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PublicouCristiana Fonseca Arruda Alterado mais de 8 anos atrás
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 1/34 Ambiente Econômico Global Aula 3 As quatro esferas da globalização Parte I BARBOSA, A. F. O Mundo Globalizado. São Paulo: Ed. Contexto, 2001.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 3/34 Ambiente Econômico Global Em artigo publicado no jornal Los Angeles Times, em julho de 2000, o economista norte-americano Paul Samuelson [ Prêmio Nobel em 1970 ] proferiu a seguinte frase: “Economicamente, o mundo inteiro é interdependente e mais ainda do que em qualquer momento do passado”. “A rigor, entretanto, não se pode dizer que exista hoje uma economia inteiramente global (...) porque continuam existindo barreiras significativas em alguns setores produtivos, regiões e países”.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 4/34 Ambiente Econômico Global Cobram uma tarifa de importação de quase 236% para o açúcar brasileiro e de cerca de 45% para o suco de laranja e impõem um limite de 25% do capital acionário para participação de investidores externos em empresas do setor de telecomunicações. Europa Subsidia os seus produtores agrícolas e impede a entrada da carne com hormônio procedente dos EUA. EUA Japão Limita seriamente o seu mercado para bancos internacionais. Coréia Manifestações sociais são realizadas para impedir o controle da Daewoo, coreana, pela norte-americana Ford. China São permitidas no máximo dez exibições de filmes estrangeiros por ano e as tarifas de importação de automóveis chegam a 100%.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 5/34 Ambiente Econômico Global As quatro esferas da globalização ComercialProdutiva FinanceiraTecnológica
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 6/34 Ambiente Econômico Global Uma boa medida da globalização comercial é o coeficiente de abertura de uma economia. É dado pela relação entre o volume de comércio exterior (exportações mais importações) e o valor mundial da produção – o PIB mundial. Quando o volume de comércio cresce mais rapidamente do que o volume total de produtos fabricados mundialmente, isso indica que as economias estão se abrindo e que os mercados internos perdem importância como fonte de escoamento da produção. No início dos anos 1980 o coeficiente de abertura era de 28%. Em 1990 a relação passa para 38%. Em 1998, enquanto os coeficientes de abertura de Brasil, Estados Unidos e Japão encontravam-se abaixo de 20%, este indicador superava a casa dos 50% no Chile, Coréia e México. Comercial As quatro esferas da globalização
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 7/34 Ambiente Econômico Global Dois tipos de ações estimularam a abertura dos mercados às importações: a criação do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade) [Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio] em 1947 por 23 países e, entre 1973 e 1979, na Rodada de Tóquio, contando com 102 países, quando se verificou uma redução das tarifas de importações. Em segundo lugar, alguns países, em especial os subdesenvolvidos, passaram a reduzir de forma unilateral as barreiras comerciais, tanto tarifas como barreiras não tarifárias [cotas, sobretaxas, medidas anti- dumping, salvaguardas], que cumprem o papel de proteger os setores mais sensíveis da produção local. As quatro esferas da globalização A abertura depois de 1970 Comercial
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 8/34 Ambiente Econômico Global Afora os casos de sucesso dos “tigres asiáticos”, a globalização comercial não alterou radicalmente a divisão internacional do trabalho. Enquanto países como Japão, EUA e UE continuam se destacando na exportação de industrializados, os países da América Latina e de boa parte do continente asiático possuem suas exportações concentradas em produtos primários e/ou produtos industriais da “velha economia”, tais como aço, papel, produtos químicos básicos, máquinas convencionais e peças de automóveis. Enquanto, em 1997, os “tigres asiáticos” participavam com 15,6% das exportações mundiais de produtos industrializados, à América Latina correspondiam 3,9% e à África 0,8%. As quatro esferas da globalização A nova (mas nem tanto) divisão internacional do trabalho Comercial
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 11/34 Ambiente Econômico Global “(...) enquanto a renda média dos 20% da população mundial vivendo nos países mais ricos do mundo era 30 vezes maior que a dos 20% dos países mais pobres nos anos 1960, na virada do milênio esta diferença era de 74 vezes. Ao final do século XX, a fortuna das 358 pessoas mais ricas do mundo (com mais de US$1 trilhão!!) era superior à renda de 2,7 bilhões de pessoas que habitavam nos países mais pobres”. As quatro esferas da globalização (continuação) Comercial
