Projeto Interdisciplinar EMEF Nany Benute 4º Ano
Com a chegada dos portugueses ao Brasil, chamada de Terra de Santa Cruz pelos portugueses e denominada Pindorama pelos povos indígenas que aqui viviam em 1500, ocorreu a ocupação do litoral e a divisão de seu território chamada de “Capitânias Hereditárias”.
Divisão das Capitânias Hereditárias
O desejo de encontrar ouro e pedras preciosas fez com que os portugueses organizassem expedições de exploração que foram chamadas de “Bandeiras” e seus participantes eram conhecidos como “Bandeirantes”.
Bandeirantes
“Anhanguera” e Borba Gato
Esses homens (portugueses) não conheciam os caminhos e as trilhas que pudessem levá-los à atravessar a Serra do Mar , divisão natural/geográfica que separa o litoral do planalto; foram os indígenas que ensinaram aos portugueses esses caminhos, que permitiu assim, a ocupação desta região e posteriormente a ocupação de todo território que compõe nosso país.
Mapa da Capitânia de S. Vicente 1640
Capitânia de S. Vicente
Expedições dos Bandeirantes
No entanto o contato e convívio entre portugueses e indígenas nem sempre era pacífico, pois os portugueses consideravam os indígenas homens inferiores que deveriam de ser obrigados a trabalhar para eles e para isso capturavam e escravizavam homens, mulheres e crianças indígenas.
Foram os jesuítas, padres que vieram junto nas caravelas portuguesas, os interventores entre portugueses e indígenas, pois através da intenção de catequização os padres conseguiram livrar os indígenas de tornarem-se escravos. Os padres jesuítas construíram, então, aldeias de catequese onde ensinavam as escrituras bíblicas e palavras da língua portuguesa e assim passaram a conhecer muitas palavras indígenas que fazem parte de nossa língua.
Catequização dos indígenas
Pe Manoel da Nóbrega e Pe José de Anchieta
Os indígenas chamavam os portugueses de Kaiãçaras e kaiãpiras.
“Mestiço” A. Echouth e “Caipira picando fumo”
Os jesuítas passaram a buscar, então, um lugar seguro onde pudessem desenvolver seu projeto de catequização. Foi no Planalto de Piratininga que em 1553 os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta começaram a construir seu projeto: um colégio jesuíta as margens dos rios Tamanduateí e Anhangabaú que abrigasse os indígenas e os futuros missionários.
“Cabana de Índio”
No dia 25 de janeiro de 1554 celebraram uma missa para agradecer a fundação do colégio e a partir de então começaram a construção das primeiras casas de taipa que deram origem ao Povoado de São Paulo de Piratininga.
Páteo do Colégio século XVII
Páteo do Colégio século XVIII
Páteo do Colégio 2015
Primeiras construções do Povoado de S. Paulo de Piratininga séc. XVI
Seis anos mais tarde, em 1560 o povoado transforma-se em Vila de São Paulo de Piratininga, que torna a ser lugar de passagem de tropas de soldados portugueses, comerciantes e bandeirantes vindos do litoral .
Acampamento de tropeiros
Essa situação manteve-se por longos anos limitando a expansão da Vila de S. Paulo à construção dos Convento de São Francisco, Convento de São bento e Convento do Carmo que hoje encontram-se no chamado “Centro Velho” de São Paulo.
Igreja do Carmo
Mosteiro de S. Bento 1860 e Igreja de São Francisco
Foi apenas no século XVIII, em 1711 que São Paulo foi elevado a categoria de Cidade: ocorreu a ampliação de novas ruas que abrigavam áreas de comércio, bancos e outras atividades econômicas.
“Paço Municipal”
“Várzea do Carmo”
Viaduto do Chá
Já no século XIX, em 1800, a Cidade passava abrigar estudantes vindos em busca da Academia de Direito do Largo de São Francisco que permitiu um grande desenvolvimento cultural e intelectual por meio da inauguração de jornais e a impressão de livros.
Faculdade de Direito L de S. Francisco
Faculdade de Direito L de S. Francisco
Av. Paulista 1890
A. Paulista 1891
A construção da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí em 1867, que atravessava a cidade levando o café produzido no interior paulista, também contribuiu para o desenvolvimento da população: em 1895 a Cidade de S. Paulo possuía 130 mil habitantes; 5 anos depois, em 1900 esse número passou para 240 mil.
