Coesão.

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Transcrição da apresentação:

Coesão

Comecemos pela intuição Comecemos pela intuição. Entendemos como coeso tudo aquilo que seja bem estruturado e, por isso, resistente (em alguma medida) a algum tipo de abalo. Um castelo de cartas é menos coeso do que um castelo feito com palitos colados. Nesse caso, a cola é o elemento que propicia maior coesão entre as partes, criando uma estrutura que resiste ao vento ou à movimentação. Decorre disso que o castelo de palitos poderá ser apreciado por muitos como uma bela réplica de um castelo, enquanto que o castelo de cartas poderá, num momento, ser apreciado como uma réplica e, logo em seguida, ser visto apenas como um amontoado de cartas.

Da mesma forma ocorre com um texto Da mesma forma ocorre com um texto. Textos que utilizam elementos coesivos são percebidos como um todo, não correndo o risco de serem percebidos apenas como um amontoado de frases. Mas o que são os elementos coesivos da linguagem verbal, qual é a sua cola? A linguagem verbal apresenta dois tipos de coesão: coesão referencial e coesão sequencial.

Coesão Referencial Quando falamos ou escrevemos, alguns dos objetos ou conceitos que referimos reaparecem na seqüência de nosso discurso. Observa o exemplo abaixo. "Eu estava indo comprar algumas coisas no mercado ontem à tarde e vi a Sônia saindo da casa do Artur. Estranhei que ela o estivesse visitando naquele horário, porque os dois trabalham justamente nesse turno. Gostaria de saber o que aqueles traidores estão tramando; tenho notado que eles andam muito estranhos nos últimos tempos."

É um exemplo corriqueiro, sem maiores complicações, mas que apresenta muitos elementos de coesão referencial. Sem esses elementos o texto ficaria assim.   "Eu estava indo comprar algumas coisas no mercado ontem à tarde e vi a Sônia saindo da casa do Artur. Estranhar que a Sônia estivesse visitando o Artur ontem à tarde, porque a Sônia e o Artur trabalham justamente no turno da tarde. Gostaria de saber o que a Sônia e o Artur, traidores, estão tramando; tenho notado que a Sônia e o Artur andam muito estranhos nos últimos tempos."

Ocorre que, no primeiro exemplo, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos (acompanhando adjetivos ou substantivos (naquele horário, aqueles traidores)), numerais (os dois) e concordância verbal servem para recuperar o significado de certas expressões já utilizadas. Isso torna o texto mais leve, menos monótono. Esses elementos são coesivos, porque permitem a recuperação de informação já veiculada sem a necessidade da repetição cansativa de expressões.

Coesão referencial – retomadas Pronomes (pessoais, demonstrativos, relativos e possessivos de 3ª pessoa) Ex. : O João chegou. Ele trouxe um presente. (pronome pessoal)   O Presidente encontrou-se com o líder dos trabalhadores. Enquanto este fazia suas reivindicações, aquele explicava os limites do governo. (pronome demonstrativo)

Os representantes dos trabalhadores faziam manifestações ruidosas na porta da fábrica. Enquanto isso, a diretoria se reunia para tentar uma saída definitiva para o impasse. (pronomes demonstrativos) Encontrei um colega que ganhou na loteria. (pronome relativo) Preciso dizer ao João que o seu carro está com um problema. (pronome possessivo de 3ª pessoa)

Numerais ordinais, cardinais e fracionários   Ex.: O diretor do filme brigou com o ator principal. Enquanto o primeiro exigia uma interpretação intimista, o segundo conferia à personagem um ar displicente. (Numeral ordinal) Pedro, Antônio e Carlos disputam a primeira posição no torneio. Os três têm condições de ganhar. (numeral cardinal) Os competidores estavam nervosos. Um terço deixou a prova em algum momento para ir ao banheiro. (numeral fracionário)

Advérbios pronominais (aqui, lá, aí, ali) Ex.: Eu não vou morar no Canadá porque lá faz muito frio.   Elipse Ex.: O aluno chegou atrasado. Depois,  quis receber presença. Embora os juízes de futebol precisem conviver freqüentemente com ofensas desagradáveis,  abraçam a atividade com orgulho, já que  são os elementos garantidores da ordem e da justiça em campo.

Repetição de expressão (com ou sem modificador demonstrativo) ou parte dela  Ex.: Um morador da rua Silveiro encontrou ontem um cachorro de raça perdido. O morador saiu perguntando aos vizinhos se alguém conhecia o dono. Um morador da rua Silveiro encontrou ontem um cachorro de raça perdido. Esse morador saiu perguntando aos vizinhos se alguém conhecia o dono.

