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PublicouAlana Leveck Molinari Alterado mais de 9 anos atrás
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Aulas Multimídias – Santa Cecília Profº. Pecê
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Colégio Santa Cecília Literatura Brasileira Professor: Paulo César (Pecê) ARCADISMO
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Contexto histórico-filosófico (século XVIII): Advento do Iluminismo, movimento intelectual que enfatizou a dimensão racional do ser humano, a partir da ideia de que tudo pode ser explicado e compreendido à luz da razão. Publicação da grande Enciclopédia, sob a direção de Denis Diderot e Jean Le Rond d’Alembert. A publicação buscava encarnar o espírito iluminista, trazendo definições sobre as diversas áreas do conhecimento. Independência dos Estados Unidos, evento que motivou diversos movimentos de independência em colônias do continente americano. Revolução Francesa, movimento político que contribuiu para mudanças determinantes na estrutura do Estado moderno. Inconfidência Mineira, movimento político da burguesia mineira contra os abusos da coroa portuguesa.
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Características do Arcadismo O Arcadismo, ou Neoclassicismo, foi um movimento artístico surgido no fim do século XVII, na Itália, e difundido pela Europa e pela América, que teve como principais efeitos a contraposição aos exageros do Barroco e a retomada de valores da cultura clássica. Seu nome advém da palavra Arcádia, nome de uma região grega a que se atribui a qualidade de lugar de realização do ideal poético da vida pastoril. Chamaram-se também arcádias as diversas sociedades de poetas surgidas na época, como a Arcádia Romana e a Arcádia Lusitana. As principais características do movimento são: Racionalismo – poesia fundamentada na razão, na contenção dos sentimentos. Busca da simplicidade, ideal de vida simples e natural (aurea mediocritas). Bucolismo, preferência por ambientes campestres e rústicos (locus amænus). Aversão à cidade e seus conflitos (fugere urbem).
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Pastoralismo – os poetas adotam pseudônimos e escrevem como se fossem pastores, seguindo o exemplo de poetas da antiguidade greco-romana. Além disso, adotam também uma musa a quem dedicam seus versos. Convencionalismo amoroso – a situação amorosa descrita é quase sempre a mesma: o pastor dirigindo-se a sua musa. Equilíbrio, serenidade. Aversão aos exageros, busca de uma linguagem simples e direta (inutilia truncat). Consciência da efemeridade da vida e necessidade de aproveitar seus prazeres (carpe diem). Influência da cultura clássica greco-romana. Uso do soneto com versos decassílabos.
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LXII (Cláudio Manuel da Costa) Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes oiteiros; Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte rico, e fino. Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino. Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia, Que da cidade o lisonjeiro encanto; Aqui descanse a louca fantasia; E o que té agora se tornava em pranto, Se converta em afetos de alegria. oiteiro : colina, pequeno monte. gabão : espécie de casaco ou capote. Almendro e Corino : nomes de pastores gregos. choupana : pequena casa ou cabana rústica. valia : valor. lisonjeiro : adulador, que lisonjeia. té : até
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Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’ expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte, Dos anos inda não está cortado: Os pastores, que habitam este monte, Respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, Que inveja até me tem o próprio Alceste: Ao som dela concerto a voz celeste; Nem canto letra, que não seja minha, Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Mas tendo tantos dotes da ventura, Só apreço lhes dou, gentil Pastora, Depois que teu afeto me segura, Que queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono De um rebanho, que cubra monte, e prado; Porém, gentil Pastora, o teu agrado Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela! Os teus olhos espalham luz divina, A quem a luz do Sol em vão se atreve: Papoula, ou rosa delicada, e fina, Te cobre as faces, que são cor de neve. Os teus cabelos são uns fios d’ouro; Teu lindo corpo bálsamos vapora. Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de Amor igual tesouro. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!
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