Estrada de Ferro Santos-Jundiaí
Viaduto do Chá 1827
Estação da Luz 1867
Estação da Luz
Isso aconteceu por conta da vinda da imigração de grupos de europeus e asiáticos formados principalmente por italianos, espanhóis, libaneses e japoneses que vinham para o Brasil em busca de novas oportunidades ou fugidos das guerras em seus países e chegavam até São Paulo pela ferrovia.
Estrada de Ferro 1834
“Hospedaria do Imigrante” 1910
Com o aumento repentino da população houve a necessidade de melhorias na infra-estrutura: construção de reservatórios de água, linhas de bonde, iluminação de ruas, viadutos.
Rua XV de Novembro em 1900
Construção trilhos de bondes 1900 e 1920
Av. Paulista e Parque Trianon 1900
Pontes dos Rios Tietê e Pinheiros 1900
Vale do Anhangabaú 1900
Av. São João 1900
Foi também neste período que surgiram as primeiras fábricas e indústrias na Cidade, geralmente próximas a linha de trem, e assim ocorreu a formação e ocupação de novos bairros denominados “bairros operários”, como a Lapa, Barra Funda e Brás.
Estrada de Ferro nos Bairros Operários Lapa 1915
Bairros Operários – Brás 1920
Bairros Operários 1915 Barra Funda e Brás
Com todo o desenvolvimento da economia e o lucro gerado pela indústria e exportação de café a Cidade de São Paulo ganhou um Plano Urbanístico desenvolvimento pelo arquiteto Ramos de Azevedo em 1911 inaugurava-se o Teatro Municipal.
Teatro Municipal
Teatro Municipal Década 1910
Teatro Municipal 2015
Nas décadas seguintes, de 1920 e 1930, São Paulo possuía 580 mil habitantes e era considerada a “Locomotiva do Brasil”. Foi aqui na Cidade que ocorreram movimentos culturais com a Semana de Arte Moderna de 1922, e movimentos políticos como a Revolução Constitucionalista de 1932 que questionava a autoridade do governo federal na direção da política paulista.
Modernistas 1922
“Abaporu” e “Operários”
Revolução Constitucionalista de 1932
Mobilização população 1932
Em 1934 foi inaugurada a Universidade de São Paulo (USP) maior faculdade do Brasil e entre as melhores da América Latina. Neste ano também foi inaugurado o 1º arranha-céu de São Paulo, o Edifício Martinelli com 26 andares!!!
Primeiro Prédio da USP em 1934
Edifício Martinelli em 1927 e 1933
Edifício Martinelli 2015
Nas décadas seguintes, entre 1940 e 1950, a Cidade de S Nas décadas seguintes, entre 1940 e 1950, a Cidade de S. Paulo passou por um processo de aceleração no desenvolvimento das indústrias (principalmente automóveis) que provocou um aumento da população e a ampliação de novas construções como o Mercado Municipal, o Estádio Municipal, e também áreas chamadas de periferia (longe do centro da cidade).
Inauguração do Estádio do Pacaembu 1941
Estádio do Pacaembu na Copa do Mundo 1950
Mercado Municipal 1950
J.K na fábrica da Volkswagen em 1953
Desenvolvimento econômico 1950
Edifício Copan 1950
Edifício Copan
Favela em 1950
No centenário da Cidade, em 1954 foi inaugurado o Parque Ibirapuera No centenário da Cidade, em 1954 foi inaugurado o Parque Ibirapuera. Nas décadas seguintes, entre 1960 e 1970, a cidade de São Paulo viu chegar nova onda de migrantes, vindos principalmente da região nordeste do Brasil fugidos da seca e da fome; essa população foi trabalhar principalmente na construção civil.
Parque Ibirapuera 1954
Parque Ibirapuera 2015
Migrantes em 1965 vindos da Bahia
Migrantes vindos do Ceará
Primeiros testes do Metro em 1969
Entre 1961 e 1985 o Brasil sofreu um golpe militar e instituiu-se a Ditadura: os direitos políticos de voto e manifestação popular entre outros direitos foram cancelados. As pessoas, então passaram a manifestar seu descontentamento por meio de passeatas e protestos. São Paulo foi palco da maior manifestação popular daquele período conhecido como Diretas Já.
Manifestação contra a Ditadura em 1977
Diretas Já 1984
Na década de 1990 a população jovem saiu as ruas da Cidade para novamente manifestar-se contra os desmandos do governo federal: eram os “Caras Pintadas”.
Caras Pintadas 1992
Em 2004 São Paulo comemorou 500 anos. Hoje, em 2015, somos 16 milhões de pessoas vivendo na 5º maior cidade do Mundo e novos desafios e conquistas fazem parte de nossa História.
São Paulo “Terra da Garoa” “Selva de Pedra”