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Adélia Prado revela sua sensibilidade de católica com alma de poeta.

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Apresentação em tema: "Adélia Prado revela sua sensibilidade de católica com alma de poeta."— Transcrição da apresentação:

1 Adélia Prado revela sua sensibilidade de católica com alma de poeta

2 APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».

3 «A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso».

4 «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão».

5 «Olha, gente, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar.»

6 O canto usado na liturgia, especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».

7 «O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.

8 «O canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».

9 «A palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».

10 «Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui».

11 «Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério».

12 «Muitos procedimentos nossos são uma tentativa de domesticar aquilo que é inefável, que não pode ser domesticado, que é o absolutamente outro».

13 «Porque a coisa é tão indizível, a magnitude é tal, que eu não tenho palavras. E não ter palavras significa o quê? Que existe algo inefável e que eu devo tratar com toda reverência.»

14 «Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza.»

15 «A liturgia celebra o quê? O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»

16 O erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.

17 «Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco. Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».

18 «O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério».

19 «Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»

20 Barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».

21 «E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»

22 «Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando».

23 «Linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».

24 «Nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».

25 A missa é como um poema e que não suporta enfeites. A celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.

26 «Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»

27 «A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada».


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