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 12/34 Ambiente Econômico Global Duas questões merecem ser colocadas sobre a expansão dos blocos regionais: 1.A formação desses blocos é contraditória com a tendência mais geral de globalização? 2.Qual é o estágio de integração regional? Sobre o primeiro aspecto, o consenso a partir de 1990 é de que essas duas tendências – globalização e regionalização – são complementares. Quanto ao segundo, o autor apresenta o seguinte quadro: As quatro esferas da globalização (continuação) A formação dos blocos regionais Comercial
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 13/34 Ambiente Econômico Global Estágios de Integração Econômica TipoCaracterísticas Área de livre- comércio Ausência de barreiras tarifárias e não-tarifárias entre os países. União aduaneira (ou união alfandegária) É um passo adiante em relação à área de livre- comércio, pois estabelece tarifas externas comuns para produtos importados de terceiros países. Mercado comumÉ um passo além da união aduaneira, já que estabelece a livre circulação de trabalhadores, serviços e capitais e implica maior coordenação das políticas macroeconômicas, além da harmonização das legislações nacionais (trabalhista, previdenciária, tributária etc). União econômicaPrevê uma moeda e um Banco Central únicos para os países do bloco. Para o seu funcionamento efetivo, os países devem possuir níveis compatíveis de inflação, déficit público e taxa de juros; as taxas de câmbio se tornam fixas entre esses países.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 14/34 Ambiente Econômico Global UE – União Européia
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 15/34 Ambiente Econômico Global UE – União Européia
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 16/34 Ambiente Econômico Global NAFTA – Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 17/34 Ambiente Econômico Global ALCA – Área de Livre-Comércio das Américas
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 18/34 Ambiente Econômico Global MERCOSUL – Mercado Comum do Sul Países-membrosAssociadosObservador
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 19/34 Ambiente Econômico Global (*) ASEAN – Associação das Nações do Sudeste Asiático
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 20/34 Ambiente Econômico Global (**) SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 21/34 Ambiente Econômico Global Características básicas dos blocos regionais - 1999 Blocos econômicos por regiões Países-membrosEstágioPIB (US$ bilhões) Exporta- ções (US$ bilhões) População (em milhões de pessoas) União Européia Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda e Portugal (zona do euro), além de Dinamarca, Grécia, Reino Unido e Suécia 1968 – área de livre-comércio e união aduaneira 1992 – mercado comum 1999 – união econômica 8,2622,180375 NAFTACanadá, EUA e MéxicoCriação em 1994 – área de livre-comércio 8,9221,070404 MercosulArgentina, Brasil, Paraguai e Uruguai Criação em 1995 – área de livre-comércio e união aduaneira incompletas 1,11274210
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 22/34 Ambiente Econômico Global Características básicas dos blocos regionais – 1999 (continuação) Blocos econômicos por regiões Países-membrosEstágioPIB (US$ bilhões) Exporta- ções (US$ bilhões) População (em milhões de pessoas) ALCA34 países da América, exceto Cuba Proposta de criação de uma área de livre- comércio de forma gradual a partir de 2006 10,5191,367803 ASEAN (*) Myanmar, Laos, Tailândia, Camboja, Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei, Singapura e Indonésia Proposta de criação de área de livre- comércio em 2002 725359510 SADC (**) África do Sul, Angola, Botswana, República Popular do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue Proposta de criação de área de livre- comércio 183-194 Fonte: Banco Mundial e OMC
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 23/34 Ambiente Econômico Global A criação de um mercado regional procura estabelecer melhores condições para que um conjunto de países ingresse de forma mais favorável no contexto de globalização. Trata-se de assegurar acesso recíproco a outros mercados. Quando falamos de blocos comerciais, estamos nos referindo à política da globalização. A criação do Mercosul, por exemplo, força, em alguma medida, a União Européia e os Estados Unidos a oferecerem tarifas mais baixas para os países do bloco, no intuito de negociarem maiores vantagens aos seus produtos nesse mercado regional. As quatro esferas da globalização (continuação) A lógica por trás da formação dos blocos regionais Comercial
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 24/34 Ambiente Econômico Global Por trás da expansão do comércio, a economia atual é regida por uma variável ainda mais forte: a expansão rápida da produção comandada por empresas que realizam suas atividades fora do seu país de origem. Se os seus lucros são remetidos ao país de origem, essas empresas trazem muitas vezes consigo novas tecnologias e empregos para os países onde se instalam. Mas, em alguns casos, as empresas multinacionais apenas compram empresas nacionais de um outro país, ampliando as importações e cobrando preços baixos dos seus fornecedores locais, além de se aproveitarem dos níveis salariais baixos. Produtiva As quatro esferas da globalização (continuação) “Quem” são as multinacionais?
