Algumas Características do Homem contemporâneo Antropologia

Algumas Características do Homem contemporâneo Alguém sem biografia. Sem identidade, Sem cultura, Sem família, Sem raízes, Sem relacionamentos firmes, Perdidos no anonimato, Massificado, Sem referencias, Desnorteado, Alienado, Facilmente manipulado, Escravo da mídia e da propaganda, Solitário, Competidor.

Narcisista. Alguém que passa todo o tempo da sua vida girando em volta do próprio umbigo. Não tem ideias e nem utopias. Para este tipo de homem já não há lugar para a heroicidade, isto é, para aquela capacidade de gastar a vida por alguém ou por uma causa nobre.

Individualista. Alguém voltado para a satisfação imediata dos gostos pessoais e dos impulsos emocionais primários. Portanto, alguém pouco interessado com a situação do mundo, das pessoas, da realidade. O homem, a mulher da globalização neoliberal é uma pessoa que repete com frequência: Nem pensar, Nem transformar. Viver o presente na sua cotidianidade banal.

Apático. Uma pessoa sem vida, isto é, sem paixão, sem amor, sem muita vontade de fazer alguma coisa. Quer apenas curtir a vida, sem aquela preocupação de chegar a grandes conquistas, a não ser aquelas que de imediato, e da forma mais rápida e pelo caminho mais curto, permite chegar à curtição total da vida.

Subjetiva. Tem a sua visão bastante pessoal das coisas, do mundo e das pessoas, pouco se importando com os padrões, normas e orientações das instituições, como é o caso da religião. O subjetivo dá lugar ao relativismo, ao irracionalismo, ao indiferentismo, ao ceticismo e assim por diante.

Homo debilis. Na expressão do filósofo italiano Gianni Vattimo o homem e a mulher globalizados são uma espécie de homo debilis, isto é, alguém fragilizado, fraco, tendente ao imediato, ao verificável, ao descartável. Trata-se de um sujeito que vive em um certo estado de penúria, por estar incapaz de encontrar primeiro a razão do que deve fazer. Ao jogar-se de imediato na experiência, descobre-se logo depois tremendamente frustrado, pois percebe que ela não o levou à plena realização a que aspira. O homem, a mulher, da globalização é alguém que não encontrou plenamente o sentido da vida e isto é muito grave.

Desamparo. Alguém que rejeitou os referenciais do passado, enquanto parecia que tais referenciais lhe arrancassem a liberdade, mas não encontrou ainda outros paradigmas que tragam sentido para a sua vida. Por isso mesmo são jovens tentados e tentadas por experiências-limites tais como a droga, a violência, a anarquia, o sexo desregrado, etc.

Pré-modernos. Em função disso, terminam por serem pré-modernos, ou seja, por terem simpatia por experiências que na, história, já se revelaram tremendamente injustas e opressoras. É sintomático o crescimento de ideologias como o nazismo no meio da juventude. Recente pesquisa realizada por uma universidade de Bauru (SP) demonstrou que 40% dos jovens são a favor da volta da ditadura militar. Basta dar uma olhada nos movimentos fundamentalistas e neoconservadores. Eles estão cheios de jovens.

Conclusão: A globalização provinda do neoliberalismo tem o poder de transformar, com um simples digitar de teclas, cidadãos e cidadãs livres em escravos e escravas. Estes últimos formam um contingente que corresponde a dois terços da humanidade. Para aumentar os seus ganhos os poucos ricos não hesitam em provocar barbáries e injustiças monstruosas. Por isso somos obrigados a concluir que o neoliberalismo deve ser rejeitado porque ele não realiza o elemento mais fundamental que propõe: Assegurar que todos os sujeitos de uma dada sociedade possam ser efetivamente livres.