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Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em.

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1 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes 1.1.As Primeiras Manifestações Teatrais; 1.2.Grécia – Berço da Cultura; 1.3.A fundamentação do Teatro; 1.4.A Tragédia Grega; 1.5.Tragediógrafos Gregos; 1.6.A Comédia Grega; 1.7.Comediógrafos Gregos; 1.8.Comédia X Tragédia.

2 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes A representação teatral fundamenta-se na Grécia no século VII a.C., apoiada nos rituais religiosos em honra ao deus Dionísio. Nas proximidades do Coro apareceu o Exarconte, destinado a responder as perguntas dos próprios Coreutas e dos cantores como um todo. Conta a lenda que o advento do exarconte se relaciona a um fato que teria acontecido nas festas Lenéias, celebradas em honra a Dionísio, durante a primavera e o inverno: um homem desconhecido atirou-se bruscamente sobre a orquestra e improvisou com o coro, que lhe respondeu. Sua voz distinguiu-se do canto coletivo, constituindo uma unidade autônoma. E ele acabou tornando-se figura indispensável do ditirambo. Posteriormente, sua função acresceu-se de novos aspectos até incluir a representação; nesse momento, o exarconte passou a chamar-se Hipokrites, ou seja, ator. É aí que se insere a lenda de Téspis, o primeiro hipokritês, o primeiro ator. Alguns estudiosos afirmam que poderia ter sido um dos coreutas ou o próprio corifeu. No século VI a.C., quando surge o texto escrito para teatro, o grego Téspis institui a função de ator, ao sair do coro e dizer que está representando Dionísio.

3 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Tragédia: A tragédia pode ser entendida como uma grande obra teatral onde se encontram presentes personagens ilustres, heróicos, de caráter inestimável e grandioso. As ações das tragédias são sempre constituídas de sentimentos de terror, piedade e situações funestas. Seu surgimento está fortemente associado às celebrações em honra ao deus Dioniso (para os gregos; ou deus Baco para os romanos). Podemos constatar isso até mesmo através de sua etimologia: Definição de Aristóteles: “É, pois, a tragédia imitação de ações de caráter elevado, completa em si mesma, de certa extensão, em linguagem ornamentada e com várias espécies de ornamentos distribuídos pelas diversas partes do drama, imitação que se efetua, não por narrativa, mas mediante atores, e que, suscitando o terror e a piedade, tem por efeito a purificação (catarse) desses sentimentos.”

4 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes DITIRAMBO : Hino de louvor ao deus Dioniso do qual, provavelmente, se originou a tragédia. SÁTIROS : Pessoas vestidas com pernas de Bode e, acima da cintura, com roupas de humano. Figura muito sensual que está fortemente relacionada à Dioniso ou Baco. (embriagues - alegria – sensualidade – fertilidade – plantação). HYBRIS : Essa palavra significa desmedida, insolência, orgulho. Seria uma enorme autoconfiança por parte do herói da tragédia que o levaria a cometer uma espécie de desafio, se opondo aos deuses cometendo, dessa forma, uma falha trágica muito grande (HAMARTIA) que resultaria em uma desgraça ou morte (ATE). Hybris seria então uma transgressão (excesso) e a própria ação dessa transgressão iria remeter uma reação contra a personagem central. O sentimento de terror e piedade é uma constante nas tragédias gregas. As personagens centrais são sempre imbuídas de caráter grandioso e sentimentos bons, humanos, universais. Entretanto todas possuem, por menor que seja, um defeito que as leva justamente a cometer a hamartia.

5 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes A tragédia tem seu auge na Grécia, no século V a.C., e acaba por influenciar todo o teatro moderno. Em histórias completas, que vão da felicidade à desgraça, as emoções são embutidas e alternadas entre a compaixão e o terror. De uma forma geral, sempre mostra uma luta inútil contra o destino imposto pelos Deuses, mostrando, com isso, a forte importância que os gregos retribuíam às entidades mitológicas. Para encenar as peças, os atores utilizavam sempre Máscaras (uso obrigatório) e figurinos muito coloridos e ricos, contrastantes com a vida cotidiana que era baseada em cores frias. São utilizados: túnicas, manto, máscara, cabeleira postiça e, às vezes, barbas. Os figurinos eram chamados de Indumentária, cuja principal chamava-se Quiton. Era uma espécie de túnica larga até os pés, mas diferente da comum, por possuir mangas largas e um cinturão abaixo do peito. Existiam ainda outras duas, chamadas: Himation (manto largo sobre os ombros) e Clâmide (manto curto, levado no ombro esquerdo).

