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Título do Trabalho: A INFLUENCIA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NA PRATICA MEDICAMENTOSA. Diego Gotardo 1, Daisson José Trevisol 2, 1 - Acadêmico do 9º semestre.

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1 Título do Trabalho: A INFLUENCIA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NA PRATICA MEDICAMENTOSA. Diego Gotardo 1, Daisson José Trevisol 2, 1 - Acadêmico do 9º semestre do curso de Medicina – bolsista PUIC 2 - Professor do Curso de Medicina - Orientador Introdução A publicidade de medicamentos interfere de forma concreta nas práticas terapêuticas para o tratamento das diversas enfermidades. Essa intervenção possui uma grande influência na prescrição da terapia medicamentosa propriamente dita e acaba ocasionando uma preocupação quanto à qualidade da informação transmitida aos médicos sobre os medicamentos. Diante disso, a preocupação com a qualidade da informação sobre os esses produtos deve fazer parte tanto do cotidiano desses profissionais de saúde quanto dos consumidores 1. Em busca da maior comercialização possível, destacam-se tanto os controles sobre preços e margem de lucros, quanto a busca do máximo de evidências sobre a eficácia terapêutica e segurança. Entre os múltiplos fatores estudados que exercem influência sobre a prescrição médica, destacam-se os relacionados às fontes de informação de que lançam mão os médicos, especialmente àquelas produzidas e disseminadas pelos produtores 2. Portanto o objetivo desse estudo foi verificar a influência da indústria farmacêutica na prática da prescrição medicamentosa de médicos da cidade de Tubarão - SC. Objetivos Verificar a influência da indústria farmacêutica na prática da prescrição medicamentosa, e a visão dos médicos sobre a atuação da indústria na sua prática diária. Metodologia Foi realizado um estudo transversal descritivo para verificar a influência da indústria farmacêutica na prática da prescrição medicamentosa de 52 médicos da cidade de Tubarão – SC. A pesquisa foi realizada com a população total de médicos com registros regulares no Conselho Regional de Medicina (CRM) do município de Tubararão – SC. Fizeram parte da pesquisa todos os médicos que concordaram em participar, assinaram termo de consentimento livre e esclarecido e que responderam questionário auto-aplicável entregue em seus consultórios médicos. As variáveis verificadas neste estudo foram características demográficas e socioeconômicas, idade, gênero, especialidade médica, tempo de formado, atuação acadêmica, recebimento de brindes e a influência da indústria farmacêutica. Os dados foram digitados em banco de dados por meio do Programa Epi Data 1.5. A análise estatística desses dados foi realizada com o auxílio do Software SPSS 16.0. Resultados Foram distribuídos 93 questionários e destes 52 (55,9%) aceitaram participar da pesquisa. Dos 52 médicos entrevistados, 37 (71,2%) eram do sexo masculino e 15 (28,8%) do sexo feminino. A idade média foi de 42,68 anos (DP±11,22). Entre os entrevistados, 43 (82,7%) eram professores universitários e nove (17,3%) não exerciam esta atividade. A média do tempo de formado ficou em 16,88 anos (DP ±9,77). Em relação à atuação da indústria farmacêutica na sua prática médica diária, 49 (94,2%) dos médicos referem que são procurados pelos representantes e, destes, 18 (34,60%), são procurados diariamente, 18 (34,60%) são procurados uma vez por semana, 11 (21,20%) são procurados uma vez por mês e três (5,80%) são procurados ocasionalmente. Os médicos que relatam não ser procurados pelos representantes da indústria farmacêutica, somam três (5,8%), o que pode ver observado no figura 1. Figura 1 − Frequência de visita dos representantes aos entrevistados. Quando questionados em relação à confiança das informações repassadas pelos representantes, 37 (71,2%) confiam parcialmente e 15 (28,8%) não confiam. No que tange a importância do representante na prática profissional, um (1,9%) considera importante pelas informações que podem trazer, 40 (76,9%) acham que pode contribuir para prática médica desde que asseguradas outras fontes de informação, oito (15,4%) consideram a atuação do representante totalmente dispensável, um (1,9%) considera que a atuação dos representantes auxilia apenas na obtenção de