A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

UTE - VALE Energia - o Brasil na contramão ? José Goldemberg (O Estado de São Paulo – São Paulo / SP – 16/02/2009 )‏

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "UTE - VALE Energia - o Brasil na contramão ? José Goldemberg (O Estado de São Paulo – São Paulo / SP – 16/02/2009 )‏"— Transcrição da apresentação:

1 UTE - VALE Energia - o Brasil na contramão ? José Goldemberg (O Estado de São Paulo – São Paulo / SP – 16/02/2009 )‏

2 ANÁLISE DE ALTERNATIVAS Resolução CONAMA 001/86 “Art.5º,I:... Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;” EIA UTE-VALE 1.Logística de implantação da UTE 2.Disponibilidade de porto e água doce 3.Facilidade na utilização de insumos básicos:carvão e calcário

3 ANÁLISE DE ALTERNATIVAS 1.O EIA da UTE-VALE efetuou uma análise que deu ênfase para: Aspectos econômicos Disponibilidade do combustível carvão Logística em sistema de transporte e armazenamento do carvão de forma econômica. 2. O EIA da UTE-VALE apresentou a queima do carvão pulverizado como a única solução para suprir a demanda de energia para seus projetos. 3. O EIA-VALE subestimou as cinzas do carvão e do gesso considerando que “não representam em si, nenhum problema ambiental”. 4. Esta forma de tratar os problemas originados pela UTE a carvão demonstra que houve uma inversão de lógica na questão.

4 98 - 9992 - 991450-170045 - 48Comercial / Demonst. IGCC 7098 - 991450-170042 - 45Demonstra do Pressurização 6090 - 951450-170037 - 39Comercial Circulante 6090 - 951450 -170034 - 37Comercial Pressão Atmosférica Combustão Leito Fluid. ---- 1300-150038 - 47Comercial Combustão Pulverizada Redução NO x Redução SO x Custo/ US$/kW Eficiência % SituaçãoTecnologia Tecnologias disponíveis para o carvão/Agência Internacional de Energia

5 EMISSÕES GASOSAS DA UTE-VALE 1.A queima do carvão mineral produz em fase gasosa, principalmente: Dióxido de carbono = CO 2 Dióxido de enxofre = SO 2 Óxidos de Nitrogênio = NO e NO 2 Material Particulado Mercúrio = Hg 2. Equipamentos de controle das emissões: Queimador de Baixo Nox: (pré-combustão)‏ Dessulfurizador ( sistema úmido com calcário): absorve o SO 2 Precipitador Eletrostático: cinza leve

6 GASES DE EFEITO ESTUFA/EMISSÕES DE CO 2 O EIA-RIMA da UTE-VALE não apresentou uma estimativa para a emissão de CO 2 a partir da queima do carvão da Colômbia. Após os questionamentos do MP nas audiências públicas, a VALE apresentou o valor de 2.200.000 toneladas de CO 2 por ano, sem esclarecer como este valor foi obtido.

7 ESTIMATIVA PARA A EMISSÃO DE CO 2 A partir da metodologia indicada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o Ministério Público Estadual elaborou uma estimativa para o CO 2 emitido após a queima de 200 toneladas/hora de carvão mineral ou 2.000.000 toneladas/ano ( EIA-UTE)‏ = 5.382.740 toneladas CO 2 /ano ISTO É MAIS QUE O DOBRO DO VALOR FORNECIDO PELA VALE

8 COMPARAÇÕES PARA MELHOR PERCEPÇÃO 5.382.740 toneladas CO 2 / ano é equivalente a 14.747 toneladas de CO 2 por dia e 1,043 tonelada de CO 2 para cada MWh

9 Estimativa da emissão de CO 2 para Belém No ano de 2007, a frota de veículos em Belém era 196.616, segundo o IBGE. A aplicação do modelo BOTTOM-UP (metodologia simplificada\CETESB) forneceu uma estimativa para a emissão de CO 2 por veículos. O valor obtido - 1.076.683 toneladas de CO 2 - reflete a contribuição anual da frota de Belém em 2007. Emissão da UTE-VALE = 5.382.740 toneladas CO 2 /ano Conclusão: a emissão de CO2 da UTE-VALE é 5 vezes maior do que a emissão da cidade de Belém no ano de 2007.