6 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Existe, nas tragédias, a presença de grande coro que tem por finalidade representar a sociedade e interferir nos conflitos como testemunha, confidente, espectador ideal, conselheiro, associado na dor, eco da sabedoria popular, juiz, entre outros. O Coro representa o que é da ordem dos sentimentos e os atores se ocupam do desenvolvimento do que é temático. O Corifeu é o solista do coro: pessoa que se destaca e inclusive contracena com os atores e os Coreutas são todos os outros membros do coro. Importante: As mulheres não participavam das apresentações teatrais (não existiam atrizes). Os papéis femininos eram representados pelos homens, daí a necessidade maior ainda de máscaras. Os festivais de teatro, no século V a.C., estavam inseridos nas festas em honra ao deus Dioniso, denominadas Grandes Dionisíacas ou Dionisíacas Urbanas, que se realizavam nos meses de março e abril de cada ano. Nestes festivais qualquer poeta podia concorrer apresentando uma tetralogia (trilogia trágica e um drama satírico).

7 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Dramaturgia Partes Principais da Tragédia 1- PRÓLOGO : 1ª cena antes da entrada do coro ou da primeira intervenção do coro. Constitui uma narrativa preliminar que visa introduzir o tema. Pode ou não estar presente ou ainda aparecer de formas diferentes: - com apenas um ator: solilóquio ou monólogo; - com mais de um ator: cena aberta com diálogo e ação (ex.: Édipo Rei). 2- PÁRODO : existência de dois tipos: - entrada do coro cantando e dançando na orquestra (ex.: Édipo Rei); - o coro já presente, em silêncio. 3- EPISÓDIOS ou PARTES : cenas no palco possuidoras de diálogos tipo ator-corifeu ou ator-ator. Nestas cenas podiam participar figurantes (pessoas que não falavam). 4- ESTÁSIMOS : cantos e danças do coro na “orquestra” (lugar onde ficavam) que separam os episódios, marcando uma pausa na narração. Trata-se de um momento destinado a reflexões acerca do que se passa na história. Pode acontecer de, nestes intervalos, algum ator cantar: diálogo lírico: participação dos atores em diálogos com o coro. *Hipôrquema: quando o coro dança e canta com mais ênfase (geralmente antes da cena mais dramática da catástrofe). São cenas de profunda emoção. 5- ÊXODO : última cena (episódio final) depois do último estásimo e que encerra o drama.

8 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Cenas Típicas da Tragédia 1- Catástrofe : cenas de violência. Representa uma modificação brusca do destino das personagens (sempre trágicas). Não ocorre no palco, às vistas do público, mas somente se conta (exceto em algumas peças de Eurípedes); 2- Cenas Patéticas : cenas em que as personagens explicitam seus sofrimentos e dores; 3- Ágon ou Cenas de Enfrentamento : cenas onde, por meio de ações ou palavras, as personagens se defrontam tragicamente no palco; 4- Anagnórisis ou Cenas de Reconhecimento : passagem da ignorância para o reconhecimento. Cena em que a personagem descobre e toma consciência da verdade e da situação em que se encontra. Existem também cenas de reconhecimentos parciais.

9 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Os Três Grandes Dramaturgos Tragediógrafos O primeiro grande escritor de tragédias, de quem se conservou textos, chama-se Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.): Ele é considerado o pai da tragédia justamente por ter institucionalizado e idealizado as características da tragédia grega. Ideias fundamentais : fatalidade em função da vontade divina; final triste, presença de maldições; predestinações dos Deuses; exploração das lendas tebanas e antigas; inferioridade da força frente ao espírito. As personagens de Ésquilo são meras agentes de sentenças ditadas pelos Deuses. Venceu mais de doze vezes os concursos. introdução do 2º ator em cena ( Deuteragonista ) dando início ao diálogo; preocupação com elaborações de máscaras melhores e mais expressivas e indumentárias possuidoras de mangas longas; *criação do primeiro cenário do teatro grego (invenção até de guindastes que possibilitassem aos atores levitarem em cena); introdução do coturno, calçado que possuía um salto enorme e tinha por objetivo engrandecer os atores, torná- los “sobre-humanos”; redução do coro e diminuição de sua importância.

