IZABEL SADALLA GRISPINO
Árvore velha, desfolhada e triste, És a viva imagem da ingratidão, Quanta alegria comigo dividiste, Gravei em teu tronco meu coração.
Volto para reflorir os teus galhos, Regar teus sonhos, matar a saudade, Também eu, tenho a alma em frangalhos, Sem o brilho da minha pouca idade.
Quando eu te deixei, velha árvore, No fulgor da dourada juventude, Não sabia que existia negritude!
Esse teu abandono me ensinou: Nem o amor se escreve em mármore, Esse mundo, da ingratidão, é cárcere.
Autora: Izabel Sadalla Grispino Formatação: Francisco Graciano Grispino