10 EMISSÕES DE MERCÚRIO - Hg

11 MERCÚRIO Os fatores cumulativos ou isolados que determinam os efeitos na saúde são: A forma química do mercúrio; A dose; A idade da pessoa exposta (o feto é o mais suscetível); A duração da exposição; A via de exposição - por inalação, ingestão, contacto dérmico, etc, e A saúde da pessoa exposta.

12 Formas de absorção / acumulação O Mercúrio existe em três formas químicas, que têm efeitos específicos na saúde humana. * Metilmercúrio (CH 3 Hg+): sistema nervoso * Mercúrio metálico (Hg 0 ): sistema respiratório * Outros compostos de mercúrio(Hg 2 +): trato gastrointestinal, rins, sistema nervoso

13 SAÚDE PÚBLICA O sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio. Este metal também é um agente teratogênico. O metilmercúrio da mãe é transferido para a placenta e feto. A intoxicação por metilmercúrio se caracteriza por ataxia (perda da coordenação dos movimentos voluntários), a disartria (problemas nas articulações das palavras), a parestesia (perda da sensibilidade nas extremidades das mãos e pés e em torno da boca), visão de túnel (constrição do campo visual) e perda da audição. EFEITOS BIOLÓGICOS DO MERCÚRIO E SEUS DERIVADOS EM SERES HUMANOS – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 2002. Plínio Cerqueira dos Santos CARDOSO et alli. Laboratório de Citogenética Humana do Departamento de Biologia da UFPA

14 Mercúrio e UTE-VALE Diante desses riscos apresentados pelo elemento mercúrio, torna-se preocupante a afirmação contida no documento da VALE quando declara que “prevê-se uma emissão residual de Hg pela chaminé das caldeiras de 18,3 kg/ano”, como se isto não causasse nenhum dano ambiental. “Resposta às informações complementares requeridas pela SEMA (Novembro 2007)”- pg. 4,

15 Verificação da informação sobre a emissão do mercúrio 1.O EIA não forneceu o teor de mercúrio no carvão colombiano que será utilizado pela UTE. 2. A pesquisa em bibliografia de geologia forneceu: “O valor de Clarke para o Hg em carvão (média mundial do conteúdo de Hg) é 0,10 (± 0,01) ppm Hg, independentemente da classificação do carvão” “The Clarke value for Hg in coal (world-wide average Hg content) is 0.10 (±0.01) ppm Hg, regardless of coal rank” Mercury in coal: a review. Part 1. Geochemistry. YUDOVICH Y. E. ; KETRIS M. P.; International journal of coal geology. 2005, vol. 62, no3, pp. 107-134

16 Permission to reproduce this material is granted if acknowledgment is given to the West Virginia Geological and Economic Survey. http://www.wvgs.wvnet.edu/www/datastat/te/Hgmap.htm 0,1 ppm está abaixo do menor valor observado em carvão de West Virgínia, portanto, faremos um cálculo em bases conservadoras.

17 Estimativa para a emissão de Mercúrio pela UTE-VALE 1.O EIA informa que o consumo anual de carvão será 2.000.000 toneladas. 2.A média mundial do conteúdo de Hg em carvão é 0,10 ppm. 3.0,10 ppm = 0,1 parte em 1.000.000 partes 4.Assim em 2.000.000 toneladas de carvão há 0,2 tonelada de Hg ou 200 kg de mercúrio 5.O projeto da UTE não tem um equipamento específico para controle de mercúrio. 6.Como a VALE pode garantir uma emissão no valor de 18,3 kg/ano ? 7.O EIA não poderia ter omitido o valor real do conteúdo de mercúrio no carvão !

18 ALGUMAS CONCLUSÕES SOBRE O EIA DA UTE-VALE  A análise de alternativas não apresentou o que está determinado pela Resolução CONAMA 001/86.  O EIA não informou sobre as emissões de CO 2 e Hg. Somente após as audiências a VALE apresentou valores sobre estas emissões, que não foram confirmados.  Para as emissões de CO 2 e Hg não há medidas mitigadoras ou compensatórias; também não foram incorporados na matriz de impactos.

19 “O que se vê pois é um aumento de energia que não é nem renovável nem limpa, na direção oposta do que se tenta fazer em todos os países do mundo.” José Goldemberg (O Estado de S. Paulo)


Carregar ppt "UTE - VALE Energia - o Brasil na contramão ? José Goldemberg (O Estado de São Paulo – São Paulo / SP – 16/02/2009 )‏"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google