10 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Escrevia peças em forma de trilogia (3 peças que possuíam dependência temática, ou seja, que falavam sobre o mesmo assunto. Eram apresentadas todas juntas, no mesmo dia). Autor de: “Prometeu Acorrentado”, “As Suplicantes”, “Sete contra Tebas”, “Os Persas”, e a trilogia “Oréstia” composta pelas peças “Agamênon”, “Coéforas” e “Eumênides”. Essa trilogia é considerada uma das principais obras-primas da criação humana. Ésquilo interpretou as próprias personagens, além de dirigir seus próprios espetáculos. Tinha voz de tempestade e era uma pessoa áspera e violenta. Escreveu cerca de 79 a 90 peças teatrais, mas somente sete chegaram completas aos nossos dias.

11 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes SÓFOCLES (496? – 406? a.C.): Esse pode ser considerado como o maior e mais famoso tragediógrafo, pois acaba com a trilogia e traz uma série de inovações para as tragédias. Foi contemporâneo de Ésquilo. Das 120 peças que escreveu apenas 7 sobreviveram íntegras até os dias atuais. Foi vinte vezes vencedor dos concursos teatrais. Inovações: Acabou com a trilogia (inicialmente, o poeta se via obrigado a representar na mesma festa, três tragédias com temas relacionados entre si. A partir de Sófocles cada um de seus dramas passa a ter “autonomia”). Acrescenta o terceiro ator: Tritagonista. Ideias Fundamentais: Intervenção divina; Personagens imbuídas de livre-arbítrio; Identificação das personagens (principalmente as centrais) com os seres humanos (homens); Acaba com o coturno primando a aproximação da realidade. Sófocles pretendia mostrar o homem do jeito que ele era: com dores, anseios, miséria, entre outros; Utilização de um calçado denominado CRÉPIS (espécie de sapatilha); Aumenta o significado do homem, mas a ação dos deuses ainda determina o destino e quase sempre são ações injustas, punitivas e autoritárias. Autor de: “Ájax”, “Antígona”, “As Traquínias”, “Édipo Rei”, “Electra”, “Filoctetes”, “Édipo em Colono”.

12 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes EURÍPEDES (480 – 405 a.C.): Autor que coloca um perfil mais denso nas personagens (aspectos psicológicos). Suas peças diferem das outras por serem mais carregadas e densas. Aristóteles considerou Eurípedes como o poeta mais trágico entre todos. Inovações: Cria personagens mais densos psicologicamente, inclusive, estas criticam o desejo dos deuses, aos Mitos e o destino traçado aos homens. Cria o Prólogo. Transforma o Coro (diminui a função do Coro, centralizando suas peças na ação das personagens) que passa a ter função apenas ocasional e indireta. Coloca, pela primeira vez, a tragédia refletindo as crises do tempo. Escreve sobre as paixões humanas : mesquinhez, amor, ódio, ciúme, entre outros. Foi muito criticado devido a isso. Segundo ele, os homens devem ser mostrados com mais realismo, por isso, há muitas cenas de catástrofes. Dramaturgo de uma religião em crise e de uma sociedade em decadência. Depois de Eurípedes não apareceu nenhum tragediógrafo de respaldo. Autor de : “Medéia”, “Hipólito”, “Electra”, “As Bacantes”., “As Fenícias", “Hécuba”, Ifigênia em Áulis”, “Andrômaca”, “Orestes”, “Íon”, “As Suplicantes”, “O Ciclope”, “Ifigênia em Táuris”, “Heracles”, “As Troianas”, “Helena”, “Alceste-Orestes”.

