Encontros com Jesus “O caso da mulher pecadora” Lc 7: 36 - 50 Pr. Leandro Seawright Alonso OPBB-SP 2 726 Sermão tipo: expositivo

INTRODUÇÃO Encontros podem promover modificações significativas. Encontro com Jesus nos evangelhos sinóticos No evangelho de Lucas Jesus dedicou especial atenção às classes marginalizadas – gentios (Lc 2: 32), pastores (Lc 2: 8-20), pobres (Lc 6:20-23), samaritanos (Lc 10:30- 36), cobradores de impostos (Lc 15:1), pecadores, leprosos (Lc 17: 11-17), mulheres marginalizadas, viúvas abandonadas [...]; Invariavelmente, os encontros são choques/confrontos – pessoais ou conceituais No escopo deste sermão estão os encontros de um fariseu e uma mulher pecadora com Jesus Cristo

CARACTERÍSTICAS DE ENCONTROS “Quais são as motivações?” TEMPO “Quando?” PESSOAS “Quem?” ESPAÇO “Onde?”

Portanto, “Jesus Cristo vai ao nosso encontro, ou nós vamos ao Seu encontro, para sermos transformados conforme nossos posicionamentos” Afirmação teológica

DESTACO NESTA NOITE DOIS ENCONTROS COM JESUS CRISTO NUMA MESMA OCASIÃO, MAS COM POSICIONAMENTOS DIFERENTES:

1º Posicionamento contrastante 1.1. O ilustre convidado, Jesus Cristo, foi ao encontro do fariseu. Por ser anfitrião, o fariseu certamente se colocou próximo ao lugar de Jesus na mesa; 1.2. Jesus disse: “Entrei na sua casa, e não me deste água para os pés” (importância do “lava pés” na sociedade judaica); 1.3. A menor entre todos, sentou-se contrita aos pés de Jesus e, ao chorar, lavava-lhe os pés; 1.4. Jesus disse: “mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos enxugou com os seus cabelos” 1.5. Neste exemplo, da mulher, Jesus Cristo mostra a INTENSIDADE DO ENCONTRO 1.6. Os encontros com Jesus devem transformar nossas vidas, mas precisamos de boas motivações para que isso aconteça. (frase de transição)

DIFERENÇAS NO PRIMEIRO POSICIONAMENTO Fariseu Mulher pecadora Encontrou-se com Jesus procurando compreendê-lo por meio da religião oficial (institucional) Encontrou-se com Jesus procurando experimentá-lo, vivenciá-lo, por meio da intimidade com Ele Não deu água para os pés de Jesus. Por isso, considerava-se mais digno e bem conceituado Chorou sobre os pés de Jesus, enxugando-os com os próprios cabelos – considerando-se indigna e menor(serva) Manteve-se no “status quo” da religião Superou a vergonha pública da indignidade Seu encontro com Jesus foi meramente religioso e investigativo Seu encontro com Jesus foi contrito, pessoal, relacional, existencial e, sobretudo, intenso

2º Posicionamento contrastante 2.1. O fariseu se manteve em posição analítica, procurando conclusões sobre a identidade de Jesus Cristo; 2.2. Jesus disse: “Não me deste ósculo” (importância do ósculo na sociedade judaica); 2.3. A mulher pecadora, no entanto, envolveu-se com Jesus de forma afetiva por demonstrações de amor, humildade e serviço “aos pés do Senhor”; 2.4. Jesus disse: “mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés” 2.5. Neste exemplo, da mulher, Jesus Cristo mostra a DURAÇÃO DO ENCONTRO COM JESUS 2.6. Os encontros com Jesus devem transformar nossas vidas, mas precisamos de boas motivações para que isso aconteça. (frase de transição)

DIFERENÇAS NO SEGUNDO POSICIONAMENTO Fariseu Mulher pecadora Encontrou-se com Jesus, sem afetividade necessária, sem envolvimento pessoal, sem cuidado pessoal Encontrou-se com Jesus com a devida afetividade e reconhecimento. Beijou-lhe os pés, em sinal de humilhação e cuidado Se dar ósculos, para um judeu significava reconhecimento, o fariseu se considerava muito acima do Senhor Se prostrar-se aos pés, para um judeu, era sinal de contrição e humilhação, beijá-los significava reconhecer o próprio estado de inferioridade O fariseu sequer beijou a face de Jesus A mulher indigna beijou os pés de Jesus Tratou Jesus de maneira formal, religiosa, ortodoxa, procurando questionar sua identidade Tratou Jesus não somente com intensidade, mas duração – “desde que entrou”

3º Posicionamento contrastante 3.1. Jesus pôde perceber o fariseu falando consigo mesmo e contou-lhe uma parábola sobre o perdão – Lc 7: 40 – 43; 3.2. Jesus disse: “Não me ungiste minha cabeça com óleo” – em semelhança com o que se fazia aos reis, profetas e sacerdotes (importância da unção no judaísmo); 3.3. A mulher amava muito mais a Jesus por causa do imensurável perdão recebido; 3.4. Jesus disse: “mas esta ungiu-me os pés com ungüento” – dedicou à Jesus um vaso de alabastro (perfume caro). 3.5. Neste exemplo, da mulher, Jesus Cristo mostra O VALOR DO ENCONTRO 3.6. Os encontros com Jesus devem transformar nossas vidas, mas precisamos de boas motivações para que isso aconteça. (frase de transição)

DIFERENÇAS NO SEGUNDO POSICIONAMENTO Fariseu Mulher pecadora Encontrou-se com Jesus para analisá-lo sob o crivo de um padrão institucional religioso Encontrou-se com Jesus para dedicar seu amor pessoal, experiencial, sem os paradigmas institucionais/farisaicos Quis fazer do jantar um teste, com predisposição de provar a inautenticidade do ministério de Jesus Quis fazer do jantar uma oportunidade, com predisposição de provar do ministério autêntico de Jesus O fariseu nem ao menos ungiu a cabeça de Jesus, reconhecendo seu ministério profético, sacerdotal e real A mulher pecadora jorrou ungüento caro e precioso nos pés de Jesus como forma de reconhecimento Não amou Jesus porque não se sentia perdoado. Amou a estrutura religiosa Amou a Jesus porque reconheceu seu estado pecaminoso. Foi salva e transformada

CONSIDERAÇÕES FINAIS Breve recapitulação Aplicações gerais Quando Jesus vai ao seu encontro, ou quando você vai ao encontro dEle, qual é o seu posicionamento? Tempo, pessoas, espaços marcam um encontro. Se você se encontrar com Jesus diariamente todo seu tempo e espaço vai ser transformado juntamente com você.