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PublicouFernando Eric de Almeida Miranda Alterado mais de 8 anos atrás
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O CONFLITO ISRAEL-PALESTINA, À LUZ DA BÍBLIA Prof. Dr. Tércio Machado Siqueira Diálogo Comunitário 1º. Semestre de 2013.
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Justiça na Bíblia Estudar o tema justiça na Bíblia é uma exigência do nosso tempo, embora esta carência não tem período determinado, pois justiça social e política, bem como direitos humanos, são ansiedades de todo mundo habitado.
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Uma das carências do nosso tempo é a questão Israel-Palestina. Este conflito é, hoje, discutido de várias maneiras. Como biblista, vou analisá-lo à luz da tradição bíblica.
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A tradição bíblica revela um detalhe significativo na descrição da atuação de Javé. O Cântico de Débora mostra uma forma de descrever a ação libertadora de Javé, através da expressão sideqot, justiças (Jz 5,11). Assim, justiça, sedaqah, de Javé é vista como uma ação salvífica de Javé, no período pré- monárquico.
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No período monárquico, entre os séculos X a VII aC, os historiadores usam o termo sedaqah para descrever a ação de Deus, especialmente, através dos reis. A propaganda política dos reis fez calar a antiga tradição do Javé libertador, e promoveu o rei como ungido, messias, e salvador da pátria.
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Por que razão o termo sedaqah deixou de descrever a ação milagrosa e libertadora de Javé, para se referir à ação dos reis, guerreiros e heróis?
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O motivo encontra-se na decisão dos reis de esquecer a história passada e projetar um Estado monárquico, alterando a política e a economia de Israel. O Estado, a partir de Davi, teria um governo ao nível dos povos vizinhos, profissionalizando o exército.
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Assim, Jerusalém passou a ser o quartel- general de uma política legitimada pela religião. A sedaqah deixou de referir-se a ação salvífica de Deus na história para descrever os atos guerreiros e heróicos dos reis.
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Concluindo 1) A teologia e a primitiva forma de expressar a fé são práticas desejáveis aos profetas e, por que não dizer, de Jesus. No período anterior à monarquia, como pensava Jeremias,... eu me lembro... do amor de tua juventude... quando me seguias pelo deserto... Israel era santo para Javé (Jr 2,2-3).
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Nesse período, sedaqah de Javé, isto é, a justiça de Deus não vinha da corte de julgamento, mas era um testemunho da ação salvadora de Deus na história do povo. Por esta razão, o termo sedaqah vem sempre cercado de palavras como bondade, hesed, paz, xalom, `emunah, fidelidade, fé, `emet, integridade, tom, entre outras.
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2) O conflito Israel-Palestina, analisado à luz da tradição bíblica, mostra que ele tem raízes na teologia desenvolvida sob a ideologia monárquica centralizada em Jerusalém.
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Esta novidade está refletida na liturgia que o Salmo 72 apresenta: Ó Deus, concede ao rei teu julgamento, mixepatim, e a tua justiça, sedaqah, ao filho do rei (v.1).
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3) A política seguida pelas autoridades israelense, hoje, tem sua base na ideologia teológica desenvolvida, em Jerusalém, pela dinastia davidita. Esta segue o exemplo dos povos vizinhos. A guerra é um instrumento para conquistar terra e poder.
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4) Enquanto isso, o mais antigo ensino da Bíblia mostra que a guerra tem como objetivo a conquista de pão, tal como nos sugere a palavra hebraica milehamah: na raiz desta palavra encontra-se o substantivo lehem, pão. A luta é pelo pão de cada dia.
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