13 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Comédia Grega: A Comédia é uma das formas dramáticas básicas do teatro Ocidental. Tem acolhido em seu manto um grande número de diferentes subespécies. Embora seu raio de ação seja bastante amplo, pode-se dizer, de um modo geral, que as peças da comédia constituem-se como peças leves (ausência de emoções e sentimentos muito fortes) voltadas para assuntos não muito sérios. Seus personagens são deformados, exagerados o que provoca uma não identificação com a plateia. Ao contrário da tragédia, possui sempre um final feliz e propõe-se a enfatizar a crítica e a correção através da deformação, do exagero dos defeitos humanos e do ridículo. Sua finalidade principal é a de provocar o riso e o divertimento. A Comédia nasceu cerca de 50 anos após a tragédia como uma espécie de crítica à sociedade, de denúncia à incompetência dos governantes da polis apresentando sempre em seu interior um fundo de verdade. As mulheres continuaram não atuando nos palcos dos grandes teatros gregos. Dioniso visitando um poeta cômico. Relevo em mármore do século I d.C. Observe-se, à direita, o cortejo de sátiros do Deus. Dioniso, envelhecido, está aparentemente bêbado. Abaixo do poeta, em uma plataforma.

14 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Definição segundo Aristóteles: “A comédia é uma imitação de caracteres de tipo mais baixo, mas não na plena aceitação da palavra mal, pois o ridículo é apenas uma subdivisão do feio, e consiste num defeito ou feiúra que não dolorosos ou destrutivos (...) A comédia tende a representar os homens piores e a tragédia, melhores do que são.” A origem da comédia é comum à origem da tragédia. Sua raiz também se encontra presente nas Festas Dionisíacas. A palavra comédia vem do grego Komoidía. Komos = procissão jocosa + oidé = canto, ou seja, canto da alegria. Havia dois tipos de procissão que tinham a designação Komoi. Um deles consistia em uma espécie de cordão carnavalesco na qual participavam os jovens. Estes saíam às ruas da acrópole fantasiados de animais batendo de porta em porta e pedindo prendas e donativos. Nestas Komoi era hábito também expor os cidadãos da polis à zombarias. O outro tipo de Komoi era de natureza religiosa. Consistia em uma procissão celebrada em honra à fertilidade da natureza (esta era realizada no decorrer das festas dionisíacas).

15 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Principais características da Comédia: Obra teatral em versos Caráter burlesco, leve e humorado Envolve ações ordinárias, corrigidas por meio do ridículo Possui importantes implicações filosóficas e morais Personagens ilustres e gente comum das ruas (o povo em geral) Versa sobre instrumentos opressores da sociedade, sobre a burocracia, valorização do dinheiro,... Inspira o riso Comédia X Tragédia Muitas são as diferenças que distinguem ambas formas dramáticas básicas do Teatro Ocidental. O estilo nobre e elevado da tragédia trata os aspectos fatalidade, purgação, compaixão, piedade, terror, entre outros. Na comédia tal estilo encontra-se reduzido e a ênfase maior recai sobre uma retratação de aspectos mais caricaturados ou fantásticos, onde o herói cômico torna-se um personagem bem menos especializado se comparado ao herói trágico. HERÓI TRÁGICO (Rei; Pessoas Ilustres; Pessoas com poder; etc.) HERÓI CÔMICO (Palhaço; Bobo; Inocente; Santo; Idiota; Fingidor; Trapalhão; etc.)

16 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Enquanto a tragédia grega fundamentava-se na temática mitológica, a comédia não possuía nenhum padrão rígido de fundamentação mitológica. Sua pretensão era a de criar situações absurdas e, dentro destas, elaborar críticas essencialmente políticas aos governantes e aos costumes da época. A Comédia aumenta o número de pessoas do Coro mas diminui consideravelmente sua importância. Ainda não existiam mulheres participando do elenco ou do coro. Sua estrutura é semelhante à da tragédia: PRÓLOGO, PÁRODO, AGÓN, CHORIKÁ (estásimo), ÊXODO. Existia ainda um momento denominado PARÁBASE que consistia em uma cena onde a peça se interrompia radicalmente e o coro, sem máscara, falava diretamente ao público sobre um assunto totalmente diferente daquele retratado na peça. Consistia em uma quebra total da história da peça.