informações e notícias, um (1,9%) considera importante por receber amostras grátis e doar aos necessitados e um (1,9%) considera que a atuação do representante é apenas comercial. A figura 2 apresenta a porcentagem de brindes recebidos pelos entrevistados e verificou-se que os 52 entrevistados (100%) receberam, pelo menos, um brinde dos representantes da indústria. Figura 2 − Especificação de brindes recebidos pelos entrevistados. Em relação ao questionamento sobre se o patrocínio de festas, congressos e o fornecimento de brindes pela indústria farmacêutica influenciam a conduta dos colegas no momento da prescrição, três (5,8%) responderam que sempre influencia, onze (21,2%) que freqüentemente influencia, vinte e quatro (46,2%) que às vezes influencia, nove (17,3%) que raramente influencia e quatro (7,7%) que nunca influencia. Em contrapartida quando questionados, se no momento de fazer a prescrição, o sujeito se considera influenciado pelas informações prestadas pelos representantes da indústria farmacêutica e pelo fornecimento de amostra grátis, ninguém respondeu que sempre é influenciado, cinco (9,6%) que freqüentemente é influenciado, nove (17,3%) que às vezes é influenciado, vinte e quatro (46,2%) que raramente é influenciado e quatorze (26,9%) que nunca é influenciado. Os profissionais acreditam que os colegas que confiam na indústria, apresentam um risco aumentado para prescrição freqüente dos medicamentos que recebem informações do propagandista quando comparados aos que não confiam nas informações recebidas. (RP=3,70; IC 95%:1,60-8,58; P Fisher =0,0049) Em relação aos medicamentos, que os participantes da pesquisa referiram ter recebido informações do representante da indústria farmacêutica nos últimos seis meses, foram mencionados principalmente os seguintes medicamentos: Arcoxia®, Paraxetina®, Venlafaxin® e Yasmin®, os quais receberam três citações cada um, sendo que o Bi- profeni®, Buropiona®, Celebra® e CitB® receberam 2 citações cada um. Os profissionais referiram que, dos brindes ofertados pela indústria farmacêutica, apenas viagens influenciam significativamente os colegas na prescrição freqüente dos medicamentos, apresentando um risco mais que o dobro para as prescrições dos que receberam viagens comparados aos que não receberam ( RP: 2,36; IC 95%: 1,35-4,25; P Fisher = 0,029) Quando comparada a influência da indústria farmacêutica na sua conduta na prática da prescrição medicamentosa e na dos colegas médicos, observa-se que a maioria acredita que os colegas são influenciados pela indústria farmacêutica no momento de fazer a prescrição medicamentosa. Ao serem questionados sobre a própria conduta, os profissionais responderam que raramente são influenciados, o que pode ser verificado em outros estudos sobre o tema 3,4. Conclusões Concluímos que: A maioria dos participantes são professores universitários. A maioria acredita que nunca ou raramente é influenciado pela indústria farmacêutica, no entanto acreditam que a maioria dos colegas, sempre ou freqüentemente é influenciado. Todos os médicos recebem a visita do representante da indústria farmacêutica e por conseqüência, recebem brindes. Na opinião dos prescritores, brindes ofertados pela indústria farmacêutica, apenas viagens influenciam significativamente os colegas na prescrição freqüente dos medicamentos. A maioria dos profissionais acredita que os colegas que confiam na indústria, apresentam um risco aumentado de serem influenciados no momento da prescrição, comparado aos que não confiam nas informações recebidas pelos representantes. Bibliografia 1. FAGUNDES, et al. Análise bioética da propaganda e publicidade de medicamentos Ciência & Saúde Coletiva, 12(1):221-229, 2007. 2. BARROS, J. A. C.; Joany, Sabrina. Anúncios de medicamentos em revistas médicas: ajudando a promover a boa prescrição? Ciência & Saúde Coletiva, 7(4):891-898, 2002. 3. TREVISOL, D.J. A Propaganda de Medicamentos em Escola de medicina do Sul do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 2007. Publicado em www.abrasco.com.br Disponível em 15 de agosto de 2009.www.abrasco.com.br 4. NOBLE, R.C. Physician and pharmaceutical industry: an alliance with unhealthy aspects. Perspective in Biology and Medicine 1993; 36: 376-394. Apoio Financeiro: Unisul


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