos tempos se pensava Que a Terra era o centro de tudo Ptolomeu afirmou Ninguém retrucou
Até que um tal Copérnico Resolveu a história mudar E afirmava meus senhores, Que a Terra é que saía a girar
Não bastasse essa mudança, Um tal Galileu Galilei declarou, com confiança, Que a Terra, nada mais era Que um grão de poeira no meio dessa dança.
E por conta dessa ideia A Igreja, que em tudo mandava, Decidiu que ele tudo devia esquecer, Pois se não o fizesse, Na fogueira iria morrer.
Mas o homem, bicho curioso, Insistiu em continuar Mas o homem, bicho curioso, Insistiu em continuar. E ainda hoje insiste Em o universo desvendar.
Nos livros eu já li Que o universo é composto por astros Dizem que há uns tão pequeninos Que não dão nem pro gasto.
Há também muitas formas De aprender quantos e quais são Na escola ensinaram que eram nove Agora, dizem que não. Desclassificaram Plutão.
Mercúrio, também chamado Hermes É pequenino, Mercúrio, também chamado Hermes É pequenino, Mas é ele quem rege Dos comerciantes, o tino.
Vênus rege os apaixonados Vaidoso, não tem luas É o primeiro a aparecer Logo quando começa a anoitecer
A Terra, nossa conhecida Tem como companheira uma Lua Tem plantas, animais E o homem, que nunca se satisfaz.
O próximo planeta é vermelho Deram-lhe o nome de Marte Dizem os antigos que rege a guerra Que para alguns é uma arte.
Júpiter é chamado Zeus Poder e sucesso a ele estão ligados Assim como dezesseis satélites, Até agora, observados.
Saturno rege os tímidos Saturno rege os tímidos. Vaidoso com seus anéis sem fim Foi por seu filho Júpiter vencido E trancado na torre de marfim.
Urano, longe do Sol Possui anéis e satélites Tem preguiça de girar Mas não dispensa aos fortes comandar
Netuno, Poseidon, Deus dos mares, das profundezas, Foi descoberto pela matemática Que confirmou sua beleza.
Plutão, que azarado! É o deus dos infernos, na mitologia, Mas de tão distante do Sol, é gelado. Coitado, que ironia!
Ainda dizem os cientistas, Que não param de procurar, “Muitos outros planetas Ainda poderemos encontrar.”
Nessa valsa espacial Para atender nosso intento, Coisas boas e coisas más Fazem parte do descobrimento.
Espero ter atendido Ao precioso pedido Sei que há muito por falar, Mas peço licença pra desabafar:
O certo, meus senhores, É que tudo isso que sabemos De nada vai adiantar Se de nosso planeta não soubermos cuidar.
Qual o valor da ciência se não soubermos cuidar?
Tudo vira poeira e ninguém vai sobrar Pra nossa história contar.
A VIDA AGRADECE! PARA NETO QUE ME DESAFIOU Texto e criação: Regina Roppa Evilasio 2009 Imagens retiradas da internet ( www.Google.com.br)