17 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes IMPORTANTE: O surgimento da comédia só foi possível devido à democracia conquistada no século V a.C., quando a liberdade de expressão dada aos homens livres (não se inclui escravos, mulheres e estrangeiros) atingiu um nível nunca mais conseguido em nenhum outro momento da história política mundial. (Talvez nem nos nossos dias atuais). Apesar de a comédia ser apresentada nas Festas Dionisíacas lado a lado com o gênero trágico, vários são os fatores que nos levam à conclusão de que a comédia era tida como uma arte menor quando comparada à tragédia. Uma das razões que induz-nos a tal afirmativa encontra-se na diferenciação entre o júri responsável por apreciar a tragédia e o grupo responsável por avaliar as comédias. As obras trágicas eram julgadas por cidadãos escolhidos pelo arconte (magistrado) entre as famílias aristocráticas e por pessoas que se destacavam na sociedade ateniense. Ser um integrante do corpo de júri de uma tragédia denotava uma espécie de distinção e superioridade. As obras cômicas, por sua vez, possuíam uma forma de escolha dos júris bem menos elaborada. Apenas sorteavam-se cinco pessoas quaisquer da platéia com a finalidade de se compor o corpo de jurados. A comédia grega passou por três fases. São elas:

18 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Comédia Antiga (486 a.C. – 404 a.C.): Esta comédia é a mais antiga existente no Teatro Grego. Foi introduzida nos Festivais Dionisíacos 50 anos após a tragédia. Sua principal finalidade era a de criticar a política. Nesse sentido pode-se afirmar que tratava dos problemas da polis. Foi muito combatida pelos governantes. Sua existência deveu-se à democracia ateniense mas, posteriormente, a queda de Atenas e de sua democracia pôs fim à Comédia Antiga. Sua característica baseava-se em uma mistura de fantasia, crítica, obscenidade, paródia e insulto social, pessoal e, principalmente, político. Seu principal representante foi Aristófanes, que escreveu cerca de onze peças.

19 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Comédia Mediana ou Intermediária (404 a.C. – 336 a.C.): Constitui-se de uma forma indefinida. Trata-se, na verdade, de um enfraquecimento da sátira política pertencente à Comédia Antiga. A comédia intermediária representa uma transição. Podados e cansados da crítica política, os comediógrafos começam a voltar suas atenções para outros assuntos. Sua temática passou a girar um pouco em torno de paródias míticas, sátiras a sistemas filosóficos, instabilidade de fortunas, assuntos gastronômicos, entre outros. Desse período pouco nos chegou. Somente duas peças de Aristófanes que, ao término de sua vida, pertenceu ao estilo da Comédia Mediana. Tal fase possui curta duração. Representou muito mais uma procura por uma estética que fosse condizente com os novos tempos.

20 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Comédia Nova (336 a.C. – 150 a.C.): Surgiu com a queda da democracia ateniense. Sua temática girava em torno de diversos comportamentos como por exemplo problemas sentimentais de jovens casais enamorados, casamentos, intrigas, brigas de vizinhos e de tipos e costumes que cercavam essas situações básicas. Pode ser considerada como a precursora da Comédia de Costumes (em que se retratava a vida cotidiana). Os seus personagens oscilavam entre pessoas do povo (A grande maioria. Eram escravos, militares, cozinheiras,...) e nobres. Características: Vida privada, intimidade dos cidadãos, amor, prazeres da vida, intrigas sentimentais, entre outros. Nesse momento não se encontra a presença do coro. Ele foi extinto. Seu maior representante foi Menandro.

21 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes QUEM FOI ARISTÓFANES? Tudo indica que tenha sido o maior comediógrafo de seu tempo. Aristófanes possuía grande liberdade de expressão e, devido a isso, não poupou críticas à pessoas ilustres, governantes, instituições governamentais e nem mesmo aos Deuses. Preocupou-se, acima de tudo, em defender a paz (evitar conflitos) e advertir a população, sobretudo a rural, dos abusos urbanos. Criticou Sófocles e Eurípedes. De suas 43 peças sobreviveram apenas 11: “Os Arcaneus”; “Os Cavaleiros”; “As Nuvens”; “As Vespas”; “A Paz”; “Os Pássaros”; “Lisístrata”; “As Tesmoforias”; “As Rãs”; “Assembléia de Mulheres” (pertencente à Comédia Mediana) e “Pluto” (também pertencente ao estilo da Comédia Mediana). QUEM FOI MENANDRO? Foi o principal autor da Comédia Nova grega. As condições políticas de Atenas em sua época já não permitiam sátiras a homens ou instituições. Dessa forma sua temática estava voltada para viagens, heranças, nascimentos e amores clandestinos. Seus personagens eram baseados em pessoas comuns das ruas: escravos, cozinheiros, médicos, filósofos, adivinhos, militares. De suas 100 peças apenas uma chegou completa até os nossos dias: “O Díscolo” ou “O Misantropo”.