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 25/34 Ambiente Econômico Global Uma definição de multinacional Segundo a UNCTAD [Conferência do Comércio e Desenvolvimento para as Nações Unidas], uma empresa multinacional é aquela que possui ao menos uma filial fora do seu país de origem. Seriam ao todo 63 mil empresas existentes no mundo, contando com quase 700 mil filiais. Um dado objetivo: as filiais das 100 maiores empresas multinacionais respondem por um terço do total de exportações mundiais, respondendo por 6 milhões de empregos.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 26/34 Ambiente Econômico Global a)As que se dirigem para países em desenvolvimento, em busca de recursos naturais, minerais e energéticos (Cargill, Alcan, Repsol e outras); b)Prestação de serviços ou fornecimento de produtos (Telefónica, Danone etc.); c)Filiais que servem de montadoras para o resto do mundo (Pirelli, Philips, Nestlé, ABB, Motorola etc.); d)Desenvolvimento de novas tecnologias e na prestação de serviços de assistência técnica e de consultoria (Ericsson, IBM, Nokia etc.) As quatro esferas da globalização (continuação) As multinacionais ontem e hoje Produtiva
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 27/34 Ambiente Econômico Global Investimentos Diretos Externos Os investimentos das multinacionais, apesar de atingirem países em desenvolvimento, continuam concentrados nos próprios países desenvolvidos. Esses países forneceram 92% dos investimentos e receberam 72% dos investimentos realizados por empresas fora de seus países de origem, em 1999.
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 28/34 Ambiente Econômico Global INVESTIMENTO DIRETO EXTERNO US$ Bilhões ANOVALOR 1991200.8 1994282.9 1995352.5 1996333.6 1997390.8 1998687.1 19991,100.0 20001,500.0 2001735.0 Fonte: UNCTAD As dez maiores empresas segundo valor de mercado e as dez marcas mais caras do mundo - 2000 Dez maiores empresas Setor de Atividade Dez marcas mais caras Pais de origem GEEletroeletrônicoCoca-ColaEUA IntelInformáticaMicrosoftEUA Cisco SystemsInformáticaIBMEUA MicrosoftInformáticaIntelEUA Exxon MobilPetróleoNokiaFinlândia Vodafone Airtouch TelecomunicaçõesGEEUA Wal-MartComércio varejistaFordEUA NTT DoCoMoTelecomunicaçõesDisneyEUA NokiaEletroeletrônicoMcDonald´sEUA ShellPetróleoAT&TEUA Fonte: Business Week/Interbrand
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 29/34 Ambiente Econômico Global Conceito19911992199319941995199619971998199920002001 Quantidade de países que introduziram modificações em sua legislação sobre investimentos estrangeiros 3543574964657660636971 Quantidade de modificações introduzidas... 8279102110112114151145140150208 Modificações introduzidas na legislação nacional, 1991-2001 Mais favoráveis ao IED 807910110810698135136131147194 Menos favoráveis ao IED 2012616 99314...das quais: Fonte: UNCTAD, baseado em fontes nacionais
