Esquemas-síntese do poema «Eu cantei já, e agora vou chorando»
Soneto: duas quadras e dois tercetos; decassílabo. Análise feita pelo sujeito poético ao que foi a sua vivência: soneto autorreferencial (análise do seu percurso de vida) Oposição temporal Passado Presente O canto O choro
«agora vou chorando» (v.1) Passado Presente «eu cantei já» (v.1) «agora vou chorando» (v.1) O sujeito poético cantava cheio de esperanças no futuro O seu presente é triste, pois percebe que os seus sonhos foram apenas ilusões «no canto já passado» (v.3) «se estavam minhas lágrimas criando» (v.4) Anúncio no passado de uma situação vivenciada no presente
Idealização do passado por parte do sujeito poético: o sofrimento presente como forma de conceber um passado perfeito. O eu lírico não sabe se foi realmente feliz: passado alegre referenciado = irreal, ilusório O eu lírico não sabe se teria motivos para cantar, para celebrar «o passado, por ledo, estou julgando» (v. 8) «— Quando? / — Não sei […]» (vv. 5 e 6) Memória — ilusão, fantasia
Confiança, segurança (v. 10) «manhosamente» (v. 9) Motivos para cantar Nome Oposição Advérbio Conjunção adversativa «mas já era o som dos ferros» (v. 11) Metáfora para sofrimento (prisão?)
Responsável central pelo sofrimento do sujeito poético: Realçam a mentira que existe no mundo Realçam a ilusão que rodeia o eu lírico Interrogações retóricas Culpa? O destino é o responsável pelo seu infortúnio As suas esperanças são menos responsáveis do que o destino tirano Conclusão «a Fortuna injusta é mais que os erros» (v. 14) O sujeito poético não é responsável pelo seu sofrimento: é vítima da Fortuna arbitrária