22 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes "Prometeu Acorrentado" de Ésquilo: " Prometeu Eu afirmo que Júpiter, tão orgulhoso, se humilhará um dia, visto o casamento ao qual se apresta, casamento que o lançará para fora do poder e do trono, que o fará desaparecer do mundo. Então ele verá se cumprir inteiramente a maldição que seu pai, Saturno, atirou contra o filho no dia em que foi derrubado do seu antigo trono. E o meio de evitar esses males, nenhum dos deuses saberia lhe indicar claramente, nenhum, exceto eu. Eu o conheço e sei como pô-lo em uso. Dito isso, deixai que ele fique em seu trono sem temor, confiante no retumbar de que enche os ares brandindo nas mãos os raios flamejantes. Nada disso será suficiente para impedi-lo de cair vergonhosamente, com um tombo insuportável, tão forte será o lutador que Júpiter está preparando para si mesmo, gigante indomável que vai encontrar um fogo mais poderoso que o relâmpago, e um ribombar formidável, atroador, que ultrapassará o trovão e que fará voar em estilhaços o flagelo marítimo que sacode a terra, o tridente, arma de Netuno. Chocando-se com essa desgraça, ele aprenderá a diferença que existe entre comandar e servir. Coro Penso que são teus próprios desejos que transformas em predições contra Júpiter. Prometeu Eu digo o que vai acontecer e também o que eu desejo. Coro Então podemos esperar ver Júpiter obedecer a um mestre? Prometeu Sim, e a suportar fardos ainda mais pesados que esse. Coro Como tens ousadia bastante para falar tais coisas? Prometeu Que devo temer se meu destino é não morrer jamais?" (...)

23 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes "Édipo Rei" de Sófocles O oráculo diz a Laio, rei de Tebas, que ele será assassinado pelo próprio filho. Para evitar o terrível acontecimento, Laio amarra o bebê, fere-o e deixa-o para morrer nas montanhas, devorado pelos lobos. Mas a criança é salva por um pastor e adotada pelo rei de Corinto. Depois de crescido, Édipo ouve do oráculo que matará seu próprio pai e se casará com a mãe. Fugindo do destino e acreditando ser filho do rei de Corinto, Édipo deixa a cidade e vai para Tebas. No caminho, encontra Laio e acaba matando-o numa briga. Seguindo sua viagem, Édipo desvenda o enigma da Esfinge, um monstro que atormentava a vida de Tebas. Como recompensa, é colocado no trono da cidade e casa-se com a rainha Jocasta, viúva de Laio. Cerca de dez anos depois, quando uma praga começa a devastar a região, o oráculo (sempre ele) preconiza que as coisas melhorarão quando o assassino de Laio for expulso da cidade. Édipo, rei zeloso, toma em suas próprias mãos a missão de descobrir o criminoso. Édipo Rei pode ser considerada a primeira história de detetives, já que seu protagonista tem um problema policial a ser resolvido através de uma investigação. E o desfecho é de fazer inveja a Conan Doyle ou a Agatha Christie : o detetive, sem saber, é o próprio assassino! Quando descobre a verdade, que assassinou o pai e casou-se com a mãe, Édipo horroriza-se e fura os próprios olhos. A interpretação desta cegueira voluntária tem sido discutida há séculos. Se Édipo era feliz quando "não via" a realidade, imaginando-se um afortunado rei, bem casado, pai de quatro filhos, quando na verdade era um parricida incestuoso, seria a cegueira uma tentativa inconsciente de voltar a um estado de "não-ver" e, portanto, de felicidade? Paulo Autran e Cleyde Yáconis

24 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes A tragédia grega põe em cena, sob a forma de "drama" (ação / aquilo que se faz) acontecimentos tirados da lenda heróica, a mesma que os poetas épicos cantaram vários séculos antes. Para nós, estes acontecimentos têm um caráter de lenda mas, para os gregos eram história. E esta história estava sempre em relação direta ou indireta com a cidade onde se representava a tragédia. Portanto, era um espetáculo que interessava à coletividade dos cidadãos. O teatro grego era muito representativo do seu tempo, porque ao trabalhar com as histórias antigas, os mitos e as lendas, já apresentava as influências da filosofia e da política da época. O pensamento que antes era mítico, porque tentava explicar o mundo através das aventuras dos deuses agora é racional. Os homens já não conseguem mais acreditar nas explicações religiosas, mágicas e fantásticas para os fenômenos da vida. Eles precisam saber qual é a verdade dos fatos. E é isso que Édipo quer saber. Édipo é um personagem que quer saber a verdade. Apesar do mito de Édipo ter sido inventado muitos séculos antes, esta história está diretamente relacionada com o século V a.C. quando a partir da influência dos sofistas, de Sócrates, e do humanismo, o pensamento racional, e consequentemente a busca da verdade passam a ser o centro da questão.

