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A Influência Européia no Século XIX UNICURITIBA Curso de Relações Internacionais História da América Latina Professor Renato Carneiro.

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Apresentação em tema: "A Influência Européia no Século XIX UNICURITIBA Curso de Relações Internacionais História da América Latina Professor Renato Carneiro."— Transcrição da apresentação:

1 A Influência Européia no Século XIX UNICURITIBA Curso de Relações Internacionais História da América Latina Professor Renato Carneiro

2 A Influência Européia no Século XIX  Independente nas primeiras décadas do século XIX, a América Latina deixaria de pertencer a Espanha e Portugal, passando por um longo período de instabilidade política e econômica.  A Europa, por outro lado, mais especificamente a Inglaterra, experimentava um desenvolvimento sem precedente, com excedentes humanos, tecnológicos e de capitais, oriundos da Revolução Industrial.  A influência européia se faria sentir em três frentes principais: imigração, comércio e financiamentos.

3 A Imigração  A América Latina passou de um continente índio e negro, até meados do século XIX, para um continente que recebeu a vinda maciça de imigrantes europeus. Brasil, Argentina, Chile e Uruguai receberam contingentes humanos que chegaram a modificar sua estrutura populacional.  Boa parte dessa população originou-se no Velho Continente, pela evolução propiciada pela industrialização.  A população de origem européia cresceu, entre 1650 e o século XX, 650%, enquanto a não-européia cresceu 320% no mesmo período. Depois de 1850, cerca de 26 milhões de europeus foram para os EUA, enquanto 6 milhões vieram para a AL.  A grande maioria saiu dos países latinos do sul da Europa, mais da Itália que da Espanha e Portugal, mas também da Alemanha e das regiões da Europa central e oriental.

4 Segunda Conquista da AL pela Europa  Essa segunda conquista da AL pela Europa atingiu justamente a região que ficara mais negligenciada pela ânsia de metais preciosos e especulações agrícolas: o sul temperado.  Essa ocupação foi possível pela melhoria tecnológica do transporte marítimo, quando o uso do vapor entre 1850/70 permitiu viagens mais rápidas e seguras pelo Atlântico.  Uma série de revoltas e lutas na Europa, inclusive as guerras de unificação da Itália e da Alemanha, faria com que grandes contingentes procurassem a América, terra que oferecia mais oportunidades e segurança.  Este fluxo iria se intensificar entre 1900 e 1914, chegando a cerca de 1,4 milhões pouco antes do início Grande Guerra, metade dos quais destinados ao Brasil e ao Prata, cujos governos davam mais incentivos aos imigrantes do que aos próprios cidadãos.

5 O Brasil  O Brasil receberia mais de 4 milhões, ficando aqui cerca de 2,5 milhões. Os italianos eram mais de 1,5 milhões, tendo ficado a maioria nos setores industriais de São Paulo; os portugueses eram cerca de 1,2 milhões e os espanhóis, 581 mil imigrantes.  O quarto maior contingente era formado por alemães que ficaram restritos a comunidades relativamente fechadas no sul do país.  Além destes povos, entraram também no Brasil poloneses, russos, japoneses, árabes etc.  Graças a estes contingentes, a população branca no país passou de 30%, em 1872, para 51%, em 1940.

6 Argentina, Uruguai e Chile  De 1857 a 1926, 5,7 milhões de imigrantes entraram na Argentina, permanecendo lá mais de 3 milhões – existia uma população flutuante que entrava e saía da AL em virtude das colheitas etc. Mais de 80% destes imigrantes eram de origem latina, dos quais 47% de italianos, a maioria vindo das províncias pobres do sul, Nápoles e Sicília, e 23% de espanhóis.  O Uruguai tinha 520 mil habitantes em 1884, passando a 1,7 milhões em 1925, mais de um terço de origem imigrante da Europa. Sobre estes é que se logrou contar com classe média.  O Chile recebeu parcela menor, cerca de 50 mil imigrantes entre 1880 e 1916, sobretudo latinos e alemães. Sua vantagem foi que muitos destes eram quadros de qualidade econômica maior, como empresários, engenheiros e advogados, que se integraram na elite econômica do país.

7 Comércio: Economia Complementar  A AL era quase que exclusivamente uma fornecedora de produtos primários para a Europa e importadora de produtos industrializados.  Pelo levantamento do anuário da Liga das Nações, de 1931/32, mostrava-se que a Bolívia exportava 98,8% de seus produtos em estado bruto, o Brasil, 98%, e a Argentina, 90%.  O tráfego entre Europa e AL, em 1913, era de 22,5 milhões de toneladas, enquanto o existente entre a AL e a América do Norte representava 4,4 milhões de toneladas.  Estas exportações eram de grande volume muito superior ao de importações da AL, pois estas matérias primas eram sobre taxadas no seu destino e os produtos manufaturados europeus chegavam aqui com valores muito elevados.

8 Investimentos  A AL era um campo de exploração do capitalismo europeu e a Inglaterra fazia o papel de organizadora desta relação de complementaridade entre as economias latino-americanas e a Europa, por ser a financiadora deste comércio.  Londres tinha um total de 1,8 bilhão de libras em investimentos ultramarinos, dos quais a AL recebia um pouco mais de 42%, ou 756 milhões, assim distribuídos, em 1913: País Total Área de investimentos Argentina 320 milhões estradas de ferro, frigoríficos Brasil 148 milhões estradas de ferro, minas e cafezais México 99 milhões minas e petróleo Chile 61 milhões Uruguai 36 milhões Peru 34 milhões Cuba 33 milhões Demais países 26 milhões

9 Investimentos  Pequeno número de funcionários ingleses garantia os investimentos nestes países, bem como as aplicações dos grandes bancos ingleses. Costumavam aplicar seus recursos em empresas geradoras de riquezas, evitando aplicação em papéis dos governos, em geral menos rentáveis.  França, com menor poderio financeiro, também aplicou recursos na AL. De um total de 17,5 bilhões de francos-ouro, investimentos fora da Europa, 6 bilhões eram aplicados na região, normalmente em ações de governos e menos em empresas.  A Alemanha, de um total de 11 bilhões de marcos-ouro em investimentos “overseas”, aplicava cerca de 4 bilhões no Brasil, Argentina e Chile, sobretudo.

10 Pressão diplomática e militar  No total, mais de 30 bilhões eram aplicados pelos europeus na AL, dando-lhes controle sobre a economia da região. À dominação do capital seguia-se a pressão diplomática e militar.  Em 1838, Napoleão III bombardeou Vera Cruz pela não indenização de 3 milhões de francos aos colonos franceses por prejuízos com a Revolução de 1828.  Indenização também foi o motivo das guerras hispano-peruana (1864/66) e franco-mexicana (1861 e 1867), que terminou com o fuzilamento de Maximiliano I, imperador imposto pela França.  Quando Alemanha, Inglaterra e Itália quiseram impor conquistas territoriais à Venezuela, pelo não pagamento de dívidas e má gestão financeira (1895 e 1902), tiveram que enfrentar o nascente imperialismo norte americano (Doutrina Monroe). Acabaram-se as tentativas européias de intervenção armada pelo não pagamento de dívidas na América Latina.


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