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 30/34 Ambiente Econômico Global Ingressos elevados de IEDIngressos reduzidos de IED Potencial de atração de IED alto Pelotão “da cabeça” Alemanha, Argentina, Bahamas, Bahrein, Bélgica e Luxemburgo, Bulgária, Canadá, Chile, Costa Rica, Croacia, Dinamarca, El Salvador, Eslovaquia, Espanha, Estonia, Finlandia, França, Guiana, Hong Kong (China), Hungria, Irlanda, Israel, Letonia, Lituania, Malasia, Malta, Namibia, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos,Panamá, Perú, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, República Dominicana, Singapura, Suécia, Suíça, Tailândia e Trinidad Tobago Aquém do potencial Arábia Saudita, Austrália, Áustria, Belarússia, Botswana, Brunei, Darussalam, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Eslovênia, Estados Unidos, Federação da Rússia, Grécia, Islândia, Itália, Japão, Jordania, Coveite, Líbano, México, Omã, Taiwan, Quatar, Síria, Coréia do Norte, Irã, Suriname e Uruguai Potencial de atração de IED baixo Acima do potencial Angola, Armênia, Azerbaijão, Bolívia, Brasil, China, Costa do Marfim, Equador, Gâmbia, Geórgia, Honduras, Jamaica, Cazaquistão, Kirquistão, Macedônia, Malawi, Moçambique, Nicarágua, Papua e Nova Guiné, Moldova, Rumânia, Sudão, Todo, Tunísia, Uganda, Venezuela, Vietnã e Zâmbia Pelotão “do rabo” Albânia, Argélia, Bangladesh, Benin, Burkina Faso, Camarões, Colômbia, Congo, Etiópia, Filipinas, Gabão, Gana, Guatemala, Guiné, Haiti, Índia, Indonésia, Jamahirya Árabe Líbia, Quênia, Madagascar, Malí, Marrocos, Mongólia, Mianmar, Nepal, Niger, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Congo, Tanzânia, Ruanada, Senegal, Serra Leoa, Sri Lanka, África do Sul, Taykistão, Turquia, Ucrânia, Uzbequistão, Iêmen e Zimbábue Ingresso efetivo e potencial de atração de IED, 1998-2000 Fonte: UNCTAD, World Investment Report 2002
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 31/34 Ambiente Econômico Global As decisões de investimento das empresas multinacionais que possuem uma atuação global são tomadas com base na existência de blocos comerciais. A Honda, por exemplo, possui uma estratégia de produção, distribuição e marketing para a Ásia, outra para a União Européia, outra ainda para o Nafta, como também é o caso da sua fábrica em Sumaré, no estado de São Paulo, voltada para o Mercosul. As quatro esferas da globalização (continuação) Produtiva
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 32/34 Ambiente Econômico Global Dentre os motivos que levam às fusões e aquisições, destacam-se: a)Redução de custos de marketing, de inovação, de pesquisa e lançamento de novos produtos; b)Vantagens de financiamento; c)Parcerias tecnológicas; d)Gigantismo, como parte de uma estratégia concorrencial; As fusões e aquisições acarretam riscos inerentes ao controle do mercado global por algumas poucas empresas, com formação de cartéis, visando elevação de preços e maiores lucros. As quatro esferas da globalização (continuação) Fusões e aquisições Produtiva
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 33/34 Ambiente Econômico Global Surgimento de oligopólios: Fabricação de circuitos integrados (Intel e AMD); Musical; Farmacêutico; Telefones celulares Empresas gigantes acabam se tornando incontroláveis quando não existe uma estrutura institucional que regule o alcance de seu poder global. As quatro esferas da globalização (continuação) Pode-se controlar o poder das multinacionais? Produtiva
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UNIP Prof. Fauzi Timaco Jorge 34/34 Ambiente Econômico Global Aula 4 As quatro esferas da globalização Parte II BARBOSA, A. F. O Mundo Globalizado. São Paulo: Ed. Contexto, 2001.
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