25 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes "Medéia" de Eurípedes: Medéia é uma das personagens mais interessantes da mitologia grega clássica, e já inspirou muitas peças de teatro, de Eurípedes (Medéia) a Bellini (Norma), entre muitos outros. Medéia, filha do rei da Cólquida, surge inicialmente como heroína movida pelo amor, ajudando Jasão, líder dos argonautas, a se apoderar do famoso velo de ouro. Mas mesmo como aliada do herói, seus métodos já deveriam ter sido suficientes para levantar algumas suspeitas. Para retardar os seus perseguidores, chefiados pelo pai, Medéia vai cortando pedaços do próprio irmão e atirando ao mar. Ao chegarem em Iolcos, Medéia salva Jasão mais uma vez, agora matando o tio do herói, que tentava roubar o velo de ouro. O casal apaixonado tem que fugir, então, para Corinto. Jasão, subestimando a fúria de Medéia, resolve abandoná-la para casar com Glauce, filha do rei de Corinto. A vingança terrível começa pela rival. Medéia envia-lhe um vestido envenenado, que acaba causando a morte dela e do pai, o temido Rei Creonte. Não satisfeita, assassina também os próprios filhos, como forma de punir Jasão. E este, é claro, tampouco escapa: por obra de Medéia, morre esmagado pelo navio Argos, seu companheiro em tantas aventuras. Depois de tudo isto, ela tem que fugir mais uma vez, e ruma para Atenas, onde fica sob a proteção do rei Egeu. Se você pensa que ela sossegou, está enganado, já que mais tarde tentou envenenar seu benfeitor e teve que fugir novamente, voltando à sua terra natal, Cólquida. Renata Sorrah

26 Teatro Grego Alex Bernardo é Especialista em Arte-Educação em Teatro; Bacharel em Artes Cênicas com habilitação em Interpretação Teatro; e Licenciado em Artes Medéia, representada pela primeira vez em 431 a.C., é uma das mais importantes peças de Eurípedes (Salamina, 480 – Macedônia, 406 a.C.), e a sua versão da história é ainda hoje a mais interessante versão do mito. Ao contrário de outros gregos clássicos, Eurípedes dedicou grande parte de sua obra às personagens femininas: Fedra, Alceste, Helena, e várias outras, são figuras fundamentais de suas peças. E Medéia destaca-se entre todas por seu papel independente, sua recusa em ser somente um joguete dos homens, sua insistência em desenhar o próprio destino. Mesmo assim, trata-se de um exagero tomá-la como ícone do feminismo. Não nos esqueçamos que a Grécia de Eurípedes não somente reservava de forma geral um papel secundário às mulheres, mas também possuía um teatro onde só aos homens era permitido subir ao palco (os papéis femininos eram também representados por homens). Não é por acaso que Medéia, a mais voluntariosa das mulheres do teatro grego clássico, é uma arquivilã. Eurípedes introduziu várias inovações na tragédia grega clássica (personagens do povo em papéis importantes, princípios de análise psicológica, abordagem de questões filosóficas), mas em seu tempo foi um incompreendido. Talvez por sua escolha de temas, ou mais provavelmente pelo tratamento dado a eles (como disse Sófocles, Eurípedes mostrava as pessoas como elas eram, não como deveriam ser), suas tragédias raras vezes tiveram a recepção merecida. Aristófanes e outros cômicos tinham nele sua vítima preferida, e não eram poucas as histórias satirizando Eurípedes. Foi traído pela esposa. Seus amigos foram exilados. Finalmente, foi a vez do próprio Eurípedes deixar Atenas. Refugiado na Macedônia, não viveu muito mais, morrendo num acidente em que foi atacado pelos cães do rei.

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