Palavras ou expressões sinônimas   Ex.: Os deputados dizem que aprovaram a reforma da previdência para o bem da nação. Os representantes do povo na Câmara, contudo, não pensaram no bem das pessoas que fazem parte da nação. Entre todos, destacava-se um homem velho e sábio. O ancião dava conselhos úteis a todos. Nunca o lucro dos bancos foi tão grande quanto o obtido no período da crise asiática. Acontece que as altas taxas de juros praticadas naquela época elevaram o ganho das instituições financeiras de forma quase indecente.

Termos superordenados (hiperônimos).   Ex.: Dei uma rosa à Maria. A flor deixou-a comovida. A menina está de cama desde que seu gatinho sumiu. Ninguém poderia imaginar que o bichinho fosse tão importante para ela.

Epítetos e expressões qualificativas   Ex.: Encontrei o meu marido com outra. O canalha nem ficou envergonhado. Freud sempre se preocupou em investigar a natureza humana. O inventor da Psicanálise era fascinado pela busca de explicações sobre o homem. Shakespeare escreveu suas peças pensando em um público local. Mesmo assim, o gênio impressionou com seu talento o público mundial. Machado de Assis tem uma obra extensa. O mais bem humorado escritor brasileiro era dono de uma invejável capacidade produtiva.

Associação Ex.: O João comprou um carro e só depois descobriu que o motor tinha um problema.   Termo síntese Ex.: Os funcionários saíram gritando nas ruas, quebraram vidraças e queimaram um boneco do Presidente. A bagunça durou mais de duas horas.

Nominalização Ex.: Encontrei uma ex-namorada no ônibus. O encontro foi um pouco constrangedor. Metonímia Ex.: Daiane dos Santos ostentava sua medalha do alto do carro aberto em que desfilava. A multidão a aplaudia e admirava o ouro que empunhava com orgulho.

Emprego dos pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode-se dar em termos de espaço, tempo ou discurso. Vamos abordar aqui as situações em que o uso de demonstrativos é produtivo ou problemático para o falante, recomendando o uso dominante entre os falantes cultos.

1. Este, esse, aquele e suas flexões      Utilizamos estas pró-formas para localizar os nomes no tempo, no espaço e no próprio texto: No espaço:   Vale para o uso dos demonstrativos a relação com as pessoas do discurso: este para próximo de quem fala (eu); esse para próximo de quem ouve(tu); aquele para distante dos dois (ele).

Exemplos: Este documento que eu estou entregando apresenta a síntese do projeto. Se tu não estás utilizando essa régua, podes me emprestar por alguns minutos? Vês aquele relatório sobre a mesa do Dr. Silva? É o documento a que me referi.

     Em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambigüidade. Exemplos: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária). Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem).

No tempo:   Este e suas flexões referem-se ao tempo presente ou futuro. Exemplos: Nestas próximas semanas, estarão ocorrendo as inscrições para o concurso vestibular. No final desta semana, o Diretor de nossa Unidade irá a São Paulo. Este ano de 2011 está sendo marcado pela violência no Oriente Médio.

Esse e suas flexões referem-se a tempo recentemente decorrido. Exemplo: Ninguém esquecerá os acontecimentos desse trágico 21 de setembro.       Aquele e suas flexões referem-se a um passado mais distante. Exemplo: Falávamos daquele período em que as mulheres obtiveram o direito ao voto.      Evidentemente, não há limites precisos para o uso de esse e aquele, sendo a última palavra sempre determinada pela adequação ao contexto.

No discurso:      Quando bem utilizados, os demonstrativos são eficientes elementos de coesão entre o que se está falando e o que já se disse ou irá dizer adiante. Deve-se utilizar este e suas flexões em dois casos: para adiantar o que se vai dizer ou para remeter a algo recém dito, quando esse já-dito comportar mais de uma retomada. Exemplos: Nosso povo sofre com muitos problemas, dentre os quais estes: miséria, fome e ignorância. Admiração, respeito, amizade? Talvez, pensava ela, este (último) seja o mais importante e perene dos sentimentos.

Outra situação importante ocorre quando queremos retomar por demonstrativos mais de um elemento já mencionado. Exemplo: O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso; este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão.

     Quando se quer retomar apenas dois elementos, elimina-se a forma intermediária esse. Exemplo: As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque àquelas se dão oportunidades que se negam a estes.

1. Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos Este: indica o que se referiu por último. Esse: se refere ao penúltimo. Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

2. Emprego de este e aquele em relação a dois termos citados anteriormente Este: indica o que se referiu por último. Aquele: indica o que se referiu em primeiro lugar.